quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Verdades cruas



Intervenções elucidativas de Fernando Ulrich e de Eduardo Catroga sobre o estado da nossa economia e, principalmente, das nossas Finanças Públicas.
Para quem não conheça, os números referidos devem soar de modo ainda mais assustador.
As individualidades referidas têm vidas profissionais feitas, sobretudo, no sector privado e, pela sua formação e por funões exercidas, conhecem bem o que se passa no Estado e a dimensão dos desequilíbrios no subsector público.Pode ser que Portugal se comece a convencer das escolhas que tem de fazer.
O realce que aqui quero dar a essas intervenções não significa, como é óbvio, que concorde com tudo o que lhes ouvi. Por exemplo, discordo de Eduardo Catroga quanto à regionalização. Entendo que o desequilíbrio na ocupação do território tem enormes custos, nomeadamente,e não sendo os mais significativos, os que resultam da falta de rentabilização dos investimentos feitos em infraestruturas, bens e equipamentos. Por exemplo, estradas e barragens.
Questões, temas, assuntos, que o PPD/PSD deve debater em permanênciamas, sobretudo, antes da escolha da próxima liderança.

2 comentários:

Ricardo Arroja disse...

"Pode ser que Portugal se comece a convencer das escolhas que tem de fazer."

Caro Pedro,

E quem é esse Portugal? Deixe-me ser advogado do diabo: com metade do país a viver do assistencialismo público, com as nossas empresas reféns de legislação ultrapassada e impostos crescentes e, ainda, tão expostas às diabruras do comércio internacional...neste Portugal onde todos os dias se destrói riqueza privada, que apoio popular terá o tal pacto PS/PSD para reduzir o endividamento, apertar o cinto ao país e aumentar os impostos? O pacto nunca se materializará. E se tal acontecer, então sim, esta democracia indirecta estará por fim condenada.

Lamentavelmente, para o orgulho nacional, estou inclinado a considerar que o federalismo europeu "is the only hope". Qualquer outro caminho, sem uma revolução civil pelo meio, será a morte do artista. Não se trata de derrotismo, trata-se de realismo! E, não se esqueça, a partir de 2013 Portugal tornar-se-á um contribuinte líquido da UE!?! Tragédia grega? A nossa não será menor.

joao disse...

Verdade crua é que alguns destes banqueiros deveriam estar presos e não estão
Vamos passar esta crise sem haver responsáveis e pior vão ser eles a continuar nos destinos da banca