O Director-Adjunto do Expresso, responsável pelo Caderno de Economia, devia andar tenso. Andava já há umas poucas semanas fora da sua habitual linha editorial - o que tive a ocasião de elogiar neste mesmo espaço- e, ontem, no seu artigo do Expresso, perde completamente a cabeça a atacar todos os que criticaram a supervisão e o papel de Victor Constâncio. Imaginem, que começa por mim... Mesmo antes de eu ter abordado o tema- o que fiz só ontem, no artigo do Sol- "dispara", ainda sem fundamento. Vale a pena ler aquela "extraordinária" defesa. Fiquem a saber que, segundo Nicolau Santos, quem ataca Constâncio, está a querer disfarçar o que se passou no BPN!... Já viram que argumentação mais elaborada e mais original? Como se alguém pudesse comparar falhas de supervisão a ílicitos muito graves, como os que são noticiados.
Já agora: o Expresso Economia refere a intervenção de Fernando Ulrich-que aqui já elogiei-,sobre o sistema financeiro em Portugal e a crescente influência da Caixa Geral de Depósitos. Traz a letra de forma um daqueles temas, que há muito circulam... Estilo BPN, sobre o qual, como no BCP, agora, se fartam de investigar. É só offshores, de repente, com poucos dias de investigação. Mas, se era tão fácil, tão rápido, como não foi possível saber-se antes?... A TAP, certamente, que até daria descontos...
Voltemos à coragem de Fernando Ulrich e ao Expresso Economia: sobre o tal papel da Caixa, refere Nicolau Santos empréstimos a accionistas do BCP... A sério? Empréstimos da Caixa, de centenas de milhões de euros, para comprarem acções do BCP? Ah, sabem... Estão umas linhas na página 4, em baixo. Há notícias importantes que, nas últimas semanas, têm vindo assim: em página par, bem em baixo( e não só neste caderno...).
Enfim, temas menos interessantes e, por isso, sem grande relevo!...