sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A ser verdade...

Será mesmo verdade o que se ouviu nos telejornais? Será possível que vivamos num País em que se leiam sentenças, se anunciem as penas e não se leia a fundamentação nem se distribua o Acórdão donde ela deve constar? Ainda por cima, num processo como este, com o impacto mediático que tem... Já se conhecem as penas e não se conhecem os fundamentos? Se for verdade, é porque vivemos num regime que não é uma Democracia. Cada vez há mais sinais de que assim é.

21 comentários:

FNV disse...

Muito bom.
Só tirava o "d" de "donde.

GULAG disse...

Estou assustado com este País!

Anónimo disse...

Infelizmente é assim,ninguem sabe de nada,nem do que é acusado,eu estou cansada de tudo...e acredite que só a morte me vai dar sossego,assim espero...

Anónimo disse...

Pois, mas qd foi o Vale e Azevedo toda a gente assobiou para o lado...

Anónimo disse...

Parece que a lei permite que a leitura se cinja a uma súmula.
Para além disso, ao que ouvi, todos os advogados do caso concordaram em ouvir hoje a súmula e receber o texto apenas daqui a poucos dias.
Para além disso, como infelizmente poucos sabem (incluindo uma grande parte da advocacia porruguesa), há muitos países onde a generalidade das sentenças criminais contém apenas o dispositivo, só sendo elaborada a fundamentação em caso de recurso (veja-se p.e. a maioria dos estados dos EUA; e na Alemanha, embora apenas quanto a alguns casos). E não parece que se possa pôr em causa que sejam países democráticos.
Como vê, as coisas vistas com objectividade e sem a paixão das partes até parece que assumem outras cores!

Anónimo disse...

Vivemos num país extraordinário.
Vão 36 anos após o 25 Abril.
E tudo isto é um sucesso! A economia, as finanças, a justiça (sobretudo os fabulosos resultados da ressocialização do delinquente - que até já tem direito a "cagar" as suas sentenças em horário nobre televisivo - e o regime de cumprimento de penas), a educação, a saúde, a segurança, o civismo....
Há que enaltecer com um portentoso louvor o legado dos fabulosos políticos que nos sairam em rifa desde então que, naturalmente, fizeram todos o seu melhor a bem da Nação.

Humberto disse...

Caro Dr. Pedro Santana Lopes, à custa disso tivemos um dos condenados a dar uma conferência de imprensa a clamar por inocência e a dizer-se vítima de uma monstruosidade jurídica.
Mas tal monstruosidade jurídica em grande parte existiu porque os arguidos a criaram mais os seus advogados muito bem pagos que tudo fizeram para prolongar o julgamento 'ad aeternum' com todo o tipo de estratagemas que a lei e as injustiças da lei permitem.

Lembro-me que pelo meio até se chegou ao cúmulo de ser criada uma lei à medida que permitiu a um dos que se safou pedir uma indemnização ao estado!

Clamar por inocência numa altura destas?! Com os advogados que tiveram, que tudo e mais alguma coisa fizeram para lançar o caos no julgamento, será que 6 (SEIS) anos não chegaram para provar a inocência? Foram 6 anos!


Caramba! Vivemos numa época em que parecem insignificâncias haver suspeitos/arguidos que são eleitos autarcas para fugirem ao julgamento ou pessoas condenadas em tribunal que são eleitas autarcas ou ainda quaisquer figuras mais ou menos públicas, ou que já o foram, que se vejam envolvidas num qualquer caso verem-se no direito de conseguirem de algum modo ser "convidados" para entrevistas de 30 ou 40 minutos para a defesa, em directo na TV, da alegada inocência.



A imagem de Portugal neste momento deve estar uma lástima. Portugal deve ter batido no fundo em termos de reputação.

Já é uma vergonha mostrar o estado da limpeza das nossas cidades aos turístas que nos visitam e que gostariamos de receber com orgulho, porém é bater no fundo quando Portugal passa a ser conhecido como o país onde um julgamento por pedofília demora 6 anos, não 6 meses mas 6 anos!

