sexta-feira, 31 de agosto de 2007
DIANA;PRINCESA DE GALES
ACORDO ESSENCIAL
Já lá vão mais dezassete anos desde que o actual Presidente da República, quando me convidou para o cargo de Secretário de Estado da Cultura,me atribuiu, como uma das principais incumbências, para além do projecto e instalação do Centro Cultural de Belém, a concretização do Acordo Ortográfico. Disse - me, já na altura, Aníbal Cavaco Silva, que no século XXI, a força da língua Portuguesa seria, muito, a força do Português, tal como é escrito e falado no Brasil. Não foi nada fácil esse processo e constituiu mais uma das polémicas e um dos fortes combates que têm marcado a minha vida política. O processo de ratificação encontrou alguns obstáculos,nomeadamente no Brasil e o assunto "congelou". Durante anos, infelizmente para Portugal, vários Governantes Portugueses deixaram o assunto fora das suas agendas,mesmo quando de encontros oficiais com Chefes de Estado ou Governos de outros Países membros da CPLP.Excepção seja feita à aprovação na Cimeira da Praia, em Julho de 1998, do Protocolo Modificativo que eliminou a previsão de um prazo- entretanto ultrapassado- para a entrada em vigor.
Em 1990, assinámos também acordos para a criação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, para a utilização do Português nas organizações internacionais e ainda sobre o vocabulário técnico-científico, tudo posssível graças ao laborioso trabalho da Academia das Ciências, sendo justo evocar o papel do Prof. Doutor Malaca Casteleiro, que tive a honra de ter a acompanhar-me na visita oficial que fiz ao Brasil, em 1993, a convite do então Ministro da Cultura António Houaiss, responsável também pelo novo Dicionário da Língua Portuguesa. Quantos debates acalorados tive no Parlamento e na Televisão, com representantes do forte movimento de oposição ao Acordo.
Por coincidências da História, quando tomei posse como Primeiro- Ministro, tive logo de tratar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, da Cimeira da CPLP, que teria lugar nesse mesmo mês de Julho de 2004, em São Tomé. As datas coincidiam, porém, com as do debate do Programa de Governo, no Parlamento, pelo que eu não poderia participar. Tive especial pena, entre outras razões, porque um dos temas que estava na agenda, desta vez por iniciativa do Brasil, e graças à visão do Presidente Lula da Silva, era exactamente o Acordo Ortográfico. Na sequência desse empenho colectivo, foi possível aprovar o relevante Segundo Protocolo Modificativo, que permitiu a adesão de Timor- Leste e determinou que o Acordo entraria em vigor após a ratificação, desse Segundo Protocolo, por três Estado-membros. O que já aconteceu,pelas ratificações do Brasil, de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe.
Em 7 de Setembro seguinte, tive a honra de ser o primeiro Chefe de Governo de Portugal a estar presente na cerimónia do desfile da Independência do Brasil. E nas conversações havidas, nesses dias, entre os dois Governos, o tema esteve presente, tendo renovado,nos termos que considerei adequados, o empenho político de Portugal na plena entrada em vigor desse Acordo.
Em 1990, era Presidente da República Mário Soares, que sempre assumiu a importância do Acordo. Aliás, foi o próprio, creio que em 1989, no 1º encontro de Chefes de Estado e de Governo dos Paíse de Expressão Oficial Portuguesa a convite do Presidente José Sarney, em São Luís do Maranhão, quem deu o primeiro impulso político ao Instituto Internacional da Língua Portuguesa, no âmbito do processo de criação da própria CPLP. Agora que está também na Chefia do Estado de Portugal, alguém que, já em 1990, tinha, sobre o assunto, a visão que acima referi, espero que existam condições para, de uma vez por todas, se dar este passo tão importante para a Língua Portuguesa.Em Outubro de 2005.após cimeira entre o Presidente do Brasil e o Primeiro-Ministro José Sócrates, foi emitido um importante comunicado, em que se reafirmava o empenho na entrada em vigor do acordo em todos os Estados da CPLP. A esse propósito, são igualmente de assinalar as palavras lúcidas do nosso Embaixador no Brasil, Francisco Seixas da Costa, na interessante entrevista que surge na edição de hoje do Diário Económico. Só fica menos clara nessa entrevista, a posição sobre o prazo da entrada em vigor. Mesmo com dificuldades editoriais, nos manuais escolares, ou outras, é preciso acautelar que não se caia na situação, politicamente incompreensível, de ser Portugal a protelar a entrada em vigor de tão importante Convenção.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
PREPARAR O FUTURO(continuação)
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
PREPARAR O FUTURO(continuação)
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Uma certa mentalidade
A propósito do túnel do Marquês, aproveito para desfazer uma das maiores falsidades que se tentou propalar nos últimos tempos, quando viram o sucesso que foi, e é, essa obra. NENHUMA, repito, NENHUMA alteração foi feita no projecto e na obra, nomeadamente em termos de segurança, na sequência das posições do Vereador do Bloco de Esquerda. Sabem-no todos os que participaram nas reuniões da Comissão de acompanhamento da Obra do Túnel do Marquês: Vereadores, Directores Municipais e de Departamento da Cãmara, projectistas, consultores, empreiteiros, membros do gabinete de obra. É também uma questão de mentalidade: alguns, quando "entopem" com a realidade só usam a falta á verdade. e este sábado, no Expresso, um articulista, certamente mal informado, faltou várias vezes.
