quarta-feira, 26 de setembro de 2007

BOM SENSO

A situação que se vive com as eleições directas no PPD/PSD, aconselha o seu adiamento.
Não vale a pena fazer grandes comentários.Tudo o que se tem passado, nos últimos tempos, é mau de mais para ser verdadeiro. Está a chegar a hora de fazer a análise, que tem de ser feita, sobre os´anos mais recentes , incluindo 2004-2005. Mas agora, a dois dias de eleições directas, com as incertezas que existem sobre o colégio eleitoral, só tenho uma certeza, neste assunto: ASSIM NÃO PODE HAVER ELEIÇÕES!

É um princípio básico, numas eleições, em democracia, saber-se, no momento em que se convocam formalmente eleições, quem são, ou quem podem ser, os eleitores. Desde o início que este processo está inquinado, pois tudo ficou muito impreciso, em questões que são fundamentais, porque têm a ver com regras eleitorais. Isto de se estar a dois dias das directas, sem a certeza de quem vota , seja nos Açores, seja no Continente - julgo que agora não há questões na Madeira-, é absolutamente intolerável.
Mais vale prevenir do que remediar, diz o Povo, com razão. Se não se agir já, é difícil de imaginar o ambiente e as atitudes, no dia das Directas e, principalmente, depois. Impugnações, providências cautelares, repetição de eleições, de tudo o que é muito mau se vai anunciando um pouco.

Para defesa do bom nome e da imagem do PPD/PSD, resolva-se, mesmo que seja por uma comissão arbitral, o que é objecto de diferendo. Mais vale esperar quinze dias, e garantir que não há mais episódios lamentáveis. Por que não fazer as eleições directas no Sábado, previsto para ser dia de Congresso(13 de Outubro)? Seguir-se ia o modelo que sempre preferi: um dia- Sexta - feira- de Congresso, com debate das estratégias, e Sábado, desde as 8 da manhã até às 20hs., os militantes a votarem em todo o País (no Congresso, os que lá estejam). Sábado à noite, anúncio dos resultados, apresentação das listas e intervenções finais. As outras votações, Domingo de manhã, com encerramento, logo a seguir.
Com esse modelo, nem o Congresso perde interesse, nem as directas perdem a ligação a esse momento de reunião, valorizando-se o debate que importa.
Entendi que era meu dever fazer esta sugestão. Se optasse pelo egoísmo, nada dizia. Mas disse e escrevo o que o sentido de responsabilidade me impõe.