sábado, 24 de novembro de 2007

O PPD/PSD E AS REFORMAS

I
As reformas anunciadas para o PPD/PSD e pelo PPD/PSD parecem surpreender. Ainda bem.O sistema político português precisa de mudar. Mas quando alguém anuncia mudanças, os grandes teóricos das reformas protestam. Verdade, verdade é que se torna muito difícil mudar as estruturas e as regras de uma sociedade, apesar de tudo arcaica, como a Portuguesa.


Por exemplo, em relação aos partidos políticos, todos clamam pela sua reforma. Todos sabemos como a sociedade mudou. Como todos os dias têm de responder a factos actos, decisões, comentários, notícias. discursos, relatórios, reuniões. requerimentos, petições, blogues, sites, campanhas, leis, regulamentos, directivas, sentenças, acórdãos, entrevistas, comunicados, projectos, propostas, movimentos, associações, sindicatos, patrões, protestos,manifestações, indicadores, reivindicações. Entre outras e entre outros. E com uma velocidade de exigência de resposta absolutamente implacável. É fundamental manter o poder de iniciativa e quem não tome posição, no tempo e com o conteúdo adequados, é logo objecto de críticas.
Os partidos não podem ter a mesma organização que tinham há cinco anos, quanto mais , a mesma que há vinte ou trinta!.. Certo que, entretanto, aconteceu a informatização, a Net, a digitalização de arquivos, a comunicação quase instantânea e a generalidade dos partidos adquiriu os equipamentos necessários para dispor das possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias. Mas, quanto a recursos humanos e regras de funcionamento, é compreensível que não tenham feito mudanças com o mesmo ritmo e a mesma intensidade.


Antes do mais, mudam muito de responsável organizativo: de cada vez que muda o líder, muda também o Secretário- Geral, porque assim o exige a relação de confiança política. Sempre? Quase sempre. porque eu continuei com quem tinha sido escolhido por Durão Barroso.


Os partidos têm, fundamentalmente, pessoas que foram ficando dos primeiros anos de militância pós- 25 de Abril e que são conhecidos da generalidade dos outros militantes, fazendo já parte da casa. Parte da casa em sentido positivo, o que não significa que seja, em todos os casos, o adequado.


Hoje em dia, quando se entra numa sede partidária, não se sente aquele fervilhar, aquela agitação, aquele entusiasmo, que é próprio das entidades com espiríto ganhador. Sente-se mais, muito mais, nos eleitos do que em alguns funcionários. E é natural: os partidos não são empresas e os seus resultados, mais do que do labor dos seus trabalhadores, depende do sucesso ou insucesso de um líder eleito de dois em dois anos.
Os funcionários dos partidos já viram perder e ganhar, trabalhando eles o mesmo. Já viram os que eram minoria e com eles tinham de trabalhar noutro plano, de repente passarem para o poder interno; e, consequentemente, viram, também, várias vezes, aqueles com quem se habituaram a trabalhar e que eram maioria, passarem para o tal plano diferente. São anos e anos de mudanças, experimentando, como ninguém, as diferenças de o partido a que pertencem e onde trabalham, estar na oposição ou estar no Governo do País.



Não é nada fácil, para um líder de um partido de Oposição, competir com um partido que está no Governo, com todo o acréscimo de meios, recursos, informação, contactos, que esta realidade proporciona. Mesmo com todo o respeito pelos limites que a Lei impõe, e a separação de campos que muito bem exige, as vantagens de se estar no Governo , na áreas que mencionei, são muitas.


Por isso mesmo, é uma consequência natural dessas alterações e dessas realidades, a reformulação profunda dos termos de funcionamento dos partidos políticos. Para poderem competir, para poderem produzir ideias, trabalho concreto, para serem eficazes, para corresponderem às exigências da sociedade da comunicação.
II
É verdade que o modo como algumas "fontes"- que se desconhecem - divulgam e antecipam determinados propósitos, não ajuda muito. Falar em "partido- empresa", naturalmente, não ajuda muito. Embora também se saiba que os que criticam esse anúncio, estão para criticar seja o que for( com raras e honrosas excepções). Essas mudanças, primeiro fazem-se. E depois fala-se delas. Não ao contrário. Agora que ninguém tenha dúvidas de que são correctos os propósitos de Luís Filipe Menezes, ao querer MODERNIZAR, no sentido exposto acima, o partido que lidera.
Não faz sentido o líder de um partido, nos tempos que correm , não dispor de assessoria, especializada e em full-time, para estar apto a responder devidamente às solicitações que todos os dias surgem. Obviamente que um líder tem o seu pensamento próprio. Mas isso não dispensa assessoria de investigação, de documentação. de comunicação e até de concepção. Os que acharam tanta graça aos "PowerPoint" de José Sócrates e às suas agências de comunicação, detestam agora as inovações de Luís Filipe Menezes? Cavaco Silva não teve agência de comunicação na sua campanha? E criticaram-no por isso? Cada um terá a posição que entender sobre essas agências. não se pode é ter uma ou outra posição, consoante a pessoa ou o partido para que trabalham.
Creio que é óbvio que os assessores a contratar não podem ser simpatizantes de outro partido. É mesmo caricato, mesmo estúpido, poder haver dúvidas sobre isso. Não comparando, já em clubes desportivos é um pouco insólito ter simpatizantes de outras "cores", como profissionais contratados. Mas, enfim, cada um sabe de si. Aqui, estamos a tratar de matérias que se situam num plano distinto, o plano dos princípios e dos valores que cada um perfilha e deseja que regulem a organização da comunidade em que se integram.
Naturalmente, estamos a falar de reformas, não de revoluções. A inovação deve ser temperada com a tradição e com a experiência. Modernizar exige motivar e, para se motivar, numa organização tem sempre de ser claro que se respeita os direitos adquiridos. Aliás, ninguém põe qualquer outra hipótese, como é evidente. Quem dirige hoje o PPD/PSD não esquece que não se falta ao respeito a ninguém, muito menos a soldados do mesmo exército. Que não se preocupem "os preocupados"!
III
A mesma surpresa, menos ou mais sentida, tem sido manifestada quando o novo Presidente do PPD/PSD faz saber da sua disponibiladade para assumir e apoiar mudanças na sociedade Portuguesa.
É bom lembrar que o PPD/PSD é, por definição. um partido reformista. Luís Filipe Menezes demonstra que o sabe bem, quando não faz por impor as soluções que considera ideais, ou ,no seu entender, melhores, para as diferentes áreas. Desde que não se trate de princípios e valores, está certa essa atitude. Se se trata de questões de organizacão, mesmo que de órgãos do poder político, é aceitável que se procure garantir o possível, em vez de se manter inalterada uma situação que todos, há uns bons anos, consideram ultrapassada.
Conseguir boas soluções, mesmo que não as muito boas, pode acontecer na área da Segurança Interna e em matéria de sistemas eleitorais. Pode acontecer, não é seguro que aconteça. Mas já se leram os primeiros sinais de insólita preocupação . Se o PPD/PSD não chega a acordo, é porque a liderança é populista,, ou algo do género; se procura um acordo é porque cede, ou recua, ou é instável Nada disso.
O que Luís Filipe Menezes está a tentar é dar oportunidade a que se dêem passos, finalmente, para mudar o funcionamento do sistema político. Todos falam, mas quando chega quem queira fazer, logo surgem "os preocupados". Contudo, não devia ser difícil de compreender que não se trata de alcançar soluções perfeitas.Trata-se de fazer reformas que tragam PROGRESSO.
Na proposta de pacto sobre os grandes investimentos, apresentada por Luís Filipe Menezes, alguns falaram de suposta vantagem para interesses económicos, supostamente também, do tal "bloco central".Mas como? Se a proposta é só sobre os grandes investimentos, sobre as obras que podem durar mais do que uma Legislatura, desde a decisão até à conclusão...
O que se costuma invocar sobre a perversidade do sistema quanto aos financiamentos partidários, é que as empresas , inseguras quanto a decisões futuras dos eleitos, apoiariam campanhas para conseguirem obras ou decisões que as viabilizem Já se ouviu essa argumentação em vários discursos sobre o tema . Compreende-se a preocupação, embora eu pense que uma pessoa séria é sempre séria, sejam quais forem as regras e sejam quais forem as vontades alheias.
De qualquer modo, e a propósito dessa proposta de Luís Filipe Menezes, naturalmente que acordos sobre obras e investimentos como Aeroportos, TGVs, grandes vias de comunicação e outros de dimensão próxima, dão estabilidade à economia e tornam as empresas menos dependentes das decisões dos responsáveis políticos. Ao fim e ao cabo, está-se perante decisões que afectam grandes volumes de recursos, que são de todos, em infraestruturas ou equipamentos que alteram, ou podem alterar, a vida de muitas pessoas, durante várias gerações.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O RIGOR...