Também por causa de mentalidade, falemos um pouco de Desporto. A propósito do Porto -Sporting do passado Domingo, porque será que muitas equipas portuguesas só se "soltam" e começam a jogar o que sabem, depois de estarem a perder? Serão ordens? Mas, então, há muita gente a dar ordens dessas!...
E, já que estamos no tema, já repararam como Nani chegou a Manchester e se impôs, como dificilmente se podia esperar pelos assobios que ouvia cá e pelas criticas que eram ditas e escritas sobre as suas exibições? Pode ser que não mantenha o ritmo, o que seria bem natural, num jogador de quem se dizia, já em Inglaterra, que esta época não seria titular. Mas como explicar essa diferença de aceitação da parte do público, dos técnicos, da crítica? O que entusiasma lá, na Liga Inglesa, cá ,não chega para contentar?
É tão antiga esta mentalidade, em Portugal, de só se apreciar quem está fora ou veio de fora. E nem sempre, como se viu com Gehry, não desde o anúncio da sua possível contratação, mas mais tarde. Só que aí as razões foram outras. As tais, de uma certa maneira de fazer política.
Ser Primeiro-Ministro foi a fase menos divertida da sua vida?
R- Estar como Primeiro-Ministro é um permanente exercício de responsabilidade. Não é suposto fazer uma avaliação com base no critério que resulta da pergunta.
Uma campanha que com pouco tempo mais, ficará clara, quanto aos seus autores, quis convencer os Portugueses de que era outra a minha maneira de estar.Estão alguns a começar a responder em Tribunal.
Ao seu caso aplica-se o ditado: "Atrás de mim virá quem bom de mim fará"?
R- A comparação não tem sentido por várias razões. Eu assumi essas funções numa situação de emergência e não tive o tempo mínimo para ter resultados próprios, a não ser assegurar o respeito pelos nossos compromissos e garantir que 2004 fosse, como foi, um dos melhores anos desde o princípio da década.
Também acha que alguns dos episódios protagonizados por José Sócrates teriam sido inflacionados em termos mediáticos se tivessem sido protagonizados por si?
R-A sua pergunta já contém a resposta. Mas não compare só comigo. Conhece alguma Democracia onde não seja falado o local e o tempo de férias do Primeiro-Ministro ou Chefe do Executivo?
Veja Espanha, Itália , Inglaterra, França, Estados Unidos. Quem acompanhe, como eu a Imprensa desses Países sabe o que se tem passado durante estas semanas com esses líderes políticos. E o que é mais inacreditável é que exercemos este semestre a presidência da União Europeia. Estejam os serviços em Bruxelas mais ou menos de férias, nós não devíamos desperdiçar nem um dia.
Qual é o melhor antidepressivo para o PSD: Mendes ou Menezes?
R-O PPD/PSD tem de viver sem comprimidos. Não pode viver deprimido. É contra a sua natureza. Gosta de se sentir bem consigo próprio, de sorrir mesmo na luta. A campanha para as legislativas em 2005, mesmo naquelas condições tão difíceis, é inesquecível para os militantes e simpatizantes. São eles que o dizem quando me encontram, ou nos muitos mails e cartas que me enviam constantemente.
