terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Uma questão de civismo

Já saiu do Governo o Ministro da Saúde.
Em minha opinião, tratava-se, antes do mais, de uma exigência de civismo democrático.

sábado, 26 de janeiro de 2008

SANTA PACIÊNCIA

1-O Expresso parlamentar continua de lamentar: esta semana chegou à conclusão de que o Grupo Parlamentar que lidero não falou sobre a proposta do CDS/PP para se constituir imediatamente uma comissão de inquérito ao Banco de Portugal devido a um qualquer embaraço. É absolutamente inacreditável!
Em vez de se assinalar a absoluta incongruência da atitude do CDS/PP ao propor um inquérito antes mesmo de serem ouvidos sobre a matéria todos os que foram chamados ao Parlamento, vá de dizer que ficámos embaraçados.
Por entender que os factos falam por si, dei orientações no sentido de nada se dizer. Para observador isento, nada seria preciso dizer: fomos nós que marcámos o agendamento potestativo, fomos nós que travámos o combate público pela antecipação das audiências, fomos nós que dissemos sempre que só no final dessas audiências tomaríamos a decisão sobre o inquérito.É assim, todas as semanas.
Aliás, o próprio Expresso vem publicando artigos sobre a alegada complexidade da matéria Falta-lhe a posição do PPD/PSD. Não tem? Inventa. Por exemplo, eu próprio seria a favor do inquérito. Quem disse? Os articulistas. Santa paciência!...
2- Muita paciência é necessária a quem é líder do PPD/PSD. Noutro plano, o que hoje faz um jornal, na sua revista de Sábado, com intromissão na vida privada do Presidente do PPD/PSD, é uma vergonha. Sorte de quem é Líder do PS: tem sempre direito à reserva da vida privada. Até a férias sem que ninguém incomode. Ao que isto chegou. Ainda esta semana falava desse tratamento aos líderes do PPD/PSD com João Bosco Mota Amaral. Mas o ponto a que se chega hoje é repugnante.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Nota breve

Em relação a um título de um jornal de amanhã que vi na SIC Notícias, devo precisar que não há nenhuma divisão com Luís Filipe Menezes. Tive de fazer um esclarecimento por causa do conteúdo de notícias que ouvi na noite de ontem, na televisão, e que diziam que os Deputados, nomeadamente eu, iríamos ser aconselhados sobre o modo como "comunicar" Tão só isso. Importante, de qualquer maneira. Mas não tentem criar divisões porque seria tarefa sem sucesso.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sem mais comentários.

O que se passou em Anadia ou em Viseu não deve ser objecto de aproveitamento político.
Diferentes Grupos Parlamentares chamaram o Ministro à Assembleia da República. O Grupo Parlamentar que lidero não o fez. Exactamente por essa razão. Mas está atento ao que se passa.

Naturalmente que há consequências do encerramento de Urgências, nomeadamente no local e no modo como as pessoas são atendidas ou socorridas, como hoje dizia, numa reportagem televisiva, uma popular presente na manifestação em Anadia. Os médicos disseram que as perdas de vidas nos dois referidos casos eram inevitáveis e todos devem respeitar essas palavras. As próprias famílias nada tiveram a apontar à resposta dos serviços envolvidos. De qualquer modo, inquéritos estão em curso.

O modo como o Ministro respondeu naquela manhã é independente de tudo isso. Cada um terá a sua sensibilidade. Recebi muitas mensagens de indignação. Para mim é intolerável. Não faço nenhum aproveitamento em intervenções. limito-me a sentir como sinto. Sem mais comentários. O País vai assim...Até um dia.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

É DEMAIS!

