domingo, 2 de dezembro de 2012

A Entrevista

Estive a ouvir de novo, e com mais tempo, a entrevista de Pedro Passos Coelho à TVI.
 Foi José Alberto Carvalho que perguntou: "Mas quem é o n.º 2 do Governo?"
O que haveria de dizer o Primeiro - Ministro? Que não era quem o é? Que Gaspar não é o n.º 2, apesar de o ser?
Muita da surpresa geral resulta de as pessoas desconhecerem essa realidade. Aliás, já nos Governos de Durão Barroso e no meu, Paulo Portas era o n.º 3. Manuela Ferreira Leite era a n.º2 do Governo de Barroso e Álvaro Barreto do meu.
A questão não é nova. Foi colocada a Durão Barroso e a mim. A resposta só pode ser uma. A maneira de a dar terá a ver com a maneira de ser de cada um e com as circunstâncias.

Devo dizer que discordo da generalidade dos juízos feitos sobre a entrevista. É uma boa prestação, esclarecedora em muitos pontos. Há uma frase que passou despercebida quando Passos Coelho diz, às tantas, que será importante conseguir que os reembolsos do empréstimo sejam menos concentrados nos próximos tempos.

Tem pontos menos claros? Tem. Por exemplo, o dos termos e prazos do debate sobre o Estado Social e o corte dos 4.000 milhões e - a partir de hoje- o do financiamento da Educação. Mas foi uma boa entrevista. Em bom tom, com domínio dos assuntos, com firmeza política e com lógica argumentativa. Com razão no fundo da questão? Ainda não se sabe. Mas, seguramente, com muita convicção.

6 comentários:

miguel vaz serra....... disse...

Dr. Santana Lopes
Sem querer faltar ao respeito e amizade, que sabe de sobra que lhe tenho, mas aqui em casa existem 3 armários enormes cheios de convicção.
De razão tinha a minha querida avó que Deus tem, uns 5.
O que NÓS queremos é ver resultados.
E para ontem de preferência.
As políticas até agora falharam TODAS.
As fiscais então é de bradar aos deuses.
Não estamos a ficar sem tempo.
Já ficámos sem ele!!!!!
Firmeza política e muito maior e melhor lógica argumentativa tem Francisco Louçã e..........
Mais uma vez relembro o discurso do Dr. Pedro Pinto!!!
Agarrem-se a ele e mudem o Governo a começar por Passos Coelho.
Lembra Sócrates que mesmo que tivesse alguma razão em pequeninas (muito muito muito pequeninas)coisas já ninguêm lhe dava ouvidos porque tinha perdido completamente toda e qualquer credibilidade, era até já ridículo aos olhos do povo.
Deixou de convencer. Ponto final!

Anónimo disse...

PPC passa a vida a dizer que não disse. Continua-se sem saber o que pensa. Como social-democrata tenho medo do que eventualmente pensará. Entretanto os abaixo assinados dos que deram cabo disto avançam e, as primas e os primos lá continuam…

Mas, volto a reafirmar, que ao menos TEMOS MINISTRO DA ECONOMIA, a aprovação da legislação sobre as ordens profissionais é, no meu entender, exatamente o que era preciso para responder à balbúrdia reinante. SERÁ CUMPRIDA?

maria lisboa....... disse...

Judite querida, para a próxima entrevista tenha isto em conta.

"António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados ,Austeridade e privilégios, no Jornal de Notícias. Excertos:
«[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação,sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e - pasme-se - no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.
O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respectivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho.
Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais.»

Jorge Diniz disse...

Caro Miguel Vaz Serra,
Admiro a sua frontalidade e firmeza, com educação e fidalguia. Parabens pela verdade.
No entanto, eu acrescento: Pedro Passos Coelho enganou-me (literalmente, mentiu) para ter o meu voto. Mesmo assim, eu desculpava essa mentira SE TIVESSE RESULTADOS! Mas não apresenta RESULTADOS, somente me "leva" (fiscalmente) o pouco que ganhei (profissionalmente) com o meu esforço. Se podesse invocar (em Tribunal) "erro na formação da vontade" ...

Zé da Póvoa disse...

Hoje só defende Passos Coelho quem teve acesso ao pote e pode usufruir de reformas douradas, ajudas de custo, benesses materiais e honoríficas de toda a ordem. Para si e para a família e amigos mais chegados! Mesmo dentro do PSD já muitos com grande relevo dentro do partido disseram não a esta política de roubos sistemáticos às classes menos favorecidas e que não podem aceder ao pote. Para estes políticos vale tudo para cumprir as ordens do neo-nazi ministro das finanças de Merkel, como estamos a ver com o aligeirar das condições à Grécia que não serão extensivas a Portugal. O 1º.ministro(Gaspar) e o 2º.ministro(Passos)tiveram que, em dois dias, se desdizer completamente sobre o assunto, depois do puxão de orelhas vindo Berlim.

Anónimo disse...

Olá!