1.Fará algum sentido, num tempo como este, anunciar
- se crise política mesmo que só por insinuações?
Aliás, nem o próprio Primeiro - Ministro deve
repetir o que a Oposição diz sobre tal matéria. Programas eleitorais? Serão
certamente para as Autárquicas.
2.Menos sentido faz não ser assim quando
surgem os tais indicadores positivos da descida dos juros, do provável regresso
aos mercados, do saldo na Segurança Social, da evolução na balança externa. Ou
será por isso que surgem essas insinuações ou ameaças de uma qualquer crise?
Extraordinário, aliás, é constatar o entusiasmo que desperta em alguns uma
possível plataforma entre Bagão Félix, Silva Peneda e Vieira da Silva... Sabe
bem quando se dá pelos tiques "unionistas" de alguns "opinadores"
de "esquerda".
3. Em vez de toda essa conversa, que tal
surpreenderem tudo e todos e sentarem - se mesa? Será assim tão impossível? O
Presidente da República, que se louva- e bem - de promover tantos
entendimentos, não tem força para o conseguir? Caberá, ou não, nas funções de
Presidente da República, fazer um apelo nesse sentido? Claro que sim, muito
especialmente, depois do que disse na Mensagem de Ano Novo. Se o fizer,
publicamente, alguma vez Governo e Oposição poderiam recusar? Claro que não!
4.Atenção: gostaria muito que pudéssemos discutir,
debater, avaliar uma ou várias alternativas, qualitativas e quantitativas. Digo
- o com franqueza. Mas, infelizmente, ela não surgiu ainda. Sei: renegociar a
dívida. Pois, mas e o Memo da troika? É para manter? Não? Em que partes? E,
então, para além disso, quais as medidas de governação: que despesas cortar?
Que impostos descer ou subir? Que deficit seria admissível? Que trajetória da
dívida considerariam? Que peso do Estado desejam? Que número de
funcionários públicos entendem adequado?
5.Ninguém já tolera eleições só "para irem
para lá outros"! Mas, para quem queira construir uma alternativa com
energia, é importante que surja a substância.
Não sou dos que digo que está tudo bem no que tem
sido decidido e no modo como tem sido feito. Nem pouco mais ou menos! Mas
interessam - me mais os pensamentos e propósitos de quem é Português do que
estudos do FMI ou cartas ao dito. A troika tem mais divisões internas do que a
nossa coligação de Governo e o próprio FMI mais correntes de pensamento do que
o PS sobre a ADSE.
6.Assumamos, para além de todos os
constrangimentos, que o País é nosso. Fomos nós que o fundámos, temos sido nós
a defendê - lo e somos nós que o amamos. A soberania sobre este território é
nossa.
Apuremos, neste momento decisivo, o que somos
capazes de defender, em conjunto, perante os financiadores externos.
Antes de tudo o mais, somos Portugueses.
5 comentários:
Finalmente. Obrigada. Cheguei a pensar que era um equívoco. Back to bases.
Dr.Santana Lopes
Primeiro, gostei muito do que li.
Esse é o Pedro Santana Lopes que nós todos conhecemos,gostamos e queremos.
Dito isso, não me parece viável esse caminho que traçou nos pontos que escreveu.
Seria se os políticos portugueses tivessem o seu pensamento, a sua ética e preocupação social.
Não têm.
Viu, vimos, o que aconteceu com o seu Governo quando enfrentou quem não devia e a forma baixa(íssima) como deitaram por terra uma maioria absoluta estável.
Sampaio, esse culpado de tudo o que está a passar pois foi ele que lá meteu Sócrates, é o típico político português.Assim como Cavaco,Sócrates, os Loureiros do Norte ( não falo de Dias Loureiro,atenção ),Passos,Seguro etc etc
Sei que nem lhe passa pela cabeça pensar mal de certas pessoas porque não conseguiria fazer o que fazem, mas isso não quer dizer que não esteja enganado.
É que eles fazem sim.
Muito pior do que se possa imaginar.
Para que se fale disto tudo, imagine bem o que não será a verdade completa!!!
A descida dos juros, o provável regresso aos mercados, o saldo na Segurança Social e a evolução na balança externa, não dão trabalho a ninguêm nem põe comida na mesa.
O povo nunca esteve na banca rota.
Nem a grande maioria vivia acima das suas possibilidades.
Basta analisar os números.Esses que nunca foram publicados por nenhum Jornal!!!
Tinham trabalho e ordenado com 13º e 14º més devidos por lei,para ir pagando as suas dívidas.
Pois é...Quem estava na banca rota, era(é) um grandessíssimo caloteiro e não cumpria com as suas obrigações era o Estado por culpa dos "Metralha" que por lá passaram e agora mergulham o povo na miséria para pagarmos NÓS a banca rota do Estado.
Isso sim deve ser dito até à exaustão!!!
Agora sim e por culpa dos dois últimos Governos, os particulares perderam os empregos e entraram eles tambêm em banca rota para que o Governo possa dizer que está no caminho certo a pagar as dívidas e que os mercados estão super contentes connosco.
Eu pergunto: Á custa de quê e de quem?