Isto, depois do caso Maddie que tanta tinta fez correr tanto cá dentro como em muitos outros países em que não só enxovalharam activamente o nosso País como houve quem, por cá, deixasse escandalosamente que nos enxovalhassem... fomos, qual país de subservientes, acusados de tudo e mais alguma coisa desde incompetência até sermos destino de "turismmo pedófilo".

O que têm os nossos governantes feito deste país?

No meio disto, a crise financeira (já nem sei se "melhor" ou pior que a da Grécia), a crescente falta de emprego em Portugal, o crescente défice da balança comercial, o caso Queiroz mais a Federação Portuguesa de Futebol mais elementos do Governo todos envolvidos num imbróglio mas todos a descredibilizaram o desporto em Portugal, os incêndios em Portugal que a par com os da Rússia e as enchentes no Paquistão foram a notícia que provavelmente mais tempo de antena teve no segmento "no comment" do canal Euronews durante o mês de Agosto (segmento dedicado a mostrar desde particularidades de um povo até às maiores catástrofes mundiais) ou, daqui por alguns meses, termos um país também com cheias recordes... até parecem simples pormenores de um país que não sabe mais do que desenrascar-se das situações que o atormenta.


Eu quero outro Portugal! Para mim e para todos nós.

Humberto disse...

Caro Dr. Pedro Santana Lopes, à custa disso tivemos um dos condenados a dar uma conferência de imprensa a clamar por inocência e a dizer-se vítima de uma monstruosidade jurídica.
Mas tal monstruosidade jurídica em grande parte existiu porque os arguidos a criaram mais os seus advogados muito bem pagos que tudo fizeram para prolongar o julgamento 'ad aeternum' com todo o tipo de estratagemas que a lei e as injustiças da lei permitem.

Lembro-me que pelo meio até se chegou ao cúmulo de ser criada uma lei à medida que permitiu a um dos que se safou pedir uma indemnização ao estado!

Clamar por inocência numa altura destas?! Com os advogados que tiveram, que tudo e mais alguma coisa fizeram para lançar o caos no julgamento, será que 6 (SEIS) anos não chegaram para provar a inocência? Foram 6 anos!


Caramba! Vivemos numa época em que parecem insignificâncias haver suspeitos/arguidos que são eleitos autarcas para fugirem ao julgamento ou pessoas condenadas em tribunal que são eleitas autarcas ou ainda quaisquer figuras mais ou menos públicas, ou que já o foram, que se vejam envolvidas num qualquer caso verem-se no direito de conseguirem de algum modo ser "convidados" para entrevistas de 30 ou 40 minutos para a defesa, em directo na TV, da alegada inocência.



A imagem de Portugal neste momento deve estar uma lástima. Portugal deve ter batido no fundo em termos de reputação.

Já é uma vergonha mostrar o estado da limpeza das nossas cidades aos turístas que nos visitam e que gostariamos de receber com orgulho, porém é bater no fundo quando Portugal passa a ser conhecido como o país onde um julgamento por pedofília demora 6 anos, não 6 meses mas 6 anos!

Isto, depois do caso Maddie que tanta tinta fez correr tanto cá dentro como em muitos outros países em que não só enxovalharam activamente o nosso País como houve quem, por cá, deixasse escandalosamente que nos enxovalhassem... fomos, qual país de subservientes, acusados de tudo e mais alguma coisa desde incompetência até sermos destino de "turismmo pedófilo".

O que têm os nossos governantes feito deste país?

No meio disto, a crise financeira (já nem sei se "melhor" ou pior que a da Grécia), a crescente falta de emprego em Portugal, o crescente défice da balança comercial, o caso Queiroz mais a Federação Portuguesa de Futebol mais elementos do Governo todos envolvidos num imbróglio mas todos a descredibilizaram o desporto em Portugal, os incêndios em Portugal que a par com os da Rússia e as enchentes no Paquistão foram a notícia que provavelmente mais tempo de antena teve no segmento "no comment" do canal Euronews durante o mês de Agosto (segmento dedicado a mostrar desde particularidades de um povo até às maiores catástrofes mundiais) ou, daqui por alguns meses, termos um país também com cheias recordes... até parecem simples pormenores de um país que não sabe mais do que desenrascar-se das situações que o atormenta.