O Senhor Primeiro - Ministro considera admissível a reacção, hoje, do Ministro da Saúde que quando confrontado com a perda da vida de uma criança entendeu sorrir, e dizer com uma expressão inqualificável, "eu já sei de muita coisa, não posso saber de tudo. perguntem ao director da ARS do Centro"? Passa as marcas todas.
Devo dizer que não simpatizo com o personagem e tenho um processo, por calúnias, contra a sua pessoa, por difamação. Mas hoje ele passou os limites. Por causa de uma anedota de mau gosto, um Ministro de Cavaco Silva, há anos, foi demitido no mesmo dia. E este inaceitável Ministro? Ainda ninguém contou ao senhor Primeiro - Ministro?
Não estou a falar em nome de ninguém. Aliás, o Partido a que pertenço tem por hábito não pedir a demissão de Ministros. Essa é responsabilidade do Primeiro - Ministro.
Não estou a pedir, repito, para ser demitido. Estou a dizer que não podemos ter um Ministro da Saúde que, numa situação tão triste assim, tem uma tal risonha reacção.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Contrastes do Algarve

Nas Jornadas Parlamentares do PPD/PSD, tivemos oportunidade de visitar as áreas ardidas, em 2004, na Serra do Caldeirão. É impressionante ver a determinação da Natureza e o modo como a mancha florestal está já em plena recuperação. Recordar a paisagem fumegante daquelas encostas e a serenidade do verde que já cobre os mesmos terrenos é impressionante. Como impressionante é o empenho das pessoas que ali vivem, das associações que formam, do trabalho que fazem. E mais uma vez se constatou como as Autarquias, no caso a de Loulé, com o seu Presidente Seruca Emídio, são as entidades que, muitas vezes, mais apoiam as populações, especialmente nos momentos difíceis. Muito há que mudar para aquelas populações poderem concretizar os seus sonhos na terra onde nasceram Que contrastes oferece essa terra a quem conhece mais o Algarve das férias, como acontece a muitos Portugueses.

Nota de esclarecimento

Retirei do post "Liberdade à Portuguesa" uma referência que fiz ao facto de José Pedro Aguiar Branco ser Presidente da Assembleia Geral da Impresa, sociedade proprietária do Expresso.
O texto era sobre Ângela Silva e essa referência é descabida, mesmo infeliz. Pode dar origem a interpretações de intenção que nunca tenho, seja com quem for, quanto mais com pessoas que respeito e considero.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Memórias que não se apagam

Há pouco estive a ouvir um pouco do programa em que participa Clara Ferreira Alves.

Dirigiu a Casa Fernando Pessoa, instituição cultural da Câmara Municipal de Lisboa, durante o mandato para que fui eleito em 2001. Teve comigo sempre,durante esses anos, uma relação estimulante. . Muito me incentivou nas análises políticas que fazíamos sobre Portugal. Essas análises eram a dois, antes ou depois de outros temas em que participava Guta Moura Guedes.

Clara Ferreira Alves e eu fomos contemporâneos na Faculdade e, por isso, mais me sensibilizavam as suas palavras de desafio, apresentadas também como uma mensagem resultante de uma comunhão geracional.
Contactávamos mais, em termos de trabalho, quando das Feiras do Livro e da organização dos painéis de debate no Pavilhão da Câmara, situado no cimo do Parque Eduardo VII. Lembro-me das suas opiniões sobre as Presidenciais e a importância que teriam no futuro do nosso sistema político.
Foi quando mais contactámos um com o outro que mais senti o seu apoio, a vários títulos. Lembro-me também das suas opiniões sobre várias personalidades da nossa vida política. Chamava-lhe, brincando, "a nova Agustina". Era mais do que um elogio, pois é enorme a admiração que tenho por essa figura cimeira da nossa Cultura. Era um incentivo, talvez para retribuir os que sempre recebia de Clara Ferreira Alves enquanto exerceu aquelas funções.
São memórias que não se esquecem.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Sem defeitos. Sem limites.