Estradas de Portugal, SCUTS, Hospitais,EPES. Dois relatórios impressionantes do Tribunal de Contas -um conhecido hoje- sobre a situação de descontrole financeiro naqueles sectores. Com poucos dias de diferença.Quanto de deficit verdadeiro, está de fora? Assim, a desorçamentar, sem o tecto dos 3% graças `revisão do PEC ( Pacto de Estabilidade e Crescimento), cuja flexibilização nós negociámos,e com cada vez mais despesa posta para fora do Orçamento, quem precisa de receitas extraordinárias? Ah, mas mesmo assim precisam: forte carga fiscal-verdadeiras receitas ordinárias extraordinárias- e outras, mais ou menos ocultas, na Lei do Orçamento.
Mas a auditoria sobre o Serviço Nacional de Saúde, é o cúmulo: o que vão dizer agora o Primeiro- -Ministro, o Ministro das Finanças, e esse personagem que vai fechando Centros de Saúde e Maternidades, o Ministro da Saúde, e, mesmo assim, apresenta estes resultados?
O RIGOR? ONDE ESTÁ O RIGOR?

O MODO E O TEMPO

Ninguém fala do que o Presidente da República não fala, a propósito da visita de Hugo Chavez.

Mário Soares, ex- Presidente, foi receber o actual Presidente da Venezuela ao Aeroporto? O que dirá a isso Cavaco Silva? E terá sido prudente receber Chavez, daquele modo, logo a seguir ao que se passou na Cimeira Ibero - Americana? O que é mais importante, no meio de tudo isto? Quanto vale Espanha, hoje em dia, nas relações externas Portuguesas? E outros aliados Históricos? Não é esse o mesmo Presidente com quem se protestou por pôr uma fotografia, na campanha eleitoral da Venezuela, com José Sócrates, sentados, lado a lado, numa sala do Aeroporto? Quantas fotografias terá proporcionado, agora, todo este "quadro" em São Bento?

Perguntas. Neste caso, só faço perguntas. Sabendo bem que somos um Estado independente e que cada um tem as suas "guerras". Mas cada um também tem o seu "lado", ou não? Também tem os seus aliados, ou não ? E o que valerá mais? Perguntas, só perguntas. E, volto a dizer, até se pode fazer. A questão está no tempo e no modo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

OUTRA OBRA

E esta obra, conhecem? Ali, na Alameda das Linhas de Torres, ao Lumiar. Que bem sabe ver aquele fantástico espaço verde, feito tal e qual como o pensei. Creio que muito influenciado por outros idênticos de que usufruí quando estudava em Cambridge, nos Verões da minha adolescência. Lembro- me de ir de comboio e olhar pela janela, vendo tantos miúdos a jogarem à bola, ou, simplesmente, a correrem, em grandes relvados, quase sem obstáculos, sem bancos de jardim, sem grandes arbustos, sem vedações de ferro a protegerem não sei quantas plantas.
Simplesmente espaços verdes, grandes relvados, relva de jardim bem tratada, bem aparada. E um grande espelho de água. Foi o que eu pedi aos engenheiros da Câmara e à equipa da SGAL(sociedade de gestão da alta de Lisboa). Não sou engenheiro paisagista, pelo que não sabia, nem sei, desenhar. Tento explicar,assim fiz na Figueira, assim fiz em Lisboa. Grandes espaços para as famílias correrem e brincarem. Também para se poder jogar à bola, sem vir a Polícia e levar a tal bola, como acontecia quando eu era miúdo e jogávamos no pátio, ao pé da nossa casa. É dos maiores motivos de orgulho, esta Quinta das Conchas, a Quinta Bensaúde, ali na Estrada da Luz,(recuperação e abertura ao público), o Jardim do Arco Cego e, muito, muito, a "grande volta" dada a Monsanto. Em menos de quatro anos, sem maioria na Assembleia Municipal e com muitos percalços pelo meio. E não falo destas realizações por qualquer intuito de candidatura. Não posso, não quero e não devo. Mas, ORGULHO, isso sim: posso, quero e devo.

domingo, 18 de novembro de 2007

COERÊNCIA

Sobre o que já li das posições da referida Anie Thiemann, devo dizer que até concordo com várias das opiniões que exprime , nomeadamente sobre a economia Portuguesa. Mas fariam melhor estas unidades que o Economist tem, em cerca de 200 Países, em debruçar-se sobre a economia e as finanças públicas, do que em lançarem -se em grandes elaborações políticas.
A Imprensa portuguesa também não vai para o Reino Unido fazer comentários abusivos, por exemplo, sobre o inédito compromisso de Tony Blair com Gordon Brown, no sentido de um ceder o poder ao outro, a meio do mandato conferido pelo Povo. Ou seja, sem um motivo forte e inesperado, como o foi o que determinou a saída de Durão Barroso. Não, foi só porque combinaram assim!...Como não se vê a Imprensa portuguesa a censurar as mudanças que Gordon Brown e a sua equipa decidiram fazer, nomeadamente, na Câmara dos Comuns...
Como também puderam ler, o Expresso reagiu quando José Sócrates e a sua governação foram postos em causa, pelas palavras de Annie Thiemann, e considera "saloiice" prestar atenção ao que diz. Mas, este fim- de semana, cita-a, dizendo que "arrasa o PSD..." Sabem qual é o título do artigo deste mês: "nova liderança na Oposição altera situação política"... De qualquer modo, sejam quais forem as opiniões, não será "saloiice" dar-lhes importância?
Ou, como em tantos outros casos, não contam quando criticam Sócrates, mas já contam quando criticam os seus adversários?

