sábado, 26 de abril de 2008

Eleições:luta cerrada

Hillary Clinton ganhou as importantes primárias da Pensilvânia. É, sem dúvida, uma lutadora. E fez, na noite da vitória, o seu melhor discurso de todos os que lhe ouvi nesta campanha. Será negativo ou positivo, para o Partido Democrata esta disputa tão intensa? Já ouvimos as opiniões mais variadas, nos debates na CNN, ao longo destes meses. Agora, a opinião dominante é a de que é favorável. Assim o parecem indicar os mais recentes estudos de opinião sobre as intenções de voto na disputa de qualquer dos dois com John McCain.

Barack Obama continua forte e com mais delegados. Mas a diferença de 10% verificada esta semana é um pouco superior ao que indicavam as últimas projecções. Era o minímo para se considerar a vitória de Hillary suficientemente convincente num Estado a que tem fortes ligações familiares.

O elevado nível de intensidade e a enorme expectativa desta disputa eleitoral vão exigir muito dos candidatos.E provocar uma forte mobilização dos eleitores.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Silvio Berlusconi: IMPRESSIONANTE!

Ganhou Berlusconi! E agora? Como vão explicar esta vitória os teóricos do politicamente correcto?


Berlusconi ganhou!Berlusconni venceu! Como explicar? Será que o Povo de Itália não recebe a RTP e a SIC Internacionais? Verdade seja dita que alguns dos nossos comentadores não são os únicos membros desse grupo do politicamente correcto...Ele há mais como eles.
Ganhou mais um populista, demagogo, direitista...Como será possível? Não existirão lá comentadores esclarecidos?
Aqui há um ano, ou menos, em Itália, e sobre Itália, dizia- se que não havia alternativa de direita. Pois lá está, outra vez. Como devem ficar confusos.
Acima de tudo, há que felicitar Silvio Berlusconi pela sua enorme capacidade de resistir, de acreditar, de ultrapassar obstáculos, de lutar, de ressurgir das derrotas, de vencer os seus adversários, de calar tanto detractor. Merece, e merece a Itália antes do mais, que esta governação tenha sucesso.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Ganhar Convicção

Foi interessante o debate de ontem, no Prós e Contras, sobre a nova terceira travessia do Tejo. Não vi tudo, mas vi uma boa parte. Houve alguns argumentos convincentes, de parte a parte, no meio de algumas posições que pareceram menos sustentadas. De qualquer modo, é óbvio que não há dogmas nem soluções perfeitas.
Foi interessante ouvir as objecções colocadas à projecção feita por arquitectos paisagistas numa linha de explicação pela equipa que tem trabalhado nesta hipótese Chelas - Barreiro. Como o foi constatar a anunciada convergência dos Autarcas da Margem Sul. As posições dos defensores da hipótese Beato - Montijo mostraram nas suas intervenções que estão mais atrasados nos seus trabalhos, o que se justifica por, como foi dito, terem começado muito mais tarde,
De qualquer modo, faz impressão constatar como o Governo quer, outra vez, criar um facto consumado, no estilo do que aconteceu com a Ota. É verdade que, desta vez, se pediu logo o estudo ao LNEC; mas, como se percebeu ontem, a sociedade ainda quer debater o assunto que respeita a um investimento tão importante. Por exemplo, falam nos mais 60.000 carros que entrarão, de novo, em Lisboa. Mas nunca se referem os números actuais das entradas de carros e de pessoas em Lisboa, para se poder fazer uma avaliação em termos relativos.
Por outro lado, é bom ter presente que cada localização tem uma primeira razão diferente das outras. Ou, dito de outra maneira, o propósito de servir o novo Aeroporto e a rede do AVE(Alta Velocidade) não tem a mesma lógica de opções que o de descongestionar a Ponte 25 de Abril .
Importante é que as pessoas possam dizer de sua justiça. Que se oiçam todas as entidades, como, por exemplo, o Instituto Hidrográfico e todos os que costumam navegar no Rio Tejo entre estas duas margens. Que se oiça quem sabe e que, quem não sabe o necessário, que estude e deixe estudar. Manda o bom senso que a sociedade ainda tenha mais algum tempo para reflectir, debater e fazer assentar a decisão, seja esta ou outra. Com calma, com convicção, com serenidade.
Como veio a acontecer com a escolha de Alcochete para a localização do novo Aeroporto.

sábado, 5 de abril de 2008

Sem tabus


Eu gosto da revista Tabu que faz parte do jornal "Sol". Não estou a falar do jornal pois dar essa opinião levar - me - ia para outras perspectivas de análise. Exprimir uma apreciação sobre a revista não tem as mesmas implicações, pois o seu conteúdo não é sobre politica ou políticas. Apesar de que se nota sempre "o dedo". Por exemplo, no artigo sobre Jean Nouvel e o facto de ter ganho o prémio Pritzker de arquitectura, gostam de realçar que tem um projecto para Lisboa, desenvolvido após 2003. Mas não são capazes de dizer quem era Presidente da Câmara. Enfim, já se sabe que é assim. É pena!
Mas eu gosto da Tabu. Tenho pena que Paulo Portas tenha deixado de escrever. Ele e António Pinto Leite são dois talentos desperdiçados para o jornalismo. Têm talentos noutras áreas. Mas é pena que não escrevam todas as semanas num órgão de comunicação.
Também gosto de ler os textos insólitos de José António Saraiva. E aprecio bastante a persistência em falarem das famílias com muitos filhos. E estes são só alguns exemplos de espaços ou secções que gosto de ler.É uma revista algo cool. Descontrai e faz pensar com textos simples ou imagens bem escolhidas.
Normalmente os políticos só falam dos órgãos de comunicação para se queixarem. Eu, nesse aspecto, não fujo à regra.
Hoje, apeteceu- me escrever o que já disse a muita gente, incluindo o próprio Director do Sol: gosto de ler a Tabu.

RESPEITO

O que se passou com a história do telemóvel, da aluna e da professora mobilizou muitas atenções, intervenções, opiniões. Sem dúvida que é muito relevante a questão da autoridade , do respeito e da educação cívica nas escolas. Como são muito preocupantes as situações de violência nesses espaços que devem ser de ordem, aprendizagem, bom ambiente, paz, para uma formação equilibrada.
Com o passar dos dias, fui constatando, com tristeza, que não se dava o devido valor a um bem fundamental: o respeito à reserva e recato das pessoas da jovem aluna e da professora. para além das suas famílias. Agora, esse lado da "história" parece ter acalmado. Que se continue assim.
A jovem aluna que se integre na nova escola, a professora que continue as suas aulas. Que se debata, que se investigue, que se legisle, que se decida, mas que se tenha o bom senso de manter afastado quem, mesmo tendo errado, tem direito a não ser usado.
Para sermos um País melhor.