sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ciclos que terminam. Outros que começam.


Terminou um ciclo. E, noutro plano, de outro percurso, outro ainda também se concluiu. Estes bem maiores: o percurso e o ciclo.

Estão outra vez no poder, no PPD/PSD, por si próprios, os que deixaram de estar, desse modo, em Julho de 2004. Quatro anos depois: o tempo de uma Legislatura. A um ano de eleições. A bem menos de um ano de serem escolhidos os respectivos candidatos.


Entretanto, a Bolsa continua a cair, os mercados estão parados, os preços estão descontrolados.

Mas importa continuar a acreditar. A OCDE apresenta o seu relatório sobre Portugal na presença do Primeiro - Ministro e do Ministro das Finanças. É aprovado o texto de acordo sobre o Código Laboral. O Primeiro - Ministro José Sócrates chama a si as negociações com os agricultores.


Ciclos que terminam. Outros que começam.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Nem mais nem menos...

Para ver se todos entendem: a questão das medalhas não interessa mais do que eu disse: para se ver como as coisas funcionam. Como calculam, se falei do assunto depois de o Diario de Notícias ter falado, foi sabendo o que ia ouvir. Se desse importância, pessoal, agora ou para o futuro, não falaria no tema. Nunca falei nas que não tenho nem sequer nas que, porventura, tenha de outros Estados. Há anos que considero a situação lamentável e sabem - no várias pessoas. Assisti a essas condecorações em 2005 e nada disse. Tenho a certeza de que mesmo vários dos que me criticam, sendo pessoas inteligentes, sabem que tenho razão. Nada tem a ver com Luís Marques Mendes que é uma pessoa com valor e que tem direito a isso e a mais ainda. E estou a falar sem ironia.

E, já agora, este blogue é o meu espaço de liberdade. É e continuará a ser. O que não me dá o dever de não insultar ninguém mas que me concede o direito ( e também o dever) de não publicar insultos a ninguém.

domingo, 15 de junho de 2008

VALE MESMO TUDO?

É inacreditável. Peguei agora no Público , como se fosse a sério, uma frase que disse, em tom de brincadeira, a uma jornalista do Público, Margarida Gomes. Descobri porque ao pegar no jornal vi, na última página, que estava de seta para baixo. e pensei para mim: o que fiz agora, ainda por cima de férias há uns dias? Felizmente tinha várias pessoas ao pé de mim e ouviram o tom e o conteúdo bem disposto desta e doutras frases... Disse que, agora que não vou ser candidato a qualquer cargo, talvez possa receber uma medalhazita no próximo ano. Alguém a sério pode pensar que alguém pensa ou diz isso a valer? Rimos dessa e de outras frases, sobre mergulhos no Rio Tejo, , e outras. Uma vez, a falar bem disposto, em repouso, ao pé de família e de amigos... Que horror! Ao ponto a que isto chegou.

Entretanto, num comentário aqui no blogue dizem que um jornal diário escreveria que eu teria pedido a Manuela Ferreira Leite para "dirigir" o debate quinzenal com José Sócrates. Ainda não consegui descobrir que jornal é, mas nem quero acreditar. Ao que isto chegou! INVENTAM? MENTEM? APROVEITAM CONVERSAS OFF PARA TEXTOS A SÉRIO? ONDE VAI ISTO CHEGAR?

sábado, 14 de junho de 2008

Esclarecimentos

1- Finalmente alguém esclarece a verdade do que tenho dito: não sou candidato à Câmara de Lisboa. Vem hoje no Público. Custou, mas foi. Já o tinha dito a vários Órgãos de Comunicação mas estava difícil. Um deles perguntou- me sobre as minhas intenções na matéria e eu disse que estava fora de questão. Depois pôs outra questão: " mas não disse que estava em reflexão?" Respondi que sim mas que nem queria ouvir falar em campanhas pois ainda agora tive uma. Notícia: Santana em reflexão sobre candidatura a Lisboa. Outro: " é candidato a Lisboa?" Respondi que não. Nova pergunta: " mas não acha que António Costa é derrotável?" Respondi:" claro que sim. Mas eu não quero". Notícia: "Costa é vencível" e, mais adiante: " Santana equaciona candidatura. O que hei -de - fazer? O defeito é meu, de certeza.
2 - Teresa Dias Mendes escreve no Diário de Notícias que eu tive mau perder porque não estive no debate quinzenal. Manuela Ferreira leite sabe que não foi por mau perder e que não o tive. nem para esse dia. Se alguém é sempre apontado como tendo fair - play, penso que sou eu. Mas, de qualquer modo, nunca os vi escrever que Luís Marques Mendes teve mau perder por não ter ido ao Congresso depois de ter perdido as directas ou por não ter voltado ao Parlamento.
É mesmo a democracia das duas medidas. E destes avaliadores da moral dos outros.