Eu quero outro Portugal! Para mim e para todos nós.

Humberto disse...

Caro Dr. Pedro Santana Lopes, à custa disso tivemos um dos condenados a dar uma conferência de imprensa a clamar por inocência e a dizer-se vítima de uma monstruosidade jurídica.
Mas tal monstruosidade jurídica em grande parte existiu porque os arguidos a criaram mais os seus advogados muito bem pagos que tudo fizeram para prolongar o julgamento 'ad aeternum' com todo o tipo de estratagemas que a lei e as injustiças da lei permitem.

Lembro-me que pelo meio até se chegou ao cúmulo de ser criada uma lei à medida que permitiu a um dos que se safou pedir uma indemnização ao estado!

Clamar por inocência numa altura destas?! Com os advogados que tiveram, que tudo e mais alguma coisa fizeram para lançar o caos no julgamento, será que 6 (SEIS) anos não chegaram para provar a inocência? Foram 6 anos!


Caramba! Vivemos numa época em que parecem insignificâncias haver suspeitos/arguidos que são eleitos autarcas para fugirem ao julgamento ou pessoas condenadas em tribunal que são eleitas autarcas ou ainda quaisquer figuras mais ou menos públicas, ou que já o foram, que se vejam envolvidas num qualquer caso verem-se no direito de conseguirem de algum modo ser "convidados" para entrevistas de 30 ou 40 minutos para a defesa, em directo na TV, da alegada inocência.



A imagem de Portugal neste momento deve estar uma lástima. Portugal deve ter batido no fundo em termos de reputação.

Já é uma vergonha mostrar o estado da limpeza das nossas cidades aos turístas que nos visitam e que gostariamos de receber com orgulho, porém é bater no fundo quando Portugal passa a ser conhecido como o país onde um julgamento por pedofília demora 6 anos, não 6 meses mas 6 anos!

Humberto disse...

(continuação)

Isto, depois do caso Maddie que tanta tinta fez correr tanto cá dentro como em muitos outros países em que não só enxovalharam activamente o nosso País como houve quem, por cá, deixasse escandalosamente que nos enxovalhassem... fomos, qual país de subservientes, acusados de tudo e mais alguma coisa desde incompetência até sermos destino de "turismmo pedófilo".

O que têm os nossos governantes feito deste país?

No meio disto, a crise financeira (já nem sei se "melhor" ou pior que a da Grécia), a crescente falta de emprego em Portugal, o crescente défice da balança comercial, o caso Queiroz mais a Federação Portuguesa de Futebol mais elementos do Governo todos envolvidos num imbróglio mas todos a descredibilizaram o desporto em Portugal, os incêndios em Portugal que a par com os da Rússia e as enchentes no Paquistão foram a notícia que provavelmente mais tempo de antena teve no segmento "no comment" do canal Euronews durante o mês de Agosto (segmento dedicado a mostrar desde particularidades de um povo até às maiores catástrofes mundiais) ou, daqui por alguns meses, termos um país também com cheias recordes... até parecem simples pormenores de um país que não sabe mais do que desenrascar-se das situações que o atormenta.


Eu quero outro Portugal! Para mim e para todos nós.

Pedro Pita disse...

A coisa é simples: n.º 4 do Art.º 372º do Código do Processo Penal. Pode ler-se uma súmula( isto é um resumo) da fundamentação. Foi isso que foi feito ontem. De resto não podia ser de outra maneira, não estamos a ver os juízes a lerem a fundamentação completa, pois não? Acho lamentável que alguém que foi primeiro ministro de Portugal se preste a este triste papel de contribuír para a desinformação acerca deste assunto.