Saloiice?????

Sobre Ania Thiemann e a entrevista transcrita no post anterior, aqui fica um interessante artigo de Nicolau Santos, Director- Adjunto do Expresso( jornal que, este fim- de -semana, se refere a um seu trabalho, de modo truncado).

A sra. Ania Thiemann e a saloiice nacional

Para o ano cá teremos mais uma conferência da The Economist Intelligence Unit e lá irão todos os deste ano e mais uns quantos.

A saloiice não tem cura. Ania Thiemann: porque não substituir Sócrates por um ano?

Com aquela admiração saloia que temos por tudo o que é estrangeiro em detrimento das realizações nacionais, lá tivemos esta semana mais uma conferência organizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU), o gabinete de investigação da revista ‘The Economist’, e na qual, de chapéu e pucarinho, os nossos mais lídimos representantes governativos e empresariais foram ouvir respeitosamente os altíssimos ensinamentos dos súbditos de Sua Majestade sobre a forma como nos devíamos governar para nos tornarmos num fósforo uma Suécia ou uma Dinamarca. Consubstanciando esta nossa atitude veneradora e obrigada, a sra. Ania Thiemann, a responsável na EIU por acompanhar Portugal, teve direito a expor no ‘Diário Económico’, em três-longas páginas-três (tamanho normalmente só concedido a entrevistas com o primeiro-ministro), todas as suas admiráveis ideias para o nosso desmiolado país. E a conhecidíssima economista do departamento onde trabalha produziu pérolas como “é bom que haja pessoas jovens a entrar no mercado de trabalho, mas enquanto os gestores forem tão maus não há nada que se possa fazer” ou “não é possível despedir todos os gestores e trazê-los da Alemanha”. Também nos informou que “se o Governo disser que, perante os problemas as exportações são o passaporte de saída, isso não é verdade. Para sair dos problemas, a solução são os investimentos”. Só que, lamentavelmente para nós, em Portugal “não há grande coisa para atrair investidores” e “sem dúvida” que daqui a dez anos continuará a ser difícil recomendar que se invista no país. E para acabar de vez com as nossas parcas esperanças, a senhora dá o xeque-mate: “Não sairia hoje a aconselhar Portugal como destino de investimento”. E a gente vai aos seminários da EIU, e a gente paga para entrar nos seminários da EIU para ouvir estas pérolas de pensamento, e fica com uma enorme vontade de pedir de joelhos, de suplicar à sra. Ania Thiemann que, por piedade por nós, meta uma licença sem vencimento no seu emprego e aceite substituir José Sócrates durante um ano, tempo que, para ela, seria certamente mais do que suficiente para nos tornar uma potência económica mundial. O problema é se, como fez o primeiro-ministro, nos lembramos de comparar as previsões da ‘The Economist’ no ano passado com os resultados finais e constatamos que as exportações portuguesas cresceram 9% contra as previsões de 3,7% da The Economist Intelligence Unit (EIU), elaboradas (imaginem por quem?) pela grande especialista da economia portuguesa, Ania Thiemann; o crescimento económico foi de entre 1,2% a 1,4%, praticamente o dobro do que Ania Thiemann tinha previsto (0,7%); e «hélas», o défice ficou abaixo dos 4,6%, coisa de que Ania Thiemann duvidava fortemente - como duvida do objectivo para este ano e para o próximo e para 2009... O problema é se, como nos diz Ania Thiemann, o Governo não fez as reformas todas que ela acha que deveriam ter sido feitas logo no primeiro ano de governação - apesar de, espanto dos espantos, o Banco Mundial ter considerado Portugal o «top reformer of the year», algo que Thiemann certamente desconhecia... Mas, claro, nada disto importa. Para o ano cá teremos mais uma conferência da The Economist Intelligence Unit e lá irão todos os deste ano e mais uns quantos. A saloiice não tem cura.

Ana Thiemann-alguns dados

Sobre Ania Thiemann, Directora da Economist Inteligence Unit para Portugal, ficam aqui umas passagens de uma entrevista que concedeu ao Diário Económico

Entrevista a Ania Thiemann 2006/01/19





P-Portugal está a pagar agora o preço dos excessos cometidos no final dos anos 90?
Quais as perspectivas de crescimento para a economia portuguesa?


R-Temo que não seja muito optimista em relação ao crescimento. A minha estimativa para 2005 é 0,3% e já pode ser considerado optimista, tendo em conta as elevadas expectativas para o quarto trimestre. O crescimento poderá facilmente ser zero. Chegando a 2006 não há um grande ímpeto por trás do crescimento, por isso a previsão do Governo é demasiado optimista. Não vejo a economia portuguesa a crescer mais do que 0,7% em 2006. Teremos de esperar por 2008 antes de ver um crescimento superior a 2%. A razão é que existe um clima económico muito deprimido em Portugal. O endividamento é muito elevado, tanto das famílias como das empresas, e os juros começaram agora a aumentar na UE. E vão continuar a aumentar ao longo de 2006 e 2007.



P-Para que níveis?


R-Ainda é muito cedo para dizer, mas talvez 3,5% no final de 2007. Isto vai afectar muito fortemente as famílias dado o elevado nível de endividamento dos consumidores. No pior dos cenários, o consumo privado vai tornar-se negativo de forma significativa. As famílias nos próximos dois anos vão enfrentar uma situação muito difícil. A única coisa que vai promover o crescimento e isto é um se tão grande é o investimento. E este apenas surgirá se os empresários se tornarem mais optimistas e para tal a confiança é fundamental.Os governos estiveram demasiado concentrados no défice e não no crescimento


P-A forma como Portugal conduziu a política de finanças públicas foi a melhor?








R-Não. Portugal fez erros horríveis no final dos anos 90. O que está a acontecer agora é que Portugal está a pagar o preço dos excessos cometidos nessa altura. Quando as taxas de juro começaram a descer e a liquidez inundou o país, as pessoas começaram a gastar como loucas. E numa situação destas, o Governo deveria ter pago dívida pública e consolidado as finanças públicas. Em vez disso, o problema é que temos, em Portugal, uma política orçamental pró-cíclica. O Governo de coligação PSD/PP fez alguns grandes erros ao não lidar com o problema. Usaram medidas extraordinárias para trazer artificialmente o défice para baixo dos 3%, mas não se concentraram verdadeiramente onde estão as despesas. O Governo deveria ter deixado que os estabilizadores automáticos funcionassem. Mas não deixou...Tudo correu muito bem até termos o grande abrandamento em 2000/2001 quando o país se apercebeu que o défice orçamental era 4,4%. Desde então, Portugal perdeu dois anos. É-me absolutamente claro que . E esses dois problemas prosseguiram no Governo socialista, que está no caminho certo ao tentar cortar a despesa corrente. Mas para o fazer de uma forma muito eficiente é necessário lidar com a questão da Segurança Social. São coisas muito difíceis de fazer quando o país não tem crescimento. Mas é o caminho a seguir. Além disso, não creio que estejam demasiado focalizados nas finanças públicas. Antes pelo contrário, no passado foi dada muito pouca atenção. Não há dúvida que, olhando para os próximos cinco anos, ou a situação orçamental está consolidada, ou Portugal vai continuar a sofrer dos mesmos problemas.