As eleições intercalares em Lisboa deram-lhe mais vontade de rir ou de chorar?
R-Sabe quando algo mexe tanto connosco que ficamos sem vontade de dizer seja o que for? Até agora ainda não me passou. Só digo que é algo sem precedentes: um partido ter o Governo do País e da sua capital e vários dos seus militantes fazerem tudo para derrubar ambos. Conhece outro caso?
Gostava de ter uma mulher com a personalidade de Ségolène Royal no seu partido?
R-Gostava que muito mais mulheres se interessassem pela política activa sendo iguais a si próprias.Se me pergunta o que penso de Segoléne Royal, apreciei mais o que fez até à fase pós –presidenciais em que, com ela e com o marido, houve demasiada confusão entre o que é a vida pessoal e o que é a intervenção política.
Que comentário lhe merece a dispensa de Dalila Rodrigues do Museu Nacional de Arte Antiga?
R-Tenho pena que não tenha podido continuar o seu bom trabalho.
Diz ela que "se é comum dizer-se que a cultura é de esquerda, a culpa é da direita". Concorda?
R-A Cultura nunca foi, não é, nem será só de “Esquerda”.Pensar isso é estar a falar de outro conceito e de outra realidade que não a Cultura.l Essa hipótese mais não é do que um absurdo.
O governador de Nova Jérsia, Jim McGreevy, planeou minuciosamente o sound byte "Sou um americano homossexual". O seu "Vou andar por aí" também foi calculado?
R-Não. Escrevi umas notas sobre o que queria dizer pouco antes de começar a minha intervenção nesse Congresso de Pombal. Mas a importância que sempre foi dada a essas palavras foi a melhor confirmação de que Churchill tinha razão quando disse que há várias vidas na política. Mas quando voltamos não nos podemos negar a nós próprios. Temos de saber muito mais e de demonstrar que aprendemos e tirámos as lições das vivências anteriores.
'Anda por aí' ou ainda está nas boxes?
R-Se vir a política como uma prova de Fórmula 1,é impressionante como cada vez se demora menos tempo a ir às boxes. Mas não se deve regressar á pista antes de o reabastecimento terminar. E deixar passar quem quer e pode voltar primeiro.
"Menino guerreiro" é a melhor definição que encontra para si?
R-Não. Nem pensar. Nem “Animal feroz”.
O piano é o sítio onde pendura a solidão?
R-Onde encontro serenidade e onde fortaleço a motivação. Sempre prometi a mim próprio que aos quarenta anos começaria a estudar piano. Estudei anos iniciação musical na Fundação Gulbenkian desde os cinco anos .E depois mais outros quatro anos estudei violoncelo. As aulas de solfejo com a Professora Vitória Reis facilitaram a leitura das músicas que tenho aprendido a tocar.
O whisky é, como dizem, o melhor amigo do homem. Ou são as mulheres?
R-Bebidas, o melhor amigo? Nunca. Sempre bebi muito pouco. Quanto ás mulheres, em amizade, há de tudo .Como com os homens.
A esta distância, sente que foi demasiado benevolente com Durão Barroso, no seu livro "Percepções e Realidade"?
R-O melhor critério para avaliar a boa fé daqueles com quem partilhei esse período é o seu comportamento posterior. Não tenho razão para mudar o meu pensamento sobre Durão Barroso.
Tê-lo escrito quer dizer que tem boa memória ou que tem um Diário?
R-Dizem que tenho memória de elefante. E tomo muitas notas sobre aquilo de que não me quero esquecer. Mas faço-o, muitas vezes, à frente das próprias pessoas.
Sentiu-se pacificado depois da sua publicação?
R-Senti. Mesmo. E por ter constatado como falharam rotundamente todos os que se preparavam para o tentar descredibilizar , tentando equipará-lo a outro(s) de estilo e propósitos bem diferentes. Mas o livro estava muito assente numa fundamentação rigorosa. Como não o conseguiram desmentir, calaram-se. Teve quatro edições ,até agora, e hão-de reparar como apesar de ter vendido, em dois meses, quase vinte mil livros, deixou de aparecer…
Praia é na Figueira da Foz ou no Algarve?