Mas enfim isto é apenas mais um fait divers dos advogados dos arguidos. Coitados no fundo fazem o seu papel. Claro que só querem encontrar pretextos formais para terem tese para o seu recurso- recurso cujos termos pelos vistos vão ser públicos, porque a única justiça que lhes interessa é a da opinião pública, já que na judicial foram condenados, e portanto deixou de prestar a partir de ontem. O Dr. Santana Lopes pelos vistos fica muito incomodado com os promenores formais, mas já o facto de meia dúzia de predadores sexuais preversos terem abusado anos a fio de crianças indefesas que o estado tinha a seu cargo não lhe merece pelos vistos o mínimo reparo. Assim sendo a parte da matéria substancial da decisão de ontem não lhe merece qualquer reparo, apenas se a súmula foi ou não resumidora da fundamentação. Enfim...

Um abraço

Anónimo disse...

A verificar-se esse facto, realmente é bom que comecemos a colocar em causa a Democracia. Mas há muito, desde que os Socialistas subiram ao poder, que temos claros sinais que vivemos num regime e não num País completamente livre. A reflectir-se na Justiça é catastrófico. RM

Anónimo disse...

Não quero acreditar que possa ser tão ingénuo. Não, de facto, TODOS sabemos que não o é, então o que o leva escrever um post destes? Ah, sim, a sua faceta de injustiçado...o choro constante de Carlo Cruz; o acreditar, sem reservas,no que lhe disseram os seus advogados...Pois...
Está a querer dizer o quê, claramente? Que o "Sr." carlos Cruz é inocente?

Por favor!!! Ser crédulo, tem os seus limites.
Como dizia Catalina Pestana, o julgamento da casa Pia, acabou ontem. Pouco interessa o que vem a seguir (Paulo Pedroso também saiu ileso - pasme-se, até com uma indmenização).
A falta de democracia, Dr. Pedro Santana Lopes, advém do facto de este "Sr" ficar sossegado, no aconchego do lar, doente e insano; perigoso, à espera que o crime que cometeu subscreva. Isso sim, é o que vai acontecer, sem que nada possamos fazer. Isso sim, é a consequência da justiça que temos e que ninguém entende nem perdoa, inserida nesta democracia doente e decandente.
O julgamento acabou ontem. Custe a quem custar, acabou ontem! Sim, sabemos que o "Sr carlos Cruz lutará até ao fim da sua vida para provar que é inocente. Pouco interessa. A sentença foi lida e, apesar de muitos sabermos que faltavam pessoas nas cadeiras dos réus, ainda assim, foi feita justiça! O resto, são histórias da carochinha, típicas deste Portugal dos pequeninos.

Humberto disse...

Não era minha intenção enviar o mesmo texto tantas vezes (3 vezes).
Nas 2 tentativas iniciais de envio em vez da mensagem no cimo da página a informar que o texto tinha sido enviado com sucesso apareceu uma página de erro quando cliquei em "publicar o meu comentário", pensei que o texto não tinha sido aceite pelo sistema por ser demasiado longo por isso dividi-o em duas partes e tentei novamente.
Com o texto dividido em duas partes já correu tudo normalmente e já apareceu a mensagem no cimo da página a informar que o texto tinha sido enviado com sucesso, como é costume.
As minhas desculpas pelo sucedido.

Jorge disse...

É tudo verdade. A partir do momento em que surgiu a primeira licenciatura domingueira, que acredito em tudo. Só falta ver uma vaca voar, mas a rampa de lançamento está quase concluída.

Helvios disse...

Pelos comentários, estou mesmo tranquilo, pois estamos cheios de especialistas, que dizem que podem haver súmulas mesmo sem fundamentação,que não pode haver alguém clamar inocência, ainda que se vejam datas alteradas, se não foi nessa data então arranja-se outra para tranquilização das nossas mentes e não chocar opiniões,que não pode haver alguém comentar ao contrário porque isso é estar do lado dos vis criminosos que abusaram "daquelas criancinhas".
Ainda que hajam personagens a insistir em outros que por inépcia dos acusadores,ou não arranjarem datas diferentes, ou por pior, estarem mesmo inocentes, mas continua-se a clamar o corte de cabeças.Isso pode-se desculpar terem vindo para a imprensa, mas clamar inocência, isso é que não.E por ter-se opinião contrária corre-se o risco de estar do lado dos criminosos que andaram a ter vidas duplas, e pasme-se como é possível ousar-se em colocar posts a fazer pergunta que muita gente tem feito.