P-Há o risco das agências de ?rating? reverem em baixa a nota do risco país?



R-A credibilidade do Governo é chave. Se as agências de rating virem que o Governo está a atingir os seus objectivos ano após ano, com o Orçamento a limitar as despesas, então provavelmente será possível manter esse risco afastado.





P-Para levar a cabo todas estas reformas é necessário um Governo politicamente forte. Temos as condições necessárias para que o Governo se mantenha especialmente tendo em conta as presidenciais?


R-Não creio que seja um grande problema se Cavaco Silva vencer as eleições, porque se há uma área na qual Sócrates e Cavaco Silva concordam é na necessidade de reformas estruturais. Estaria muito mais preocupada se Soares fosse eleito. Soares é um político muito respeitado, é o fundador da democracia política. Agora não é o momento de aumentar os benefícios para os desempregados e ter uma política socialista tradicional. Agora é tempo de levar a cabo reformas estruturais muito profundas, primeiro no sector público depois no mercado de trabalho. É claro que se tivermos um Presidente como Soares duvido muito que Portugal consiga levar por diante este tipo de reformas. Por isso, estou bastante optimista se for Cavaco Silva a ganhar as eleições, porque Cavaco e Sócrates partilham uma visão da economia portuguesa.











P-Mas Cavaco está a perder terreno nas sondagens e uma segunda volta parece mais uma possibilidade. Se Soares fosse eleito presidente assumiria uma atitude paternalista para com Sócrates dizendo-lhe o que fazer?

R-Creio que iria tentar.Mais do que Cavaco que é acusado de ser uma pessoa de perfil mais executivo do que presidencial?No fundo é uma questão de personalidades. Não creio que Sócrates seja seja facilmente mandado. Ele surpreende-me por ser uma pessoa com imensa energia e muitos objectivos. Voltando à questão: creio que este é o Executivo certo para Portugal, neste momento. No passado, o problema dos Governos portugueses é que olharam demasiado para as sondagens. Entraram em campanha eleitoral anos antes das eleições e tentaram agradar a toda gente. Não se pode agradar todos. É tão simples como isso e creio que Sócrates esta mais interessado em fazer coisas boas para Portugal do que ser eleito novamente.





P-Pensa que no final do mandato Sócrates vai ser reeleito?

R-Se mantiverem o presente rumo creio que têm uma boa hipótese.


P-E não antevê problemas sociais dada a dureza das reformas?

R-No Outono tínhamos os juízes, os professores, os enfermeiros na rua. Mas fora do sector público creio que as pessoas acreditam que isto é necessário. Há uma espécie de aceitação do que é necessário e creio que as pessoas não estão muito interessadas em ver uma mudança de Governo.É NECESSÁRIO DEIXAR DE OLHAR PARA O ESTADO À ESPERA DA SOLUÇÃO FÁCIL



P-As exportações portuguesas têm falta de competitividade?






R-Não há quase crescimento das exportações. Para 2006 prevejo 3,7% de crescimento ? que é demasiado optimista ? o que é inferior às previsões do Governo e apenas acontecerá se as economias europeias começarem a crescer mais depressa. As exportações portuguesas têm falta de competitividade. Portugal não pode concorrer ao nível dos salários, da educação, das qualificações da força laboral e não pode concorrer ao nível do input tecnológico das exportações. Portugal tem vindo a perder quota de mercado. A força de trabalho portuguesa é demasiado cara. Se fosse um investidor estrangeiro compararia Portugal com a Hungria ou a República Checa onde toda a gente fala inglês, tem formação universitária, são fáceis de ensinar e conseguem lidar com qualquer ?input? tecnológico. Em Portugal não. Lamento. Para a mesma quantidade de dólares investidos vou ter um retorno mais elevado nos países da Europa de Leste.


P-Mas empresas como a Autoeuropa ou a Siemens congratulam-se com o facto de estas fábricas competirem taco a taco com as melhores europeias. Quer isto dizer que temos mais um problema de imagem do que um problema real de competitividade?






R-Portugal definitivamente não tem uma boa imagem. Os exemplos que me dá são excelentes, pois são fábricas detidas por estrangeiros, logo a gestão é estrangeira. O problema em Portugal é uma gestão inadequada. Ainda é gerido como pequenos negócios. Não estou a falar de tendências ou modas na gestão. É simplesmente uma questão de ter uma gestão sólida e isso ainda falta em Portugal. Tudo isto são problemas de cultura e de educação.



P-O Plano Tecnológico é a solução?


R-É um passo na direcção certa, mas não é suficiente. Para transformar o Plano Tecnológico num choque são necessários meios melhores e uma maior focalização em ensinar qualificações informáticas, o que é muito caro.

P-O que mais se poderia fazer?





R-O problema em Portugal é olhar para o Estado à espera que apresente as soluções. É necessário deixar de olhar para o Estado à espera da solução fácil. Ela tem de vir das empresas privadas e, em Portugal há uma certa falta de assumir riscos. É preciso ir mais além da pequena escala. É necessária mais ajuda para as empresas, para as start-up, capital de risco, acesso a capital para pequenas empresas, reduzir a burocracia. O Governo já começou, mas é necessário mais.Os portugueses pensam pequeno é uma acusação frequente, mas quando investimos no estrangeiro há múltiplos casos de sucesso. Como se explica esta mudança de desempenho?Há obstáculos culturais dentro da sociedade portuguesa para promover o crescimento. As pessoas que fizeram a revolução e criaram o início da sociedade democrática portuguesa, em grande medida, controlam as grandes empresas e a gestão. Isso cria uma espécie de sentimento de quão longe é possível ir em Portugal. Porque as coisas ainda funcionam muito na base de conhecimentos. Muitos negócios são levados a cabo desta forma. Quando os portugueses vão para o estrangeiro não têm estes obstáculos. O seu objectivo é gerar crescimento e não têm de pensar no que as outras pessoas vão dizer, se o ministro das Finanças vai detê-lo.A REDUÇÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA ESTÁ FORA DE PRAZOSendo a Segurança Social um dos problemas, Portugal deveria avançar com um plafonamento?Provavelmente o problema reside na forma como os benefícios são distribuídos. É possível encorajar alguma poupança privada. Mas há pessoas que não podem pagar este tipo de seguros privados de saúde, ou de reforma, que funcionariam com uma contribuição do Estado de 50% ou 70% para as despesas e o resto seria coberto por seguros privados. Estas são questões controversas e muito difíceis de lidar quando a economia não está a crescer muito. O que seria bom é que o Governo pegasse nalgumas pessoas e trabalhasse num plano de pensões e de benefícios da Segurança Social, com o objectivo de que é preciso de propostas concretas para reformar a Segurança Social, tornando o Estado de Previdência português sustentável. Não é impossível, mas é necessário retirar a questão do debate mediático. Essa é a chave.


P-A idade da reforma deveria ser aumentada ainda mais?

R-Como está presentemente é justo. Em toda a Europa, está a acontecer o mesmo, porque as pessoas vivem mais tempo e recorrerem mais ao sistema de saúde.