O Plano B


Como já disse, fazia mesmo falta um Plano B. E compreeendo os vários comentários que salientam o facto de os Portugueses não terem sido ouvidos directamente, entendendo, por isso, que a sua vontade soberana não foi posta em causa. Sou sensível ao argumento mas também não porão em causa que os Parlamentos, nos estados democráticos, exprimem a voz do Povo Soberano. Devem fazê - lo.


Afinal não foi porreiro,pá!...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Irlanda e imprudências

A Irlanda vai votar. Se vota Não, lá vão começar os esclarecidos a repetir o que há tempo defendo e referi em debates recentes, no Parlamento, sobre o Tratado de Lisboa: tem de haver uma cláusula nos Tratados a prever a consequência de um ou mais Países votar não. Ou então ficam vinte e seis Povos afectados nas suas vontades soberanas pela vontade, também soberana, de um outro. A inexistência dessa cláusula, depois do sucedido com o Tratado de Roma de 2004 foi o que mais fundamentou a minha posição contrária à realização de um referendo em Portugal(para não falar dos outros Países).

Tem sido uma enorme imprevidência não prever esse opting out institucional. Como é possível que os órgãos da União Europeia, ainda para mais com a experiência recente, não tenham previsto e prevenido essa hipótese? Se os Irlandeses votarem não, a União vai ficar mais uns anos "a marcar passo"?

Esperemos que votem sim.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Como é possível???

Nestes dias mais recentes voltaram a sair notícias sobre o Casino de Lisboa na sequência de um Parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria - Geral da República, solicitado, tal como a Lei admite, pelo Governo. Pela minha parte, que me lembre, só uma vez falei deste assunto desde que começou a ser objecto de polémica.

Os títulos do Correio da Manhã, no Sábado, e do Diário de Notícias, ontem, diziam "PGR diz que Governo de Santana..." ou mesmo só "Santana..." "fez lei à medida da Estoril - Sol" ou para satisfazer pretensões da Estoril - Sol... Tais títulos esquecem só, nomeadamente , que o dito Parecer afirma que essa decisão, no quadro existente decorrente de responsabilidades anteriores, "parece traduzir uma solução legislativa equitativa não desconforme com o princípio do Estado de Direito Democrático". Como o texto do próprio DN reconhece, o dito Parecer não considera que o interesse do Estado tenha sido lesado ou que a decisão do meu Governo configure qualquer ilícito. Então, como explicar tal título, ainda para mais, repetido com dois dias de intervalo, na primeira página de dois jornais?

QUEM NOS DEFENDE NESTE PAÍS?

P.S. 1- O DN escreve , dois dias seguidos, que me tentaram contactar, sem sucesso. Mas nem um telefonema registado no meu número para o qual têm ligado sempre que querem, nomeadamente na campanha das "directas". E também nem um telefonema para o Assessor de Imprensa do Grupo Parlamentar, José Mendonça, que encontram igualmente sempre que têm interesse nisso. Portanto, é falso. Querem escrever o que escreveram, como escreveram. Voltámos a práticas da ditadura? Os mandaretes do antes do 25 de Abril não fariam diferente.
P.S. 2- Fui ontem informado, depois de ter procurado o Parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria na Net, de que o mesmo tinha sido enviado ao Governo, nos termos da Lei, para ser decidida a eventual homologação. Tentem adivinhar quem tem estado a dar o Parecer, aos poucos, à Imprensa, fazendo- a incorrer em erros lamentáveis...
P.S.- Sobre esta matéria há, aliás, um texto interessante de José António Saraiva, na sua coluna semanal no jornal Sol do passado dia 1 de Março. Não significando esta sugestãoque eu concorde com tudo o que de lá consta.