Anónimo disse...

Caro Dr. Pedro,
antes de mais gostaria de dizer que foi preciso grande coragem para que um colectivo de juízes proferisse tal decisão.
Assim, percebeu-se que as vítimas saíram satisfeitas, só com as condenações, segundo eles nem se importam que as penas sejam ou não cumpridas, tal é o interesse nestas figuras que nem conhecidas são, aliás quem são as vítimas? Quais são os seus interesses?
As vítimas são figuras completamente desconhecidas sem interesses, a sua maioria nem a cara dá, outros não a deram mesmo. Porquê? MEDO, só se libertaram dele quando perceberam que afinal ainda que fosse só ali havia a esperança de que fosse feita justiça, e eu acredito naquele colectivo, mais, a juiz Presidente, foi bastante serena face à forma menos serena como reagiram os advogados dos Arguidos e de grande nível.
Tal como já li várias vezes, não acredito que houvesse da parte do Colectivo negligência, quanto aos fundamentos, ou à falta deles por certo estarão no acórdão que estará à disposição dos senhores advogados dos arguidos, no momento que foi determinado. Tanta indignação, talvez tenha sido bom que não tivessem sido ali lidos em público, talvez se fossem lidos publicamente as reclamações fossem por isso mesmo pelo detalhe que numa súmula não se justificaria, só DEUS sabe o que diriam.
Ainda assim é minha convicção e não só minha de que aquele colectivo decidiu bem e com coragem que é uma coisa que começa a escassear, aquele foi o exemplo da coragem e a completa independência face a qualquer poder.
Uma coisa é certa havia vítimas e há muitos anos, não podem ficar impunes porque são conhecidos, ou têm possibilidade de convocar conferências de imprensa.
Será que o comum dos arguidos deste País se poderia dar ao luxo de dispor de uma sala num hotel para falar?
Será que as vítimas o poderiam fazer?
será que teriam interesses em fazê-lo quando a sua maioria o que fez foi esconder a sua identidade para se proteger do público e levar as suas vidas humildes para a frente?
GRANDE CORAGEM A DO COLECTIVO, DESTA VEZ HAVIA VITIMAS E CULPADOS. FINALMENTE.
BAM

Humberto disse...

Caro Helvios, que todo o arguido ou ex-arguido tenha o direito a dizer-se inocente mesmo depois de condenado em tribunal ou que todo o condenado tenha direito a recurso... isso eu não discuto.

Mas clamar inocência numa conferência de imprensa como aquela depois de todas as "peripécias" ou artimanhas de um julgamento que se prolongou por 6 anos... isso já discuto, sim senhor.
Conferência de imprensa?! Para manipular a opinião pública e gozar com os tribunais? É revoltante.


Só o pormenor da tentativa de manipulação da opinião pública já é revoltante que chegue e já deviamos estar todos vacinados contra isso pois, nos últimos tempos, temos tido vários exemplos destes... de pessoas sem vergonha a aparecerem na televisão, em conferências de imprensa ou em entrevistas de 30 ou 40 minutos, na tentativa de lavarem a desonra.



E, já agora... perdoem-me a linguagem mas que raio foi aquilo ontem à noite na RTP1?

Que o "Prós e contras" sempre foi mais um pseudo programa do tipo "Prós e prós" já há muito que é do conhecimento público e Fátima Campos Ferreira certamente não destoou da habitual parcialidade no modo como conduziu o programa mas ontem, aquilo, atingiu um outro nível!