P-O downsizing da Administração Pública está fora de prazo?

R- Já deveria ter sido feito.Mais rapidamente.

P-Ou as consequências sociais impedem-no?




R-Não creio que o possam fazer mais depressa. Está a decorrer a auditoria aos ministérios. É muito positivo e a minha grande esperança é que, seja qual for a conclusão, seja seguida, mesmo se disserem que têm de despedir mil ou cinco mil pessoas, ou reestruturar completamente os serviços.











P-E o mercado laboral português é realmente demasiado rígido?


R-No passado o mercado de trabalho português teve a capacidade de absorver as mudanças porque, mesmo que legalmente não seja possível despedir, os salários eram bastante flexíveis. Já não é assim.




P-A solução é um novo Código de Trabalho?

R-Não são necessários 700 novos artigos. Isto foi um embuste. Tivemos 700 novos artigos mas não aconteceu nada. E assim voltamos ao problema cultural. Isto é algo impossível de fazer dada a revolução socialista e à Constituição. Creio que este será o maior obstáculo para fazer de Portugal um país muito dinâmico.


Perfil: A economista da EIU que fala português. Ania Thiemann integra a equipa de analistas da EIU para as economias da Europa ocidental, acompanhando de perto Portugal, Dinamarca e Noruega. É também especialista em política francesa, integração europeia, política orçamental e mercado de trabalho. Já trabalho nos recursos humanos da Danone, de onde transitou para o grupo The Economist. É formada em Economia pela London School of Economics e em Relações Internacionais pela Sorbonne. Actualmente está numa pós-graduação em matemática aplicada à economia na Universidade de Londres. É fluente em inglês, francês, dinamarquês, norueguês e português.Ania Thiemann, analista para Portugal da The Economist Intelligence Unit

SALOICE??????

Sobre Ania Thiemann e a entrevista transcrita no post anterior, aqui fica um interessante artigo do Director- Adjunto do Expresso( jornal que este fim- de -semana se refere a um seu trabalho de modo truncado).

A sra. Ania Thiemann e a saloiice nacional


Para o ano cá teremos mais uma conferência da The Economist Intelligence Unit e lá irão todos os deste ano e mais uns quantos. A saloiice não tem cura




Ania Thiemann: porque não substituir Sócrates por um ano?
Com aquela admiração saloia que temos por tudo o que é estrangeiro em detrimento das realizações nacionais, lá tivemos esta semana mais uma conferência organizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU), o gabinete de investigação da revista ‘The Economist’, e na qual, de chapéu e pucarinho, os nossos mais lídimos representantes governativos e empresariais foram ouvir respeitosamente os altíssimos ensinamentos dos súbditos de Sua Majestade sobre a forma como nos devíamos governar para nos tornarmos num fósforo uma Suécia ou uma Dinamarca.
Consubstanciando esta nossa atitude veneradora e obrigada, a sra. Ania Thiemann, a responsável na EIU por acompanhar Portugal, teve direito a expor no ‘Diário Económico’, em três-longas páginas-três (tamanho normalmente só concedido a entrevistas com o primeiro-ministro), todas as suas admiráveis ideias para o nosso desmiolado país. E a conhecidíssima economista do departamento onde trabalha produziu pérolas como “é bom que haja pessoas jovens a entrar no mercado de trabalho, mas enquanto os gestores forem tão maus não há nada que se possa fazer” ou “não é possível despedir todos os gestores e trazê-los da Alemanha”.
Também nos informou que “se o Governo disser que, perante os problemas as exportações são o passaporte de saída, isso não é verdade. Para sair dos problemas, a solução são os investimentos”. Só que, lamentavelmente para nós, em Portugal “não há grande coisa para atrair investidores” e “sem dúvida” que daqui a dez anos continuará a ser difícil recomendar que se invista no país. E para acabar de vez com as nossas parcas esperanças, a senhora dá o xeque-mate: “Não sairia hoje a aconselhar Portugal como destino de investimento”.
E a gente vai aos seminários da EIU, e a gente paga para entrar nos seminários da EIU para ouvir estas pérolas de pensamento, e fica com uma enorme vontade de pedir de joelhos, de suplicar à sra. Ania Thiemann que, por piedade por nós, meta uma licença sem vencimento no seu emprego e aceite substituir José Sócrates durante um ano, tempo que, para ela, seria certamente mais do que suficiente para nos tornar uma potência económica mundial.
O problema é se, como fez o primeiro-ministro, nos lembramos de comparar as previsões da ‘The Economist’ no ano passado com os resultados finais e constatamos que as exportações portuguesas cresceram 9% contra as previsões de 3,7% da The Economist Intelligence Unit (EIU), elaboradas (imaginem por quem?) pela grande especialista da economia portuguesa, Ania Thiemann; o crescimento económico foi de entre 1,2% a 1,4%, praticamente o dobro do que Ania Thiemann tinha previsto (0,7%); e «hélas», o défice ficou abaixo dos 4,6%, coisa de que Ania Thiemann duvidava fortemente - como duvida do objectivo para este ano e para o próximo e para 2009...
O problema é se, como nos diz Ania Thiemann, o Governo não fez as reformas todas que ela acha que deveriam ter sido feitas logo no primeiro ano de governação - apesar de, espanto dos espantos, o Banco Mundial ter considerado Portugal o «top reformer of the year», algo que Thiemann certamente desconhecia...
Mas, claro, nada disto importa. Para o ano cá teremos mais uma conferência da The Economist Intelligence Unit e lá irão todos os deste ano e mais uns quantos. A saloiice não tem cura.

Notas avulsas

!- Devo registar a atitude do Diário de Notícias e da jornalista responsável pelo artigo com a tal fotografia, Imediatamente me contactou, dando - me razão e explicando, de certo modo, o sucedido. São atitudes assim que distinguem as pessoas e as instituições.



2-Um visitante deste blogue, cujo comentário também publiquei, pede-me para concretizar o nome da jornalista que alterna os telefonemas, as conversas e as atitudes de grande simpatia, com textos carregados de fel.
Nada tem a ver, da minha parte, com a confusão entre a liberdade de opinião principalmente de um jornalista, e, por outro lado, relações pessoais. É o tom, em que se percebe a aversão, depois contrariada por todos os sorrisos nos contactos pessoais. Não tenho qualquer razão para não responder. Há outra, parecida. Mas, neste caso, refiro - me a Maria João Avilez.
Há anos que é assim E eu acredito sempre que as pessoas são sinceras. Quando faço algumas leituras de palavras de tom tão diferente, nem acredito que seja a mesma pessoa.
3- Estive a ler a entrevista de Vasco Pulido Valente. Lá está: é das pessoas que pior escreve ou fala sobre mim. Mas, no caso, sou um entre vários. Não é consolo. Mas não posso deixar de sentir admiração e respeito por uma personalidade tão marcada, com uma expressão tão azeda. É obviamente muito inteligente, tem obra, apesar de tudo tem uma rota coerente. Sabe do que fala, seja injusto ou justo, exagerado ou rigoroso, falhe ou acerte nas análises e nas previsões.Escrevo à vontade estas palavras até porque sei, que com o seu feitio, Ainda é mais uma razão para se irritar comigo.Mas é o que penso sobre ele e como o blogue é de minha responsabilidade!...

sábado, 17 de novembro de 2007

A TAL CRISPAÇÃO!...