Sou dos que entendem que não se deve causticar ninguém por se reconhecer um erro. Pelo contrário. Mas há reconhecimentos muito diversos. E não é igual reconhecer com ou sem arrogância, com ou sem humildade, com ou sem indiferença por quem sempre, ou antes, defendeu a solução adoptada por quem reconhece um erro a determinada altura. como não é indiferente o tempo e o modo necessários para o reconhecimento.Temos agora a mais extraordinária das construções: se Sócrates muda de opinião, muda porque é sensível, porque sabe ouvir, porque ouve muito. Se hesita é porque os seus assessores assim quiseram fazer crer para lhe humanizar a imagem!!!!!!!!!!!!!!!!

Nesta inacreditável constelação de propaganda sobre José Sócrates, há para todos os gostos, este sábado, na Imprensa. Se Sócrates hesita ou muda é porque é humano. Se Menezes muda é porque não é consistente, é instável. O descaramento atingiu, passou todos os limites. E, por isso, podem desistir: Sócrates não tem defeitos nem erra...Se não muda é porque é firme e determinado; se muda é sensível.

Porque não nascemos nós socialistas em Portugal, para termos direito a este tratamento?

De facto, é mesmo impressionante. Mas como esta semana, como hoje, raramente vi. Tal "adulação" a um Primeiro- Ministro, num País livre, nunca. Nem a inacreditável história dos retroactivos das reformas. Nada. Ele muda porque é humano. Mas, atenção, se nós mudarmos, somos maus.

VIVA A LIBERDADE!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Liberdade à Portuguesa


Ângela Silva é só um exemplo. É uma jornalista do Expresso que, há anos, vários de nós recebemos com simpatia e correcção e que todas as semanas diz bem de um grupo de quem gosta e mal de todos os outros. Portugal continua a ser uma paróquia e alguns jornalistas também são de bairro. Ângela Silva é um género de Maria João Avilez, embora, nos seres humanos, a cópia nunca seja igual ao original.


Para a a dita jornalista, Luís Filipe Menezes nunca podia ser líder do Partido. Luís Marques Mendes ganhava, de certeza o Congresso e as Directas e, se não fosse ele, deveria ser José Pedro Aguiar Branco que foi meu Ministro da Justiça. Foi essa a jornalista que deu origem à lamentável peça da inventona da "sesta", só porque quando atendi um telefonema seu lhe disse que estava no andar de cima - eram cerca de vinte horas - a tentar descansar um pouco, junto dos meus filhos, depois de um dia arrasador que tinha incluído um debate mensal, como Primeiro-Ministro, no Parlamento. Eu próprio, repito, atendi.


Penso que escreve hoje no mesmo jornal,Expresso, edição online ( e amanhã na edição impressa) que o facto de eu não ter sido convidado para um almoço me deixaria "isolado"(????)... Isto na semana em que o debate com o Primeiro- Ministro correu como correu, em que o PS veio atrás das posições do PPD/PSD no referendo e no Aeroporto, o tema importante para a primeira página do maior semanário português era um almoço de grupo.
Por isso é que não somos jornalistas... Porque não percebemos estes critérios. Mas quando ouvimos uma entrevista, como a que Francisco Pinto Balsemão deu esta sexta - -feira à SIC, gostamos muito de ouvir os seus conceitos sobre jornalismo e jornalistas. Porque não seguirão algumas pessoas o que diz?


Mas do que não gostamos, acima de tudo, é de um certo tipo de comportamento humano. Já enjoa. Um comportamento em que, com falsa simpatia, constantemente se pede para falar com algumas pessoas para tentar dar sustentação a textos de promoção de iniciativas dos "favoritos" de sempre. E bem podem perguntar: e ainda não aprenderam?... Têm razão, a culpa é nossa. Minha e de outros.