Como já vem sendo habitual voltámos a ter o Bastonário da Ordem dos Advogados (que tanto gosta de aparecer na televisão) a defender os arguidos e a acusar ferozmente os tribunais e os juízes (que BASTONÁRIO vergonhoso este que em vez de se preocupar com todos os advogados da ordem se dá a estes préstimos) de tal modo que até deu gosto quando o Juiz Rui Rangel começou a meter na ordem o Bastonário, pelo menos até Fátima Campos Ferreira lhe cortar cirurgicamente a palavra para a dar ao "profissional da comunicação" (o mesmo da conferência de imprensa)...


Eu sei que este "Prós e contras" era inevitável mas não deixo de pensar que teriam mostrado um bocadinho de responsabilidade, de dignidade, de decência se tivessem esperado pela leitura do acórdão!

o cusco....... disse...

Senhor Pita disse que "A coisa é simples: n.º 4 do Art.º 372º do Código do Processo Penal. Pode ler-se uma súmula (isto é um resumo) da fundamentação. Foi isso que foi feito ontem. De resto não podia ser de outra maneira, não estamos a ver os juízes a lerem a fundamentação completa, pois não? "
1-Não foi feito resumo NENHUM da fundamentação. Simplesmente leram partes do que eles acham que se passou por boca das testemunhas. Não HÁ NADA fundamentado!
2-Depois de 8 anos de espera, sim, estamos a ver os Juízes a ler tudo o que for necessário!!!Para isso se lhes paga e não é pouco.
Em relação ao dono do Blog ser Primeiro Ministro ,ele também, ou ter sido antes deste que lá está agora...Mais uma razão forte para comentar o vergonhoso final que hoje se veio a agravar com a adiamento para 6ª feira a entrega da fundamentação."Ontem" os Advogados punham em causa se havia algo sequer escrito, "hoje" TODOS o fazemos!
Isto é uma vergonha nacional, um escândalo num Estado de Direito.
Aliás, Portugal é um Estado de Magistratura, pois ela não respeita o Direito e faz o que quer "dele".

Pedro Pita disse...

Manuel António Pina escreveu isto:

"Jornalismo de "serviço"

A entrevista "non stop" que, desde que foi condenado, Sua Inocência tem estado ininterruptamente a dar às TVs teve o mais respeitoso e obrigado dos episódios na RTP1, canal que é suposto fazer "serviço público".
Desta vez, o "serviço" foi feito a um antigo colega, facultando-lhe a exposição sem contraditório das partes que lhe convêm (acha ele) do processo Casa Pia e promovendo o grotesco julgamento na praça pública dos juízes que, após 461 sessões, a audição de 920 testemunhas e 32 vítimas e a análise de milhares de documentos e perícias, consideraram provado que ele praticou crimes abjectos, condenando-o à cadeia sem se impressionarem com a gritaria mediática de Suas Barulhências os seus advogados, o constituído e o bastonário.
Tudo embrulhado no jornalismo de regime, inculto e superficial, de Fátima C. Ferreira, agora em versão tu-cá-tu-lá ("Queres fazer-lhe [a uma das vítimas] alguma pergunta, Carlos?"). O "Prós & Contras" só não ficará na História Universal da Infâmia do jornalismo português porque é improvável que alguém, a não ser os responsáveis da RTP, possa chamar jornalismo àquilo. "

Fim de citação. Acho que resume muito bem tudo o que há para dizer sobre este torpe assunto, e sobre a mentalidade de quem defende os pedófilos. Passar bem.

Altitude disse...

Desculpe que lhe diga, Dr Santana Lopes

A maior parte dos comentários ao seu post são preconceituosos. Querem a condenação e, a partir daí, querem o silêncio.
Lembram-me os Plenários Criminais de má memória.

Condenar sem provas credíveis, ninguém de recta intenção engolirá a pílula!

Mas o pior está para chegar. Quem tiver dúvidas e não anseie pela censura, é apenas esperar: o processo vai ser todo publicado no site do arguido Carlos Cruz. Parte dele já lá está. Vale mesmo a pena ler e meditar no que aí se contém.
"Res non verba"