Santarém
Importante foi o Fórum da Justiça, em cujo jantar (após a sessão solene) ontem, a convite do Secretário-Geral Pedro Mourão, tive o gosto de participar. Estive numa mesa que juntou Ilustres Magistrados com Deputados de vários Partidos. Teve lugar na renovada Santarém, liderada por Moita Flores, e pretendeu assinalar os 30 anos do Estatuto dos referidos Magistrados. Estavam, entre outros, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Santos Serra, o Presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz das Neves.
Faço esta nota, quase de reportagem, com o intuito de sublinhar que os corpos da Justiça, nesta e noutras organizações, estão com espírito muito coeso. Por razões compreensíveis.Numa ocasião em que se debatem e decidem matérias bem relevantes para essas carreiras e áreas do Estado. A propósito da tal crispação.

Pouca importância!....

1-Qual a razão que leva alguém a insistir, vezes sem conta, para ser recebida, pedindo para falar daquilo que quer entender, sendo recebida com toda a atenção - depois de um engano de agenda da minha secretária-, falarmos de assuntos pessoais e políticos, fazer referências pessoais muito agradáveis, e, depois, duas semanas depois, sem que nada o justifique, volta ao tom antigo? Porquê? Não estamos a falar de uma miúda em início de carreira. Estamos a falar de alguém já com uma idade respeitável,com décadas de jornalismo e ainda mais décadas de educação!... Como é possível?
Não me faz diferença. Mas impressiona tanto cinismo. Se detesta, como se dá ao trabalho de fingir tanto?

2- É um pormenor e só falo nele para não pensarem que alguém anda distraído.
O Diário de Notícias, o mesmo jornal que, recentemente, publicou "interessantes" peças sobre Luís Filipe Menezes e sobre mim, inseriu na edição de ontem, a páginas 17, uma notícia acerca de declarações minhas a propósito das propostas de alteração na especialidade, que foram apresentadas pelo Grupo Parlamentar que lidero. Que fotografia? Uma sem gravata, de pullover pelos ombros... A falar de Orçamento! Estive a conferir, rapidamente, e não há mais ninguém, naquelas páginas todas, do sexo masculino, que tenha fotografia, que não seja de fato e gravata. Não me incomoda. Mas é só para não pensarem que não damos por isso... São pormenores. Só que constantes.

3-E, já agora, viram o resultado daquele inquérito da VISÂO sobre quem ganhou o debate parlamentar? Tem a importância que tem, mas que azia deve fazer logo naquela edição...E tem significado por dar aquele resultado, depois de tanta opinião parcelar e, alguma, parcial. Hão-de convir que tem que se lhe diga...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

INTERVENÇÃO NO ORÇAMENTO

Para quem não viu, aqui edito a minha intervenção no debate, em Plenário, sobre o Orçamento de Estado para 2008, efectuada em 7 de Novembro de 2007.Também para quem viu ( mas falou ou escreveu como se não tivesse visto...) .
Parte1



Parte2



Parte3



Parte4



Parte 5



6

MUITA CRISPAÇÃO

Em Portugal está em agitação o sector financeiro, nomeadamente, com o que se tem passado com o BCP. Está em agitação o meio judicial, por exemplo, com algumas imprevidências legislativas, como a que concerne a normas que só podem constar do Estatuto dos Juízes e Magistrados. Igual desconsideração aconteceu com os que abraçaram a carreira militar. Agitação, também, em tantos reformados que, de repente, podem passar a pagar impostos com que já não contavam nestas fases das suas vidas. Muito incomodada está também a Hierarquia da Igreja Católica, com uma série de medidas que têm sido anunciadas, pondo em causa o seu estatuto na sociedade Portuguesa: depois do que se passou com os capelães e com o papel que têm no acompanhamento das pessoas hospitalizadas, agora é o anúncio da retirada do apoio à Universidade Católica.
Estes são só alguns exemplos da situação do País. Hoje ouviu-se mais de um manto de dúvidas sobre as grandes empresas tendo o Presidente da CIP confirmado essas palavras.
Algo se passa em Portugal em sectores que são pilares do Estado e da sociedade Portuguesa.
Às vezes em consequência de decisões do Governo, mas não só. Parece que de repente, em Portugal, não há quem escape a um juízo negativo do Governo ou do Estado. São os professores, são Universidades, são sindicatos, são as farmácias, são os consulados, são os agricultores, são os elementos das forças de segurança.
Não quero fazer demagogia. Vários sectores precisavam e precisam de decisões e de garantia de cumprimento de regras. Nalguns casos, como no BCP, os acontecimentos nada têm a ver, nas suas causas, com o Governo ou com o Estado. E é bom que assim continue. Mas há muita crispação no ar. E não só no ar. É preciso que a sociedade acredite em si própria e que sinta sólidas as suas traves-mestras. Só assim será possível tornar sólido o que se quer construir.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Piscina do CLUBE NACIONAL DE NATAÇÂO
(Mais uma obra- Rua de São Bento-Lisboa)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

CRIAR RIQUEZA

Pedro Lamy ganhou um relevante título mundial em Le Mans; a EDP ganhou um relevante prémio internacional a propósito da reestruturação da sua central de compras; a GALP tem 10% num consórcio que nos seus trabalhos de prospecção, descobriu uma das maiores reservas de petróleo do Mundo.
São notícias destas que fazem bem a quem as ouve. Portugal precisa de sentir que os esforços continuados valem a pena e que o mérito é reconhecido.
Há poucos minutos publiquei umas palavras de um Português que está a fazer o seu doutoramento em Kiel, na Alemanha( também com uma Bolsa de estudo da DAAD) e que confessa, com 29 anos, não ver muitas hipóteses de regressar.
Ontem enquanto almoçava, já tarde, numa cervejaria de Lisboa, veio uma pessoa cumprimentar-me à mesa, com palavras simpáticas de incitamento. Disse-me, a propósito de uma das questões que coloquei ao Primeiro- Ministro, que hoje ia celebrar a escritura da sua empresa em Espanha. Quando lhe perguntei a razão, disse-me que não tolera mais o peso da carga fiscal, nomeadamente do IVA. Por isso, escolheu uma cidade fronteiriça, no Centro de Espanha e será lá que pagará as suas contribuições. Contou-me quanto pagou de IVA nos dois últimos anos. Um número impressionante. E que depois lhe tinham escrito a anunciar uma penhora por um atraso de 2.000 Euros.
Cada vez se ouvem mais casos destes. Por isso, perguntei a José Sócrates se já tinha feito as contas a quanto se está a financiar o Orçamento de Espanha, com as deslocalizações de actividades económicas para o outro lado da fronteira. Num País periférico, com uma dimensão e uma força económica muito superiores, ainda mais cuidado é preciso com essas disparidades. Por isso falei e falo em erros graves de governação. Erros nas decisões, que afectam seriamente a competitividade das empresas portuguesas, neste caso, a sua capacidade de concorrer no mercado interno mas, também, indirectamente, no plano externo.
O País precisa de crescer. Só o pode fazer com um clima de motivação para trabalhadores e empresários. Só um quadro favorecedor do investimento privado, em sectores que gerem valor acrescentado efectivo, poderá dar sustentabilidade ao crescimento que se deseja para a nossa economia.
O Governo, tendo guardado o início de aplicação do QREN( novo Quadro Comunitário) para 2008, terá disponibilidades financeiras alargadas. Mas com os valores da Despesa que apresentou, não tem margem para fazer crescer muito o investimento público. Nunca conseguimos negociar, com sucesso, um regime diferenciado para as despesas de investimento verdadeiramente reprodutivo, o que se traduz num dos maiores erros de todo este período de regras e recursos da União Europeia.
Mas vamos ganhando em várias frentes. Temos muitos Portugueses a darem o exemplo e a conseguirem ter sucesso. Muitos mais querem acreditar num futuro mais próspero em Portugal.