O regime

Luís Marques Mendes foi hoje condecorado. E, certamente, muito bem. Já foi Presidente do PSD, Ministro. Por que não? Eu também fui Presidente do PPD/PSD, mas não fui Ministro, só Primeiro - Ministro.
Aliás, já disse o mesmo de todos os que foram condecorados por terem organizado comigo a Lisboa - 94. Por que não? Era merecido. Eu não era da Administração da Lisboa - 94. Só a tutelava, era o responsável como Secretário de Estado da Cultura, em conjunto com a CML. Só os escolhi, aprovei a programação, escolhi as obras e tratei do financiamento de quase todas.
Como disse o mesmo de Teresa Patrício Gouveia, quando cessou funções governativas após 4 anos como Secretária de Estado da Cultura. Por que não? Era merecido. No meu caso, exerci as mesmas funções mas 5 anos. Não foram só 4. Ultrapassei o previsto...
Como já o disse de tantos outros. Por que não? Só não digo que foram merecidas todas as condecorações atribuídas por Jorge Sampaio, nas últimas semanas de Presidência, porque é impossível seguir toda a lista de actores, empresários, autarcas, colaboradores seus na Câmara de Lisboa, estilistas, mandatários seus, gestores, jornalistas, dirigentes de associações, cabeleireiros, tantos, tantos. De qualquer modo não fui nada disso nos seus mandatos. Fui autarca, Presidente de duas Câmaras Municipais, uma a da capital do País, mas já não era. Exerci o cargo de Primeiro - Ministro mas tinha sido pouco tempo antes. Se calhar foi por isso.Mas, mais do que eu, quantos haverá, em tantas áreas de actividade, que não são reconhecidos.
Não é que interesse muito ou que interesse pouco e que não saibamos todos quanto, infelizmente, essas situações estão desvalorizadas. Interessam cada vez menos. Quem já seguiu por perto o modo de atribuição, por exemplo, em visitas oficiais, sabe o que significam essas realidades. Só merece algumas palavras pelo que representa quanto ao funcionamento deste regime. Acreditem: distinções destas não são para qualquer um, mesmo para quem esteja nas mesmas ou em melhores condições. É para quem é. E não temos nada com isso.

Do piano para o bacalhau...

Interessante o trabalho sobre João Balula Cid na Revista Única do Expresso. Um excelente pianista que, por falta de trabalho, foi para uma aldeia norueguesa trabalhar na empresa de um amigo que se dedica à transformação de bacalhau. Com 51 anos, decidiu procurar outro País. Cada vez é mais assim, com Portugueses de todas as idades. E depois não querem entender porquê, neste País de mentiras e de injustiças. Cada vez se ouve mais essa conversa em todo o lado. É impressionante. E que bonita é a aldeia onde agora vive. Ele e mais alguns Portugueses. Leiam o que eles dizem que vale a pena.

domingo, 8 de junho de 2008

"amigos"!...

Lida a imprensa de fim - de -semana, nomeadamente os semanários, constato que há quem, certamente por " amizade", me queira dar como possível candidato à Câmara de Lisboa.
Ao Sol repeti que estava a pensar mas no significado de tudo o que sucedeu nas " directas ", naturalmente a começar pelo resultado. E que eleições em Lisboa é matéria que não me ocupa o pensamento. A insistência transmitida aos jornalistas só vinda de algum " amigo 2 que, por distracção não entendeu que assim me faz passar por viciado em disputas eleitorais e por candidato a qualquer cargo em todas as circunstâncias.
Agora, acabadas as" directas " a ideia estaria já em Lisboa. Se são meus " amigos " sabem que se me dão como candidato a algum cargo de relevo, logo serei atacado com a simpatia do costume.
Se não levam a mal, não sou candidato a nada. Mesmo.
P.S.- Aproveito para assinalar que há cerca de duas semanas ultrapassaram - se as 100.000 visitas a este blogue. E mais de 120.000 pageviews. Em cerca de dez meses. Num espaço essencialmente sobre Política. Obrigado a todos os visitantes.