R-A Figueira da Foz tem várias e bonitas praias, não só a da Claridade ou a de Buarcos. Quiaios, Cabedelo, Lavos , Leirosa,por exemplo.Como o Algarve tem muitas e distintas. Quer as da Figueira, quer as do Algarve, são imperdíveis.
Qual é o seu prime-time de um dia em férias?
R-Férias são férias. Não há nem prime nem second-time. Mas a hora do jantar tem um sabor especial.
Defenderia para Portugal a hora da sesta espanhola?
R-Defendo que a produtividade passe a ser cada vez mais prúxima da á de Espanha.Nunca mais deixamos a casa dos 60% da média da União Europeia.
Os desfiles de moda são um happening que visita por cordialidade ou é um fashion victim?
R-Nem uma coisa nem outra. Gosto, mas não obedeço às modas. Embora faça por as conhecer. E, se me distraio, há sempre quem me informe. E respeito quem se esforça por se impor num sector que, num País como Portugal, tende a dar mais valor ao que chega de fora das nossas fronteiras.
Notas Breves
Depois de horas de escritório, com o normal de telefonemas, articulados e minutas de contratos, registar a lembrança de sempre. Quem não conhece estas vistas, tem o dever de as procurar, logo que possa. Quantos Lisboetas,por exemplo, desconhecem estas paragens, este enlace entre a serra e o MAR. Serra chamada da Boa Viagem e que proporciona, nos seus vários miradouros, vistas únicas.
Entretanto, as notícias que chegam da Assembleia do Bcp, são, pelo menos, insólitas.
As que se conhecem da exposição de Sarkozy aos Diplomatas Franceses, sobre a política externa da França, parecem confirmar uma nova era. Pensamento próprio, nomeadamente sobre o calendário da saída das tropas estrangeiras do Iraque, mas, simultaneamente, consciência da importância dos laços com os Estados Unidos da América.
E, já agora, nenhum líder da Oposição, em Portugal, reparou na desaceleração da economia Portuguesa do primeiro para o segundo trimestre? Onde se anunciava já um ritmo de crescimento nos 2%, agora voltou-se aos1,6%? Ou repararam, falaram e não tiveram espaço noticioso? Em qualquer caso, é mau. E COMO PORTUGAL PRECISA QUE SE FALE MAIS DESTES TEMAS.
Esta terra, das que conheço, é das que mais gosto.
Tem muito a ver com a da primeira imagem que publiquei neste blogue. Ainda este fim-de - semana, enquanto passava na marginal, vi gente com as mesmas cores de Sol e de sal, com os mesmos trajes gastos, com a mesma maneira de deslizar perto do MAR, que vi na terra desta imagem.
É uma terra escondida atrás das montanhas e quem quiser lá chegar, mesmo de carro, leva algum tempo. Complicado?Ainda bem! De qualquer maneira, não é muito longe de Portugal.
As imagens que forem aqui publicadas respeitam um critério fundamental: terem significado, pelo menos, para mim. E fazerem bem a qualquer pessoa que as veja. Tudo o que tenha a ver com vistas tranquilas do MAR, tem provavel acolhimento neste espaço, para também quebrar a aridez da imagem das palavras. Maravilha de génio humano de criação Divina, que permite que possamos falar com alguém, sem incomodar ninguém, mas também sem ter que pedir licença seja a quem for. Que força para a liberdade e que derrota para os ditadores, grandes ou pequenos,para os censores, para os manipuladores.
Mas,agora não é momento de falar nisso. É olhar para o MAR,enquanto decorre a Assembleia Geral do B.c.p.
sábado, 25 de agosto de 2007
PREPARAR O FUTURO(continuação)
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
PREPARAR O FUTURO(continuação)
PREPARAR O FUTURO
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Sou o primeiro a defender que todos têm direito à reserva da intimidade, e mesmo os Governantes e as suas famílias devem ver respeitado esse direito. Mas uma coisa é andar a perseguir as pessoas, outra é um País saber, só, onde está quem tem a missão de o governar. E, se se está na Presidência de uma União a 27 Estados, nesse caso, passe a expressão, não pode haver férias para quem tem essa relevante missão. Os nossos analistas que ponham a mão na consciência e que pensem no que diriam, num caso destes, se fosse outro o Primeiro- Ministro.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Comentário enviado sexta-feira,dia 10 de Agosto, ao "Diário Económico"
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Em Portugal, houve quem o dissesse em tempo. Disse - o e escrevi-o antes de assumir as funções de Primeiro- Ministro. E, no exercício desse cargo, no Programa de Governo, coloquei em primeiro lugar o objectivo do crescimento económico antecedendo o da consolidação das contas públicas, dando, embora, importância equivalente a ambos. E, com incomparável autoridade técnica disse-o também, muitas vezes, Miguel Cadilhe, que eu teria convidado para as funções de Vice-Primeiro - Ministro - como, na altura, anunciei - se tivesse ganho as eleições de Março de 2005.
