terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Contrastes

SUm comentador habitual da SIC, nos espaços reservados à Imprensa, aceitou ser candidato por um partido político. Refiro-me a Rui Tavares, também do Público, que aceitou ser candidato ao Parlamento Europeu, pelo Bloco de Esquerda. Terceiro, na respectiva lista.
Devo dizer que considero Rui Tavares um dos mais inteligentes comentadores-analistas que surgem nas nossas Televisões. Inteligente, claro e educado. Não precisa de ser ofensivo ou malcriado para mostrar que pensa e o que pensa. Faz bem em ser livre e sempre assumiu que era de esquerda, e bem de esquerda. Nunca enganou ninguém. Foi bem aceite pela Imprensa a sua opção. Aí que me perdoe, mas vale-lhe ser desse sector, senão seria criticado sem dó nem piedade.
Sem dó e sem piedade é como se deve qualificar a falta de nível de um programa que dá, aos Sábados, na SIC, principalmente, da parte de uma participante. Muito raramente assisto, porque me faz impressão o ar doutoral com que algumas pessoas falam de quase tudo sem saberem quase nada. Mas estava a ver os Óscares, na TVI; e, nos intervalos, «saltava». Há participantes desse debate que levam aquilo meio a brincar, o que parece ser a ideia inicial do programa. Mas aquele azedume, aquele mau estar com a vida, com tudo e com todos, mas, principalmente, quero crer, consigo própria, é intolerável. Sabe-se lá porquê mas não deve gostar de se ver ao espelho e até devemos respeitar isso: cada um pensa o que quer de si próprio. Agora, tempo de antena dado a quem é tão sectário, tão insultuoso, tão desagradável, é um desperdício. é que os outros, apesar de tudo, pensam, gritam , debatem, riem. Ela odeia, é o eixo do ódio. Que tristeza!

12 comentários:

Anónimo disse...

Pior do que isso, caro PSL, é um certo director de jornal, irmão de um famoso autarca, que passa a vida a atacá-lo e a armar-lhe episódios para o desconsiderar...

Concerteza já viu o novo anúncio de estação da SicNotícias sobre a dissolução de 2004...

Para lembrar às pessoas ou para o prejudicar no actual contexto?

Contra tudo e contra todos o senhor irá ganhar lisboa.

Está escrito no destino.

E voltará mais forte do que nunca.

Anónimo disse...

Lembro-me de ter lido, há poucos meses, um artigo da senhora em questão, publicado na sua coluna semanal do "Expresso" acerca do Presidente Cavaco Silva, que viria posteriormente a ser alvo de comentários indignados de vários leitores do semanário.

Pensei na altura que, estejamos ou não de acordo com determinadas tomadas de posição políticas ou opções estratégicas, nunca devemos esquecer-nos, nos comentários públicos que fazemos, do respeito institucional devido a quem ocupa certa posição. Respeito que, nesse artigo, não foi de forma alguma assegurado. A senhora chegou a referir-se até à filiação do Presidente, questão perfeitamente irrelevante para os leitores do jornal e para o conteúdo do artigo de opinião em causa.

De muito mau gosto e revelando um estranho preconceito da parte de quem se diz de esquerda...

Sandra Neves

Anónimo disse...

A Dr Clara Ferreira Alves é apenas uma oportunista mediática.
É espantoso que em 4 anos de desgoverno, só tenha visto algum defeito muito recentemente, no seu querido PS e no PM Sócrates. E penso que é só para dar uma de "eu também disse" não vão os ventos mudar.
E ainda insiste, ela que é advogada de formação, na tese da campanha negra. Ainda bem que não exerce.
Não lhe interessa discutir as vigarices, a incompetência, o aval aos amigos, a ameaça à liberdade de imprensa, a "digitalização" dos cidadãos, a vida miserável dos reformados, a política económica de fazer corar um analfabeto, a tentativa de manipulação da justiça para citar apenas alguns.

Bem, mas de campanhas negras sabe ela, e fez muitas contra si. E continua a mentir e a insinuar. Mas isso cabe-lhe a si Dr Pedro contestar. Sei que não faz o seu género mas acho que também não deve levar o cavalheirismo longe de mais.
Tal como os que hoje estáo no Sol e estavam no Expresso, com especial relevância para o Sr Lima o atacavam com mentiras que ajudaram à situação que vivemos hoje.
Ajudaram ao crime de lesa pátria que o Dr Jorge Sampaio perpetrou contra a democracia portuguesa agindo como um terrorista institucional e um homem sem estatura política como se veio a provar e se evidencia diariamente nas intervenções que faz. Patéticas para não dizer mais.

Hoje percebemos bem a diarreia que lhes deve ter causado aquela sua ideia de taxar os bancos. Imagina-se a malta do golfe toda na Quinta do Perú a pensar no que fazer. Imaginam-se os génios bancários a fazerem electrocardiogramas.

