sábado, 30 de abril de 2011

Proximidades

«Agora, a São Caetano à Lapa é de Passos Coelho e dos seus acólitos. E, entre estes, Relvas é o que goza de mais proximidade e até intimidade com o líder.
O suficiente para que, num dia difícil em que acabou de chegar de um encontro viril com José Sócrates por causa do resgate financeiro do país, Passos atire despreocupadamente ao amigo: «Tens o cabelo diferente, Miguel. O que é que fizeste?» Interrompendo a combinação do habitual almoço com Miguel Macedo, o secretário-geral do PSD ensaia uma resposta de algibeira: «Mudei de shampô, deve ser isso. Mas já se nota?» O líder sorri, com a franqueza só possível em dois amigos de longa data.
«Não é isso, o cabelo está diferente», e os dedos avançam à frente das palavras na direcção da cabeça do secretário-geral. «Estás a dizer que estou melhor?» Passos concorda: «Se era para ficares melhor, ficaste.» Riem os dois.
É esta cumplicidade que permite mudar de imediato a conversa para um registo sério quando desatam a acusar José Sócrates de ter entrado por uma política de terra queimada e assumem que a entrada do FMI em Portugal será acompanhada por medidas de austeridade muito severas.»

Foto da Sede do PSD - SolSede Nacional do PSD

De uma reportagem de hoje com Miguel Relvas, Secretário - Geral do PSD, na NS´, Revista do DN.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Luva branca

Até os líderes do Hamas e do Fatah se entenderam para a formação de um Governo na Palestina...




Khaled Meshaal e Mahmud Abbas

segunda-feira, 25 de abril de 2011

INÉDITO

Interrogado pelos Órgãos de Comunicação, à saída da cerimónia no Palácio de Belém, disse, tão só, que «foi uma cerimónia bonita»... Ainda ouvi um jornalista dizer para o microfone que eu não estava para muitas palavras... E não! Tendo falado o Presidente da República e três ex - Presidentes, manda o respito e o bom senso que haja alguma ponderação, sobre o que se viu e ouviu, antes de se fazer um comentário. É a minha opinião.


Mário Soares, Cavaco Silva, Ramalho Eanes, Jorge Sampaio


A cerimónia foi, de facto, bonita. O facto de se juntarem aquelas quatro individualidades por serem os quatro Chefes de Estado eleitos, até agora, neste regime, já de si, conta.
Depois, o facto de ser uma cerimónia aberta com a presença dos titulares dos mais Altos Cargos do Estado e dos cidadãos que livremente quiseram entrar (também, em termos de segurança, só em Portugal).
Depois, o enquadramento e, de modo especial, a actuação de Bernardo Sasseti e Mário Laginha.
Quanto aos discursos, foram prudentes. Disseram mal e disseram bem do que se passou nestes 37 anos...
Mas, a esse propósito, cabe colocar uma questão muito simples: quem ali estava a falar não são exactamente, as pessoas, quatro, que tiveram, ou têm, a seu cargo, a Chefia do Estado? Falaram muito no que os Partidos fizeram e não fizeram... Todos foram líderes partidários e um deles, até ajudou a criar um Partido a partir de Belém... Cavaco Silva foi Primeiro - Ministro dez anos, Mário Soares cinco, Jorge Sampaio liderou o PS cinco anos, Ramalho Eanes lançou e liderou o PRD. Ficaria mal um exemplo de mea culpa?

Mas, enfim, foi positivo. E, no meio de tudo, principalmente, Cavaco Silva e Mário Soares fizeram discursos compreensíveis.

REVIRAVOLTAS

O que faz mais impressão no Mundo é a maneira como tudo muda e nada muda. Como a dignidade das pessoas pouco vale face à volatilidade dos acontecimentos.

Ainda há pouco, de passagem por um programa televisivo, reparei que perguntavam aos espectadores qual é o melhor guarda - redes do Benfica... Tudo por causa da exibição de Moreira, que esta época e na anterior, tem sido o 3.º guarda - redes, fez ontem, na final da Taça da Liga.

Hoje, os jornais já diziam que é o preferido dos sócios do Benfica e, como referi, já perguntam qual é o melhor. Não vi a resposta mas,para o caso, não interessa.Os 3 já estão lá há tempo mas, agora, descobriram que o pior talvez seja o melhor.