domingo, 11 de novembro de 2007

FIRMEZA E SERENIDADE

A determinação é inabalável. Ninguém se queixa do que se conseguiu. Constata-se o que se disse e se reportou. Ninguém se queixa. Até porque ninguém é distraído para não se perceber que tanto ataque a quem , segundo dizem os mesmos de sempre, estaria de "morto", só por uma de duas razões: OU O "MORTO" não está "MORTO", OU ESSES VIVOS SÃO "TONTOS". Eu, se tivesse um "morto" pela frente, não perderia um minuto com ele.
Aliás, ter andado hoje nas ruas de Lisboa, mesmo que alguém tivesse o ânimo abalado, que não era o caso, ficava logo esclarecido. E sabem do que as pessoas mais falam? Da arrogância, do tom pedante, da vaidade.
Agora, veio o grupo completo. Só faltava hoje o ex- assessor de Jorge Sampaio, Nuno Brederode dos Santos, embora num tom diferente e sem destilar ódio. Numa perspectiva diferente, mais analítica, embora, claro, de oposição total.
Quem esteve na Assembleia sabe o que se passou. O tempo que o Governo nos dedicou, nomeadamente, na intervenção final. Agora é assegurar clareza na estratégia e firmeza na sua execução.


CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ



Staufen, im Breisgau, onde estudei 4 intensos meses, no Goethe - Institut local, para aprofundar o domínio da Língua Alemã.Foi no Verão de 1979, após ter conseguido, depois de concurso, uma Bolsa da Deutsche Akademische Austausdienst para Investigador na Universidade de Colónia.

Essa organização do Governo Alemão procedia assim, e bem. colocava os Stipendiaten(bolseiros),normalmente, em delegações estrategicamente situadas em aldeias tranquilas e onde só se podia estudar ou passear. Vivíamos em casa de famílias da terra, mas não comíamos lá. Mesmo o pequeno almoço era no Instituto, bem cedo pela manhã. A mim calhou-me uma família de nome Löper, que diziam ser meus primos, dada a semelhança dos nomes. Mais tarde, quando estava no Parlamento Europeu, visitei- os e comovi-me quando me mostraram os recortes de jornais alemães onde aparecia, em anos anteriores, naturalmente, à época, ao lado de Cavaco Silva.

Staufen é uma terra bonita, perto de, Bad Krozingen na área da Schwarzwald ( Floresta Negra), perto da Suíça alemã. Aqui vivi e aprendi com estudantes de todo o Mundo. Era um regime muito intenso, essencial para termos sucesso na prova de Alemão, em Outubro, sem o que não podíamos ingressar na Universidade.No meu caso, para Investigação no Instituto de Direito Europeu e no Instituto de Ciência Política e Questões Europeias( Europäischen Fragen).

sábado, 10 de novembro de 2007

SEGUIR PARA DIANTE

Aí chegou o previsível ataque da Imprensa de fim- de -semana. Quem? Não interessa. No geral, as opiniões dos mesmos de sempre, nomeadamente, J.P.P., M.S.T., J.M.F.. Não só, mas, principalmente, estes.
Antes do mais, é preciso saber ler. Os Portugueses devem saber que foram estes que tudo fizeram para que o P.S. e Sócrates chegassem ao Poder. E sabem como está hoje o País. Funcionam por ódios. Rigor, interessa pouco.
É preciso dizer-lhes que não conseguem abanar. Mesmo incomodar, já incomodam pouco. Já direi adiante, o que não admito. Mas tenham a certeza que não fazem vacilar. Vamos continuar firmes no caminho traçado, por muito que lhes custe.
Não tinham ninguém a pedir contas pela fraude política em que têm baseado os supostos feitos da sua governação? Pois vão ter. A "famosa" previsão do deficit de Victor Constâncio é tema definido pelo Presidente do PPD/PSD e por mim próprio como de relevância cimeira na nossa agenda política. Vão mesmo ter de enfrentar esse assunto o resto da Legislatura.
Inventem. Manipulem. Caluniem. Chegam mesmo ao ponto de escrever que as eleições para a Distrital de Lisboa significam uma vitória de Luís Filipe Menezes sobre mim. Mas como? Como?
Onde disse eu alguma palavra, onde tive algum gesto, que possa ser entendido desse modo? Que pessoas próximas de mim estavam nas listas de Helena Lopes da Costa? Quem? José Correia(assumido "barrosista"? Dias Ferreira(irmão de Manuela Ferreira Leite?)? "Santanistas"? E nem sei quem eram os outros membros da lista...
Rui Gomes da Silva estava lá? Pedro Pinto? Algum outro Vereador da Câmara que dirigi? E Luís Filipe Menezes apoiou a outra lista? A sério? Quem pode acreditar nisso?
Ainda há semanas, quando L. F. Menezes ganhou as directas, Helena Lopes da Costa era "barrosista"- "menezista"... Agora que perdeu estas eleições, voltou a ser "santanista"? É absolutamente extraordinário!
Inventem, manipulem, caluniem. Mas tudo isso não me desvia da minha maneira de ser. Apesar de ter reafirmado que não tomava partido na campanha, assumo a minha amizade e a minha solidariedade com Helena Lopes da Costa. Quero-a ao meu lado a combater nestes tempos que aí vêem. Tenho muito gosto se for considerada "santanista".Sei que está triste com muitos que tanto apoiou, há anos ou recentemente, e que, agora, a deixaram. Sei que ficou triste por eu não me poder envolver. Mas um ex- Presidente do Partido e, noutra dimensão, um Presidente do Grupo Parlamentar, não o deve fazer. Pode voltar a estar disponível, mas para combater os adversários ou inimigos externos.
O principal é prosseguir a rota traçada. Quem acompanhou, sabe como o PS ficou desorientado com o debate parlamentar. Inventam, manipulam, caluniam. Mas a verdade é que terminaram o debate muito agitados. Como alguma Imprensa destacou, passaram o discurso de encerramento a atacar o PPD/PSD, Luís Filipe Menezes e as suas supostas contradições e a mim próprio. Perdem tanto tempo com um derrotado? Não pensem que enganam alguém
O que gostam é de escolher quem os enfrenta. Gostam de escolher os adversários e até os temas que podem ser falados. Criam encenações e depois dizem que foram os outros. Quem falou este tempo todo no debate que aí vinha? Tive mais de 70 pedidos de entrevista ou de depoimento para falar do debate antes de ele ter lugar. Recusei todos. Falei com um jornalista uma semana antes, fazendo exactamente o contrário... Escreveu que eu procurava baixar as expectativas e escreveu também o que eu lhe dissera em OFF RIGOROSO.
Fui eu que criei essa expectativa? Nunca falei. Mesmo na crónica da TSF, na véspera, quando gravei essas palavras em que falei de um novo ciclo, não estava, obviamente, a falar de mim. Evoquei a vitória de Cavaco Silva porque a data era ,de facto, a mesma. Mas o novo ciclo era, e é, a liderança de Menezes, a nova linha política, a ruptura das propostas e da estratégia que estão definidas. Como o demonstram as sondagens que já saíram sobre vários aspectos deste novo quadro político. Como, quer gostem, quer não, o que se disse no debate do Orçamento também o é. De qualquer maneira, antes do debate começar, ninguém reproduziu essa crónica pelo menos, que eu tenha lido ou ouvido. e toda a expectativa já existia antes desses simples dois minutos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