Só que este programa de entretenimento "o eixo do mal dos mesmos" não passa disso mesmo. Tirando o Júdice que já lá não está e o Pedro Marques Lopes que agora lá anda...espero que não por muito tempo, só sabem fazer duas coisas que por acaso estão esgotadas.
Uma é gozar o ex presidente americano George W. Bush. A outra, e pelam-se por isso, é falar de si. É quase sempre a mesma coisa. Quando não se tem imaginação recorre-se ao que está à mão.
Como se esta "pluma caprichosa"a Dr Clara Ferreira Alve não tivesse tanto pôdre para falar da família Soares que ela tão bem conhece. Ou dos negócios do PS. Das relações perigosas deste governo e do PM com óbvios "amigos" estrategicamente colocados. Dos imberbes secretários de estado que secundam os medíocres ministros, quase todos, tirando 2 ou 3 excepções.
Se o seu governo era mau...este é inqualificável. Náo lhe posso chamar o óbvio porque tal ainda serve como adubo.Estes não servem para nada.Adivinhe o resto.
Não, mesmo quando fala do Bloco Central, que nós sabemos ter gente não aconselhável, atira sempre o ónus para cima do PSD como se não existissem pessoas sérias em ambos os partidos. Pessoas não são instituições.
Então quando fala de Manuel Ferreira Leite...tomara ela algum dia ter o valor e a honestidade e a vontade e convicção desta mulher. Pode não se gostar ou concordar com as suas ideias, mas joga num campeonato à parte. Entre ela e Sócrates, há uma diferença genética fundamental. Uma tem genes dominantes necessários ao páis. Outro tem genes recessivos desnecessários ao país, aos cidadãos e aos nossos filhos. Adivinhe quais.
Como se no caso do BPN não estivessem socialistas, só estivessem social-democratas.
Como se nos quisesse dentro do PS explicar a saída de Ferro Rodrigues e a ascensão meteórica de José Sócrates?
Como se ela não tivesse que se indignar com tanta trapalhada e vigarice deste governo?
É para o que lhes convêm.
E o que lhes convêm é receber ao fim do mês para manter os hábitos burgueses, mandar umas bocas intelectuais como se tivessem alguma coisa a ver com quem sofre e se desunha para ganhar a vida neste país. Como se se preocupassem sequer com isso?
Eu também adoro o humor, mas até aí existem regras de carácter.É a esquerda no coração com a carteira no bolso da direita.
Mas ser intelectual em televisão em Portugal também é criticar mas ter sempre o bolso aberto venha ele de onde vier. São a nova espécie de invertebrados que fazem a vida à custa de falar dos outros, especialmente políticos mantendo-se perto de quem os alimenta e mordendo as canelas dos que não os podem prejudicar ou defender-se.
E as produções fictícias também são outro antro de burgueses, armados em rebeldes com causas de juventude mal vivida e adolescência retardada, mas tendo o actual ministro da cultura como sócio da empresa. Com ar de grandes independências e equidistância, trabalham para a central de intoxicação do governo e seus ministros sempre dando uma de livres pensadores mas estando comprometidos com o poder que lhe embala o berço e lhes facilita os negócios. Julgam-se mais espertos que os outros, ignorando que a boa educação de uns, os impede de falar de certa forma, mas não cala as consciências nem muda os actos nem os faz de parvos. Qualquer um com dois dedos de testa os topa ao fim de dez minutos.

Ernesto Sousa

Anónimo disse...

Boa noite.

Devereis saber que à personagem a que vos referis deveis dar um imenso desconto.

As andanças «pró-agrícolas» de tal personagem pelos planaltos andinos durante a década de 80, deixaram marcas indeléveis e irreversíveis no equilíbrio requerido a quem comenta.

Anónimo disse...

Se fosse mulher e tivesse aquela figura também não gostava de me ver ao espelho.Gostava mesmo de saber se sabe o que é um cabeleireiro.A mim supreende-me é Ricardo Costa.Como é possivel alguém que é director da sic e moderador dessa coisa que chamam programa ainda ter o programa no ar e ser o moderador do programa .Jornalistas com estas responsabilidades não se deviam dar a estas charadas se querem que as pessoas as levem a sério .Como é que este tipo pode fazer uma entrevista ao primeiro ministro e mostrar alguma seriedade quando todos sabemos que é moderador de um programa como o eixo do mal ? Seriedade Dr. Ricardo Costa ! Seriedade
RG

Anónimo disse...

Mais uma "chica-esperta". Pena que não tenha tido a mesma desenvoltura argumentativa e coerência para recusar o convite que lhe fez para dirigir a casa Fernando Pessoa.

Bruno Gouveia Azeredo disse...

Muito bem, explicou porque não gosta dessa personagem! Mas não adiantar o seu nome nem o respectivo programa é só para deixar quem não vê televisão curioso, como é o meu caso.

Tino disse...

De facto, o Eixo do Mal - não fossem as ofensas que ali se tecem semanalmente, sobretudo contra o autor deste blogue - não passaria de um fraquíssimo programa humorístico. Assim, é um exemplo da televisão de sarjeta que temos. E em matéria de sarjeta pró-socratina, a SIC tem pergaminhos!...