O problema é que se passa o tempo com isto. E se fosse só no futebol!

sábado, 23 de abril de 2011

o tom e a margem

Ainda há muito por avaliar, da parte dos eleitores. De qualquer modo, se persistirem as escolhas, a vários níveis, das últimas semanas, as tendências que foram tornadas públicas tenderão a a acentuar -se.
Disse já várias vezes, na Prova dos Nove, na TVI24, bem como no Jornal Nacional da TVI generalista, que estou convencido de que existirá,como resultado das negociações com o as três entidades da troika, para além da «cartilha» comum, mais rspeitante ao ajustamento orçamental e financeiro, alguma margem para uma certa diferenciação entre os Partidos. Principalmente, nalgumas medidas de apoio ao possível relançamento da nossa economia. Disse -o ainda quando mais ninguém o tinha admitido publicamente. Penso ser óbvio, a vários títulos, que tem de ser assim.
O que resultar desse processo, para além do conteúdo, no modo de lidar com a relação com os Potugueses, determinará o resultado ds eleições.
Até agora, em minha opinião, Paulo Portas é, de todos,e de longe, o que encontrou o tom mais certo para tratar matéria tão delicada. Mas, daqui a umas semanas, quando da decisão final sobre esta fase das negociações, não vai ser fácil para ele e para o seu Partido.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lembrança



Passos Coelho defende que Ferreira Leite deve lutar por maioria absoluta01 SET 09 às 20:45

O ex-candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho defende, num artigo de opinião, que a presidente do seu partido, Manuela Ferreira Leite, deve lutar por uma maioria absoluta nas eleições legislativas.

O que é isto?

Agora a troika também opina sobre a Justiça? Sociedades de Advogados reuniram com a troika? Mas quais? Quem as escolheu? Também vão tratar da política de Cultura? Dos jardins - escola? Ao que isto chegou, Santo Deus.

Quem são esses senhores para porem em causa, deste modo, a Soberania Nacional? Também vão chamar os notários? Os Bombeiros? Que ridiculo!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Moderação


O FMI está mais suave por opção, ou é Dominique Strauss- Kahn que pretende mesmo ser candidato presidencial em França, disputa para a qual lidera as sondagens?

Bem sei que, em Portugal - nestas coisas extraordinárias que por cá sucedem -, há um novo rosto, feminino, de uma Portuguesa, apresentada como Conselheira do FMI!... Nem mais, nem menos. Ouvi, há dias, uma entrevista e nem queria acreditar. Mas deve fazer parte do novo ciclo.
Voltando a falar a sério, pode ser a influência de um Português competente, António Borges, que é o Director do FMI para a Europa.

A intervenção, no passado fim - de - semana de Srauss Khan sobre Portugal, foi, de facto, muito sensata e muito equilibrada. Diferente, bem diferente, do que vai chegando de Bruxelas.

sábado, 16 de abril de 2011

EXEMPLO

As equipas portuguesas, que estão nas meias - finais da Liga Europa, deram uma lição a todo o País. Capacidade de luta, não ficar só na defensiva, carácter, ambição, não recear os que pertencem a Países com maior dimensão ou maior desenvolvimento.
Não é exagero, não! Não se vê mais ninguém assim, capaz de «bater o pé» ao resto da Europa. Quer se queira, quer não, neste sector, em Portugal, em vários casos, trabalha - se a sério. E atenção: com três técnicos Portugueses, dois dos quais muito jovens.
Pela fase que Portugal atravessa, merecem o nosso reconhecimento.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O QUE FAZER?

A velocidade tem sido, no minímo, de um por dia. Minímo! Declarações cá, lá, deste, daquele e de outro. Cada uma mais surpreendente do que a anterior. O que poderemos fazer?

Velocidade



Que sucessão de acontecimentos! Compreendam que nada tenho querido escrever aqui, durante estes dias. Tem sido de mais. a vertigem de «surpresas».
Logo à noite, às 23hs., na TVI24,no programa Prova dos Nove,serà impossível recusar o comentàrio a tudo o que vai acontecendo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Para pagar

Ajuda,resgate, chame - se como se quiser. Portugal precisava de saír do impasse agoniante em que se encontrava. Espera - se, agora, que tudo seja tratado com firmeza e com rigor na defesa dos interesses nacionais.
Portugal precisa de um quadro financeiro estável para se poder trabalhar com eficácia. Mas, atenção: isto é um empréstimo. Não são outra vez especiarias ou pedras preciosas dos Descobrimentos ou dinheiro «da CEE» a fundo perdido. Estes 90 mil milhões, cerca de 50% do nosso PIB, são para pagar. Por isso, há que trabalhar mais, muito mais, para se criar mais riqueza.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Especialidades

Já agora,só mais um pouco: será que todos os que entendemos que Portugal devia ser poupado a eleições agora, somos fãs do actual Primeiro - Ministro? Marcelo Rebelo de Sousa, Maria João Avilez e tantos outros? Só faltava ouvir esta.