histórias de histórias-II

Continuando com histórias de histórias, esta semana falou- se muito de regresso ao passado.
Então, sobre a 1ª fase do debate parlamentar, há muito para assinalar, de especulação ou de invenção.
Por exemplo, eu comecei as perguntas a dizer que não queria falar de passado, a não ser na medida em que interessasse ao presente e ao futuro. Pois, na resposta, José Sócrates, com a elegância que o caracteriza, disse que compreendia bem porquê, pois eu não teria direito a mais do que pertencer a esse passado. Insistiu, insistiu, até que teve de ouvir a resposta. Logo tive de ler e ouvir que não resisti a falar do passado. Fiquei a saber que quando os outros atacam a falar de passado, estão a ser muito espertos e a criar uma armadilha. Quando o visado se defende, está a ser pouco lúcido e a cair na "ratoeira". É extraordinário.
Depois, tivemos uma história extraordinária de mails de Deputados do PPD/PSD que, afinal, ninguém recebeu. Ontem perguntava-se: alguém recebeu esse mail a criticar a intervenção? Mistério. Ninguém tinha recebido. Terá sido o jornalista - que também desapareceu desde esse dia- a inventar? Ou alguém que lhe transmitiu uma mentira? Ou podia não ser mentira e ter sido trocado só entre dois Deputados... E um deles, talvez, também, quase não tenha aparecido!...Mistérios.
Quem conhece bem alguns Deputados é um jornalista de um semanário que sai às Sextas, que tinha, ou ainda tem, uma avença na Caixa Geral de Depósitos e que antes tinha noutra grande empresa pública. Não me lembro qual, mas há no Parlamento quem saiba. Talvez ele possa dar uma ajuda. Já tem muitos anos disto.
Outra história de história foi a da ida de Luís Filipe Menezes ao Parlamento, almoçar com a Direcção do Grupo Parlamentar. Foi marcada numa conversa telefónica, Segunda- Feira à tarde, e confirmada num jantar onde só passei cinco minutos, num Hotel de Lisboa, nessa mesma noite. Estavam nesse jantar mais duas pessoas, dirigentes do PPD/PSD. Mas, claro, logo foi apresentado como uma decisão de última hora, para "dar uma mão" a quem, na véspera, tinha debatido durante cinco minutos. Como calculam, já sabia o que se iria dizer, face aos acontecimentos do dia anterior... Mas mantivemos tudo como estava. E ainda bem, porque o almoço foi bem útil e bem agradável. E útil,principalmente,para algum dos presentes, que não conhecesse bem o modo como Luís Filipe Menezes e eu estamos a trabalhar, ter ficado bem ciente da sintonia existente.
São algumas histórias de histórias, que vou contando, só para as pessoas saberem o que lêem, o que vêem,o que ouvem. Invenções, a que depois chamam interpretações.

histórias de histórias....

Quem é protagonista de histórias e depois lê, ou vê, como são "contadas", não pode deixar de se rir. Ou sorrir, com pena de quem lê...

Lembram-se do que eles escreviam sobre a eleição de Luís Filipe Menezes? Ia perder, garantiam analistas e alguns jornalistas. Ganhou.

Lembram-se do que escreviam nas semanas que antecederam a eleição para a liderança no Grupo Parlamentar? Diziam que era grande a polémica com a minha candidatura; todos os dias surgiam nomes alternativos; garantiam que o novo Líder do Partido era contra essa minha candidatura; passaram o Congresso a especular com uma suposta divisão. E depois? Lá foi tudo como eles diziam que não seria...

Foi, ainda, a história dos "saneamentos" de Presidentes de Comissões Parlamentares.
Só que depois, saíram sondagens sobre Luís Filipe Menezes. E querem ver que, em todas, com bons índices de apoio? E uma, no Expresso, sobre a eleição no Grupo Parlamentar. E não querem lá ver que aprovava,por maioria, a minha escolha pelos Deputados, meus Pares? E outra sondagem, no mesmo jornal, revelava que, então, a mudança nas Comissões, era aceite com toda a naturalidade... Como seria possível? Até escreveram que o resultado era ao contrario do que pensavam! Sim, deles próprios, jornalistas...Exactamente.
Só que algumas dessas sondagens estavam tão escondidas, que dava para rir pensar no espaço de 1ª página que teriam, se os resultados fossem ao contrário. Mas se era para esconder tanto, por que mandaram fazer essas perguntas? Só para gastarem dinheiro?

Esta semana, já há mais histórias. Mas vamos com calma. Eles esforçam-se mas os factos são maçadores. Estão sempre a desmenti-los!...

Parece que, ontem à noite, um deles disse que Luís Filipe Menezes e eu estaríamos próximos, politicamente, do PS!!!!!...Então já não é do CDS/PP??? Esta nunca tinha ouvido. É mesmo de espantar. Essa confesso, nunca esperei ouvir. Já não sabem o que dizer, coitados.

Paciência,paciência . É precisa muita paciência.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Nota avulsa

Publiquei dois comentários que incorreram num erro ortográfico que não pode passar sem um reparo: HÁ pertence ao verbo haver e tem H!... Nos testes da Universidade, quando um aluno dá um erro destes, tiro, normalmente, um valor. Posso fazer uma ponderação diferente se essa "sanção" implicar que o aluno reprove. Decidi publicar, na mesma os textos, pelo seu interesse. Não são textos pequenos, pelo que devem ter dado algum trabalho e agradeço a colaboração.
Por outro lado, certamente que foi uma distracção ou do cansaço, porque pode ser confirmado, pelo conjunto dos textos.
Também a mim me chamaram a atenção por uma vírgula mal colocada. Exactamente, a Deputada Europeia Edite Estrela. Agradeço toda essa atenção. Espero que todos os blogues tenham esta preocupação com a nossa Língua, apesar, como dizem vários comentários, de as pessoas quererem escrever com descontracção e sem estarem com a sensação de estarem sujeitas a um exame permanente.Mas, obviamente, há regras e, por isso, que me compreendam os autores dos dois comentários referidos. Só que não devem ser desperdiçados os seus meritórios contributos.