A dita senhora é um monumento ao pedantismo, à ignorância e à cegueira partidocrática.

Mas, de alguém que tem como ídolo um traidor da Pátria, seria de esperar melhor?

Uma criatura que vive folgadamente e nunca produziu nada de útil ao País, é uma boa imagem da actual decomposição de Portugal...

Não é necessário ter mérito nem trabalhar. Basta lamber os pés a um dos pais da podridão nacional... e ser militante ou simpatizante de um partido maçónico e cada vez mais parecido com certa instituição italiana...

Anónimo disse...

Se bem me lembro, V. Exa convidou Clara Ferreira Alves para dirigir a Casa Fernando Pessoa quando foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Fê-lo por lhe reconhecer qualidades intelectuais e executivas à altura dessas responsabilidades. E, a avaliar por estes critérios, fez bem. Clara Ferreira Alves é inteligente e preparada para as matérias literárias. Tem o expediente que qualquer jornalista experiente ganha, ao fim de alguns anos, depois de resolver assuntos, com credibilidade e pressa.
Foi, por isso, uma boa escolha sua para Lisboa. Recordo, a título de exemplo, o relançamento da revista Tabacaria, de qualidade inegável.
Do mesmo modo, parecia haver uma simpatia pessoal e política entre CFA e V. Exa que se mediu, entre outras atitudes, pelo desvelo com que a jornalista o acompanhava, sempre que vagamente solicitada.
Mal V.Exa saíu do Governo e da CML, logo CFA se apressou a escrever um artigo sobre o carro que o Vereador Pedro Feist lhe tinha destinado. Estava indignada com o preço do veículo onde nunca hesitara entrar anteriormente. Tentava, assim, comprar de volta a sua independência. Como o Povo diz: «mordia a mão que lhe dera de comer».
De onde se conclui que a competência não é tudo, sobretudo em política e em comunicação. O carácter é um bem, bem mais precioso.
Outros jornalistas - muito poucos - consideram que o serviço ao Poder é um caminho sem volta. Não se impõe esta bitola a todos. Mas parece-me elementar que CFA faça declaração de interesses; diga que o serviu porque acreditou nas suas capacidades; que mudou de ideias, que se enganou, que se arrepende, se fôr o caso. O que quiser. Tudo menos esta máscara de ódio - sobretudo por si própria - por ter seguido alguém que a nata pensante hoje não apoia.
A vergonha não está em ter aceite o desafio da Casa Fernando Pessoa sob a sua tutela. Mas na imparcialidade velada dos seus actuais comentários traduzida em sarcasme, azedume, impunidade.

Anónimo disse...

V. Exa.,

Não poderia estar mais de acordo com a sua crónica interessante e corajosa. Sobre a Senhora Alves pronunciou-se bem Vasco Pulido Valente.

Já agora deixo nota também sobre o novo "genérico" da Sic notícias sobre eventos que tomaram lugar há 4 anos e que curiosamente emergem quando o V. Exa. se candidata à Câmara da Lisboa contra o irmão do director do Canal. O timing, motivos e oportunidade são evidentes, no entanto devem ser tomados como uma amostra do que se espera em Portugal de isenção mediática, ou seja em período de pré-campanha eleitoral deveria a SIC Not. observar ainda mais escrupolosamente os seus deveres de isenção e distanciamento, ao invés faz o contrário como se vê e usa dos seus meios para fins tão evidentes.

Mas enfim, em Portugal a direita têm de fazer sempre mais e melhor que a esquerda. Nada de novo.

Lá em casa são 3 os votos para V. Exa. a quem desejo a maior das felicidades e que contra tudo e com os lisboetas vença as eleições a que se candidatou.

D.Liberal
www.velhosmarretas.blogspot.com

Anónimo disse...

Caro Dr Pedro
Quando li este seu artigo, confesso que fiquei em choque.
Isto porque nem sempre vejo os ditos programas mas assisti muitas vezes à defesa cerrada que a CFA lhe fazia para desespero do mediador do programa.
Lembro-me até de ter lido algures que alguem chamava a CFA de «Santanete».
Imagine por isso a minha confusão !
Eis que li o post do Words e acabei por perceber mais qualquer coisa !
E pronto ... tudo isso me fez lembrar a história de Churchill (cujo percurso de vida acho que tem alguma semelhança com o seu), quando num jantar, uma sua «velha amiga» jornalista o interpelou furiosa e lhe disse «...O Sr está Bêbedo !!!» e ele respondeu-lhe «...E você está feia . E isto amanhã passa-me...!!!»
Arrufos !!! Vá-se lá saber porquê!!!

Pedro disse...

São os dois do BE, mas a serenidade e inteligência do Rui Tavares contrastam de forma brutal com a agressividade e a demagogia do Daniel Oliveira. O resultado é que enquanto o primeiro concorre a Bruxelas, o segundo nunca passará de um opinador de segunda categoria. Que sirva de lição a todos.