O mais extraordinário, porém, é esta tese de que Luís Filipe Menezes "nâo descola"!... Tem saldo positivo nas sondagens, tem vitórias políticas umas atrás das outras, mas "não descola". Balanços feitos ao fim de três meses. Ou antes: com menos de três meses,desde o Congresso de Torres Vedras, em 14, 15 e 16 de Outubro. É absolutamente extraordinário! Decretem que as pessoas de quem não gostam não podem exercer os seus direitos políticos. É preferível.
Ah, e é verdade, imaginem só: José Sócrates já há cerca de um mês que preferia Alcochete. Que visionário!... Deve ter tido a "visão", se foi há cerca de um mês, por causa da assinatura do Tratado de Lisboa... Ou terá sido depois da Cimeira UE - África? Se calhar foi Kadhafi que esteve a olhar para a outra margem quando esteve alojado no Forte de São Julião da Barra e descobriu que era melhor do lado de lá do rio.


VIVA A LIBERDADE!

A DESCOBERTA DO CAMINHO AÉREO PARA ALCOCHETE

Entidades privadas mais o credenciado LNEC descobriram, em poucos meses, o que décadas de estudos públicos com consultores nacionais e internacionais não foram capazes de encontrar: o simples facto de existir um local melhor do que a Ota para construir o novo Aeroporto.
Como será possível? Só isto, diz muito do estado a que o País chegou. Muitos falámos contra a opção da Ota. Mas pessoas de vários Partidos a defenderam. Embora ninguém mais do que José Sócrates e Mário Lino.
Cabe concluir: se não tivesse sido a iniciativa e a insistência de uns quantos e, diz-se, a intervenção do Presidente da República, teríamos ido mesmo para uma opção que não seria a melhor. Como é possível? Como é possível tal engano num investimento de tal monta?
Dando por adquirido que é mesmo necessário!...

domingo, 6 de janeiro de 2008

Estranho improviso


A intervenção de hoje do Ministro das Finanças, num intervalo do Conselho de Ministros, foi confrangedora.

Em primeiro lugar, a propósito da situação do País: disse que está na altura de "colher os frutos". Será que ouviu os dados do INE sobre os indicadores de confiança na economia? Será que ouviu os dados do INE sobre os níveis de poupança das famílias Portuguesas que estão ao nível do final do século passado? Como está longe da realidade.

Quanto às declarações acerca das responsabilidades do Governador do Banco de Portugal. nem merecem comentários. Nomeadamente a "imagem" a que recorreu. Devem ser tratadas no local próprio.

Estranho nervosismo o do improviso de última hora do Ministro das Finanças. Estranho Conselho de Ministros extraordinário. O Governo parece não saber o que há-de fazer.

sábado, 5 de janeiro de 2008

o adamastorzinho

A minha orientação de princípio é não responder ao ódio de José Pacheco Pereira. Ele "passa-se" mesmo comigo e, hoje, no Público, descarrega outra vez. Qualquer pessoa minimamente inteligente sabe que não se fala de alguém que se despreza quanto ele fala sobre mim. Ora, ele, inteligente, é. Mas, como se sabe, há vários tipos de inteligência. E os os atributos intelectuais têm de conviver com as características psicológicas. Por exemplo, às vezes, com traumas e frustrações.



Hoje, quando acabei de ler, em diagonal, o seu artigo, e até para distrair de outros assuntos mais sérios, resolvi dedicar umas linhas aos seus desabafos . Agora, até já se incomoda com o meu Blogue!... Imaginem, um intelecto daqueles. Ele bem que andava à volta... De há uns tempos para cá andava a vociferar contra a blogoesfera...Eu já sabia onde ele queria chegar, já o tinha dito a dois amigos meus. Já está!..


Ele gosta muito de dizer mal de tudo o que eu sou e faço. Mas a raiva dele é não perceber, fazer--lhe muita confusão que alguém, que ele tanto detesta, possa fazer tanta coisa que ele gostava de conseguir e NÃO CONSEGUE.

Por exemplo, foi candidato a uma Câmara que o PPD/PSD nunca tinha ganho, loures e também não ganhou. Mais, para além de não ganhar, ficou em terceiro. Eu candidatei-me a duas que o PPD/PSD também nunca ganhara, e ganhei. Duas Câmaras bem diferentes, a duzentos quilómetros de distância. Custa? Pois, é.