O que me surpreende agora é ler vários articulistas, mais ou menos preparados, a elogiarem Sarkozy , a sua coragem e a sua ousadia. João César das Neves, com a sua habitual coerência,já criticou. Mas quantos outros a tentarem explicar até, as razões que justificariam, à luz da realidade francesa, as posições do novo Presidente sem que nunca, até agora, se tivessem desviado um milímetro das teses que a Comunidade Europeia de François Mitterrand e depois de Jacques Chirac, Filipe Gonzalez, Helmut Kohl, Jacques Santer, Jean- Claude Junker e de Cavaco Silva(como Primeiro-Ministro), consagraram noutro Tratado,o de Maastritch, que podia ter sido referendado pelos Portugueses, mas nunca o foi.
Naturalmente ninguém põe em causa as intenções. Mas foi um erro. E esse erro, esse dogmatismo, prejudicaram toda a União. Mas saiu especialmente caro a Portugal, ao País mais distante do centro e que, também por isso, muito decidiu investir em infraestruturas.
Muitos dos efeitos estão consumados no nosso tecido económico e são irreversíveis. O que importa, agora, é tentar corrigir e fazer as opções certas não insistindo nas tais velhas receitas, as quais este Governo também já adoptou. Velhas receitas que levam ao disparate de avaliar, de modo indistinto, as despesas de funcionamento e as despesas para investimento, verdadeiramente reprodutivas geradoras de desenvolvimento.
Em Portugal, estes assuntos debatem-se pouco. Às vezes até quando há eleições importantes como o devem ser umas eleições para a escolha do líder de um dois principais partidos portugueses.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Fala-se das férias do Presidente Sarkozy, em relação ao qual ainda não perceberam bem se gostam dele ou não. Ainda não se concluiu se o novo Chefe de Estado Francês é de confiar ou se está mesmo convencido de que pode fazer o que entende certo e justo, sem prestar contas a mais ninguém que ao Povo, nos termos da Constituição da V República... Ainda por cima, tem uma mulher bonita, gosta de passar férias com os amigos em sítios caros...Até parece o Durão Barroso no Brasil, o Paulo Portas na neve em Aspen,ou o autor destas linhas num barco em Ibiza ou numa casa na Quinta do Lago...Verdade seja dita que,por exemplo, Jorge Sampaio também ia sempre para a Quinta do Lago, mas, para nunca ter tido direito a helicóptero a sobrevoar a casa para a fotografarem, era certamente porque o lago era outro:talvez o do jardim do Campo Grande...E também é verdade que José Sócrates vai de férias para estâncias de sky bem luxuosas. Mas não deve ser para esquiar, mas antes para alguma reunião da Internacional Socialista...E também foi para o Brasil, uns bons dez dias, mas certamente só porque tinha depois uma reunião com o Presidente Lula.
Eles até sabem que o actual Primeiro-Ministro, este Verão, comanda a comunicação do Governo durante a época de férias,mas quem os informou é maldoso e não lhes diz de onde é feito o comando...E isto de se estar sempre a fazer perguntas ou a investigar,também cansa. E, que diabo, lá por serem políticos, também têm direito a descansar um pouco!..
P.S.-Vejam lá o novo Primeiro- Ministro Britânico, Gordon Brown: tomou posse há um mês e já foi fazer férias. Parece um que houve cá há três anos!... É preciso ser descarado.Quem? Eu, claro.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Hoje tomam posse os eleitos em 15 de Julho de 2007. Toma posse a equipa liderada por António Costa que recebe a Câmara das mãos, claro que da vontade popular, mas também dos erros inconcebíveis da solução escolhida pelo PPD/PSD. É,de facto, algo de único nas democracias e na sua História: um Partido "deitar fora", por acção de uns quantos militantes seus, o poder no País e na sua capital.