Considero interessante a surpresa, de alguns, com a minha opinião sobre a manifestação de alguns estudantes quando da ida do Ministro Miguel Relvas ao ISCTE.
Se alguém tem defendido Miguel Relvas e lembrado as suas qualidades e os seus méritos, quando muitos se calam ou só falam nos seus defeitos, sou eu. Como é óbvio, não defendo em tudo, nem pouco mais ou menos. Mas considero intolerável que existam ondas coletivas de ataques a uma pessoa como se ela só tivesse defeitos. Não vou falar hoje nem dos atributos nem da ação governativa. Tão só do tema das manifestações.
Falar muito de Relvas e considerar grave o que se passou com ele, é entrar num jogo que não alimento: o de personalizar as situações, de concentrar tudo num "bode expiatório".
Considero mil vezes mais grave o que se passou no Parlamento, com manifestantes a não deixarem Pedro Passos Coelho falar durante minutos e disso ninguém fala nem ninguém censurou. Considero pior que alguns adultos - poucos - interrompam sessões como a do Ministro Paulo Macedo, ou a de Miguel Relvas em Vila Nova de Gaia.
Em Portugal, mesmo assim, os protestos, em Democracia, são genericamente civilizados. Compare - se com o que se passa noutros Países bem próximos...
Claro que entendo que a liberdade de expressão tem de ser respeitada. Mas se não formos compreensivos com estudantes, somos com quem? Atenção: se forem mesmo estudantes!
Graves são outras situações em Portugal como a perversão de poderes, a manipulação do Estado de Direito, os poderes sem controle, os abusos, os dois pesos e duas medidas. Grave é o País querer sempre desviar as atenções de alguns perseguindo outros. Não contem comigo para isso.
Já os conheço! E, como dizia a minha Avó: conheço - os " de ginjeira".