E obras a pensar nos outros, quantas terá o Dr. Pacheco? Literárias, sem dúvida. Mas ninguém diz que não servem para nada. Só que não servem para o que ele queria. E não se pense que ele não gosta de lugares políticos... Lutou pela Distrital de Lisboa, só que veio a perder com Duarte Lima de quem também foi Vice- Presidente no Grupo Parlamentar. E foi cabeça -de- lista ao Parlamento Europeu, onde esteve em missão de óbvio sacrifício, espalhando o seu brilho por toda a Europa. Tanto brilho que encandeou a um ponto tal que ninguém se lembra dele, fala dele ou o convida seja para o que for. O que fez lá? Alguém sabe? O que fez na Assembleia da República? Que projectos legislativos saíram daquele farol da Humanidade? A sério, com verdade, o que pode ser atribuído a Pacheco Pereira -para além do estudo resultante do interesse por Álvaro Cunhal- que o distinga e nobilite? E que lhe dê o direito de julgar os outros.

Um semanário de ontem escrevia que já não se usa uma figura com aquela figura... Cada um escolhe a figura que gosta ou que pode ter, dentro da que Deus lhe deu. Como a sua imagem, mostra, de um modo inigualavelmente limpo, que vive mergulhado em frustração. Ele adorava ser narciso, mas tem a inteligência suficiente para saber que não tem razões, sequer, para o poder ser. Ser narciso é um defeito? Seguramente. Mas como ele adorava ter esse defeito!...

Nós sabemos, aliás, que ele prefere a formação humana e académica e o percurso profissional, universitário e político, por exemplo, de Marques Mendes e de José Sócrates. Sabemos bem... Sabemos que prefere a imagem do Animal Feroz às imagens do Menino Guerreiro... Mas já agora fica ele, e ficam outros mais, a saber o seguinte: não fui eu que pedi ou encomendei esse vídeo. Outros mais próximos de si o trouxeram por fazerem parte da Direcção de campanha. Não o rejeito, pelo contrário, assumo-o, mas fica a saber que antes do primeiro comício de campanha, em Castelo Branco, em Fevereiro de 2005, dei ordem para não o passarem mais. Já tinha sido mostrado nas sessões de pré - campanha. Mas antes de ir para o Pavilhão, que já estava cheio, telefonaram-me para o hotel a dizer que as pessoas não paravam de pedir o tal vídeo. E pessoas mais próximas de si disseram que era melhor fazer - lhes a vontade...


De qualquer modo, não tem problema. Mais de UM MILHÃO E SEISCENTAS MIL PESSOAS , quase um terço dos votantes, queriam-nos, naquela altura tão difícil, a governar Portugal. Com o voto de Pacheco Pereira não contámos de certeza. Ele queria outro Governo. E os resultados do mal feito ao País pelo Governo para cujo surgimento tanto contribuiu estão quase a começar a ser devidamente avaliados. Já faltou muito mais.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Notas Breves - Cultura

Publiquei um comentário anónimo para a pessoas, por um lado, poderem apreciar o estilo e o conteúdo de quem escreve sem se identificar e, por outro, para essas pessoas que querem criticar se sentirem estimuladas a apresentarem as suas discordâncias de modo assumido. Há outros comentários, poucos, mais deselegantes. De quando em vez, até algo "raivosos". Mas faz parte... E esses são sempre anónimos.

Um desses fala no trabalho na Secretaria de Estado da Cultura. Aproveito para recordar, porque acho graça e é interessante:
1- Exerci aquelas funções durante cinco anos, sendo, depois do 25 de Abril quem esteve mais tempo com as responsabilidades daquela pasta governamental;
2- Saí em Dezembro de 1994, por ter apresentado a demissão uma vez que discordava da estratégia do meu Partido com reflexos no Governo de que fazia parte;
3- Obras, muitas. Cineteatros por todo o País, dezenas de Bibliotecas Municipais, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, vários Arquivos Distritais, vários Palácios Nacionais, teatros Nacionais, recuperação de Mosteiros com estalagens, estações arqueológicas, Museus por todo o País. Para além disso, a compra do edifício e a criação Teatro Nacional de São João, o arrendamento e a recuperação do Teatro Politeama... Tanta, tanta obra. Muitas dessas obras representaram investimentos, à época, de centenas de milhares de contos e concretizaram profundas remodelações. Por exemplo, nos Museus de Arte Antiga, Machado de Castro, Soares dos Reis.