E, já agora, também: todos os que dizem que tudo isto foi uma manobra, uma cilada de José Sócrates, porque queria sair agora do poder, consideram adequado convergir nos seus propósitos?

Há muito tempo que defendo que José Sócrates devia ter saído do Poder. Há muito que defendo um Governo de Unidade Nacional. De preferência, chefiado por um independente que não se preocupasse com o resultado de futuras eleições, quando tivesse de tomar medidas difíceis e ainda mais duras. Consideram a opção correcta o PSD ter de arcar com as consequências desta governação de Sócrates?

Pelos vistos, há quem pense que sim. Daqui a uns tempos, se o PSD for chamado a governar, logo se poderá fazer a devida avaliação de todas essas decisões. É evidente que há dois tipos de avaliações: as que são feitas antes de as coisas acontecerem e as que são feitas depois. Há muitos especialistas a explicar as razões do falhanço das estratégias que defendem, já depois de elas não resultarem.

Ao contrário de outros, eu não estou nunca do lado do inimigo. Mas isso não me impede de pensar. E, sabem que mais? Não me impede de acertar muitas vezes. Só não consigo acertar na condição humana e adivinhar as traições... essa não é, definitivamente, a minha área.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Portugal dos tapadinhos

Julgo que, até hoje, quase nunca entrei em polémicas com os responsáveis por outros blogues( recordo uma ou outra excepção). Mas como bem salienta um comentário ao que se escreveu, ontem, no Portugal dos Pequeninos, do pior que há na vida, são os que passam o tempo a falar de sentimentos falsos.


A propósito do que respondi, na TVI, quando de uma pergunta do jornalista Pedro Pinto, gostava de dizer o seguinte aos «filósofos», anónimos ou não...


Quantas vezes ouviram tantas pessoas dizer que Jorge Sampaio tinha de se demitir se eu tivesse ganho as eleições em 2005 ou, mesmo, se não houvesse uma diferença significativa entre o PSD e o PS? Aliás, já o próprio confessou que essa possibilidade tinha de ser ponderada.


É verdade que esta dissolução foi precedida de uma votação no Parlamento e da consequente demissão do Primeiro - Ministro... Mas lembram - se do discurso presidencial uns dias antes, ou não? E alguém tem alguma dúvida de que Cavaco Silva era dificilmente compatível com José Sócrates(agora, ou melhor, desde há uns tempos...)?


Aliás, eu disse, a 15 de Janeiro desta ano, na mesma TVI, que um dos dois iria sair e não seria certamente Cavaco Silva, logo depois de ser eleito. E, já agora, também: custa a entender que essa hipótese até pode ajudar vários indecisos a não votarem Sócrates?


De qualque modo, não foi por isso que enunciei essa consequência. Fi - lo, porque não mudo de princípios e de regras consoante aqueles a quem, eventualmente, se apliquem. Todos reconhecem - incluindo cavaquistas de sempre - que o Presidente nada fez para impedir eleições. Todos sabemos que quer ver Sócrates fora do poder. Alguma dúvida? Então, se Sócrates ganhasse, não teria consequências?


Quanto à minha distância de Sócrates, nessa matéria, nem um ai. Foram os que lá o puseram, os que o trataram como um predestinado, os que se embeveceram com ele, que, agora, o querem ver fora. Tivessem estado do lado certo, na devida altura. Não queriam a boa moeda? Aí a têm! Não disfarcem. É vossa.


domingo, 3 de abril de 2011

Parabéns

Parabéns ao Futebol Clube do Porto pelo título de Campeão Nacional 2010/2011. Merecido.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Devolução Institucional

Com o Estado em que está o País, só 6, 7 pontos de diferença?


A propósito, pense - se o que se pensar do personagem político - por mim, há um ano que digo que deveria ter saído do cargo - a entrevista do Ministro das Finanças a Judite de Sousa constituíu um momento impressivo quanto aos termos de funcionamento do nosso sistema político...Especialmente, quando Teixeira dos Santos afirmou ser Cavaco Silva que a única pessoa que tem legitimidade, neste momento, para negociar uma ajuda externa. Atribuir - se essa incumbência ao Presidente da República, se não estivéssemos já em pré - campanha eleitooral - teria alto significado jurídico - constitucional. Assim, só tem relevo político.