terça-feira, 18 de setembro de 2007

CASA BRANCA


O que se passou, ontem, no encontro entre George W. Bush e José Sócrates, exige algumas observações.

Em primeiro lugar, é importante e positivo, embora normal, o encontro entre o Presidente dos Estados Unidos da América e o Presidente, em exercício, da União Europeia, especialmente, na actual conjuntura internacional, quer política, quer económico- financeira.


A propósito da conjuntura internacional, assinale-se a opção do Presidente Bush ao agradecer, na presença de José Sócrates, o apoio do Povo Português nos intervenções no Iraque e no Afeganistão. Não se pense que o Presidente Norte-Americano,quando proferiu essas palavras, ignorava as posições do Primeiro- Ministro Português, sobre o Iraque. Mesmo que não fosse "briefado" sobre o tema - o que é impensável -, se há matéria a que George Bush dedica particular atenção, é a essa. A opção do Presidente Bush, foi a de falar no assunto. Cada um terá sobre isso a sua opinião. De qualquer modo, não é de estranhar. Comigo fez esse agradecimento por duas vezes. É matéria a que é particularmente sensível.

O que se estranha é o silêncio de José Sócrates. Por exemplo, o Presidente Sarkozy, tem boas relações com o Presidente Bush, e diz~lhe, sem rodeios o que pensa da questão do Iraque. José Sócrates que fez tantos discursos contra as opções Americanas, ontem, frente ao próprio, e depois de invectivado, CALOU-SE? Calou-se, quase não conseguindo interromper aquele sorriso deliciado, nunca visto em Portugal!...É absolutamente extraordinário!

E que dizer do Simpathetic? Sim, que a do Mid West, ao pé dessa, não interessa nada. Mas, se fosse outro, desculpem a insistência, já pensaram no que seria?

Se fosse comigo, estava a passar, a toda a hora, nas televisões, com opiniões de vários comentadores, sobre a vergonha que eu teria causado aos Portugueses. Para não falar, sendo justo, no PIB de Guterres.

Nunca vi, tão chocante diferença de critérios.