É legal o que se está a fazer a este povo?
É humano?
E como vai ser em 2014?
E pior..em 2015?
Alguêm me pode responder a isso?
É lógico que Seguro já deu mostra de que nunca poderá ser um bom PM e por isso Sócrates já moveu toda a sua equipe para o Rato.
Não há neste momento neste País nenhum político no poder ou aspirante a, com capacidade intelectual e honesto para ser PM.
Acha que alguêm vai discutir alternativas?
Eles só querem mais do mesmo.
Veja o "esquecimento" de Salgado!
E o que não "o lembraram"?
Onde estará?
Digo com toda a tristeza:Portugal já não vai a lado nenhum com conversas.
Isto transformou-se numa Venezuela.
Diz que "Mas interessam - me mais os pensamentos e propósitos de quem é Português do que estudos do FMI ou cartas ao dito"...e eu concordo consigo, acompanho o seu raciocínio, mas isso, amigo meu, não só é difícil para o comum dos mortais ( acompanhar ) como mais difícil é encontrar gente que pense de igual modo!!!
E termino com as suas palavras, que como sempre,sábias:
"Assumamos, para além de todos os constrangimentos, que o País é nosso. Fomos nós que o fundámos, temos sido nós a defendê - lo e somos nós que o amamos. A soberania sobre este território é nossa. Apuremos, neste momento decisivo, o que somos capazes de defender, em conjunto, perante os financiadores externos. Antes de tudo o mais, somos Portugueses."!!!!!!
Ao contrário do que sugere por razões facilmente entendíveis, o povo português quer eleições muito ràpidamente. Pior que a governação actual é impossível e o PS, com Seguro, com Costa ou com o Tino de Rains, tem a oportunidade de pôr na governação gente mais preocupada com Portugal e com os portugueses do que com as Instituições internacionais que servem. Gaspar, Moedas e Borges são o melhor exemplo disso. Basta ver a satisfação e o sorriso nos olhos deles sempre que vêm anunciar mais fome e mais miséria para aqueles que deveriam considerar seus concidadões!!!
A pergunta que falta um jornalista fazer a AJ Seguro para saber da sua preparação para governar:
“Dr. Seguro, qual era em 1995 a despesa anual com juros de Portugal e quanto é actualmente? E, atendendo ao facto de o PS ter governado quase ininterruptamente entre 1995 e 2011 (com apenas 2,5 anos de intervalo de Barroso / S. Lopes), qual é a responsabilidade dos socialistas na situação actual do País?"
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/01/titulos-vs-corpo-de-noticia-um-tratado.html
Ligeiramente à margem do seu POST não posso deixar de lembrar e tecer algumas considerações relativamente à situação no PS, partido que não milito mas que tenho perfeita consciencia da sua importância nacional.
Por diversos momentos e em diferentes alturas PSL confrontou também o seu lider no PPD/PSD chamaram o "enfant terrible" como se PSL chegasse a uma loja de vidros e partisse tudo. Não nunca foi assim, sempre foi leal, criticou com justiça, com seriedade. Recordo que desafiou os seus companheiros quando se candidatou à Figueira da Foz, e novamente o fez em Lisboa. Mas alguém tinha dúvidas? Na política não vale tudo. É verdade que PSL tem ambição! É verdade que é vaidoso e que tem orgulho! É verdade que também tem ambição política! Mas existe uma pequena diferença, que tem toda a importância. Esta vontade está alicerçada por superiores valores morais e de educação. A vontade de servir o seu País, este orgulho e vaidade é por respeito aos seus pais. Ter a confiança e auto estima suficiente que estejam onde estiverem sentem orgulho no seu filho. Estes sentimentos são, na minha perspectiva o que move PSL. Este, PSL, não vive esta ambição como forma de resolver os seus complexos sociais, mas sim por amor ao proximo por amor aos seu país.
Assistimos ao vai e vem de declarações de elementos do PS, uma coisa podem estar certos a ambição de Antonio Costa é pessoal, António Costa mantêm-se à tona da água agradando a uns e a outros, mostrando inclusivel estar à direita de Pacheco Pereira.
A demagogia de António Costa, o oportunismo, a forma de estar bem com Deus e com o diabo não fazem dele um bom político fazem dele a parte mais tenebrosa dos interesses e do poder em Portugal.
António José Seguro é inábil, poderá ser, estão a torpedear o seu trabalho, também, mas este é um homem sério desligado de interesses. É a facção mais esquerda do PS, é verdade mas também foi ssta a única que confrontou os socráticos, foram perseguidos ferozmente e afastados nunca o vimos fazer estes ataques. Não alguma coisa têm razão estas lutas não estavamos a habituados a ver no PS. A reforma do país só se fará com outro tipo de políticos, com outra atitude, não o faz de conta popularucho, de dar voz à cidadania e decidir o contrário.
Deus nos livre de António Costa na Câmara de Lisboa, ou secretário geral do PS, ou pior candidato a 1º ministro, não podemos voltar atrás estes sacrificios que os portugueses têm vindo a fazer têm que valer a pena.
(por motivos obvios deixarei anónimo e mais tarde pessoalmente direi quem sou)
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