Par além de muitas outras decisões significativas, como, por exemplo, a negociação e assinatura do agora outra vez célebre Acordo Ortográfico.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

MÚSICA

Hoje, ao ouvir o concerto de Ano Novo da Orquestra Filarmónica de Viena, transmitido, pela RTP, como de costume, de não pude deixar de pensar, mais uma vez, na pobreza do nosso País, neste domínio. Lembrei -me- de que Teresa Patrício Gouveia lançou a Régie do Porto. E eu lancei uma nova Orquestra Sinfónica Portuguesa - cujo primeiro Maestro foi Álvaro Cassuto- e, também as Orquestra Regionais, nomeadamente a das Beiras da qual vi anunciada , por estes dias, a respectiva programação. Há muita gente que fala, fala, gostam muito de dizer mal dos outros, mas não têm nada para apresentar de equivalente, ou sequer aproximado, nos seus curricula. ESSA É QUE É ESSA!

DECISÕES REVOLTANTES

Continua o inacreditável encerramento de Urgências de Hospitais e de serviços de Atendimento Permanente um pouco por todo o País.Entetanto, ontem, nasceu outra criança numa ambulância entre Montemor - o - Velho e Coimbra.

Considero estas decisões verdadeiras monstruosidades políticas e dos maiores atentados que decisões de qualquer Governo já cometeram contra os interesses mais legítimos da população Portuguesa. Terras como0 Anadia, Alijó ,Fundão, Vila Pouca de Aguiar, sem essas unidades a funcionarem devidamente, é algo de absolutamente inaceitável. "Dar" ambulâncias, com equipamento e pessoal, em troca das unidades encerradas, é um gesto de mentalidade feudal completamente repulsivo. É uma questão de tempo até a realidade mostrar - esperemos, todos, que seja do modo menos lamentável - o carácter grotesco destas decisões.
As pessoas, em Portugal, têm, na maior parte das situações, uma paciência enorme. Mas, desta vez, estão a reagir. Não tanto como aconteceria, por certo, noutros Países. Mas fazem-no como em poucos outros casos. É compreensível. Só alguém muito insensível pode tomar decisões destas.
Há outras maneiras de governar.

NEUTRALIDADE NECESSÀRIA

O aparecimento de mais uma lista nas eleições para a Administração do B.C.P. vem provocar uma nova situação com consequências em muitas frentes. Naturalmente que muda a realidade no próprio Banco mas, pelos fundamentos apresentados, claro que questiona a posição do Governador do Banco de Portugal. Na verdade, é injustificável que tenha lançado suspeitas sobre todos os que foram Administradores desde 1999. A atitude de Miguel Cadilhe, Bagão Félix e outros, só por esse motivo é compreensível. Mas, agora , o quadro é mais amplo e ninguém pode garantir derrotas ou vitórias.

Importa agora exigir que as empresas com maioria de capitais públicos ou goldenshares do Estado se mantenham equidistantes na disputa em curso. Só assim se poderá dizer que o mercado funciona livremente. Luís Filipe Menezes veio, ontem, exigi-lo e ainda bem Foi inteiramente lógica a sua argumentação. Aliás, penso que essas instituições mantiveram uma posição também tão neutra quanto possível, na disputa entre Jorge Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto. Se essa orientação for assumida, tudo será mais claro. E as pessoas talvez voltem a acreditar que Portugal não está a recuar décadas na sua organização comunitária.
FELIZ ANO NOVO

2008