Agora estão na moda os speechwriters. Com os excelentes discursos de Barack Obama, o assunto voltou "à baila". A revista Sábado traz, esta semana, um artigo sobre Jon Favreau, descrito como tendo 27 anos, cheios de talento para o efeito, muito aproveitado durante a campanha do Presidente eleito. A CNN fez, hoje, um debate sobre o tema, com speechwriters dos Presidentes Ronald Reagan e Jimmy Carter. E, depois, no meio do debate, com um tema como este, passam partes impressivas de discursos ditos pelas pessoas com quem trabalhavam.
Ainda se podem compreender essas inconfidências provocadas por esses detalhes quando exista alguma distância temporal. Falar agora de quem escreve, como escrevem (e o que escrevem) os discursos, tão empolgantes, de Barack Obama, só o pode prejudicar.
As pessoas já sabem dos telepontos que são testemunhos, se não de artificialidade, pelo menos de alguma falta de espontaneidade. Agora, saberem também que as palavras que os tocaram não são dos próprios... Obama devia dizer ao promissor colaborador para ir escrever para outro.
Está muito desprotegido o trabalho do Presidente quase a tomar posse do cargo que conquistou com uma campanha tão marcante.
9 comentários:
Não estão na moda. Sempre existiram. Estavam era na "sombra".
Caro amigo e companheiro, o Senhor percebe o seguinte (aliás fomenta-o):
O mito dos "super-homens, "deuses" ou, na nossa cultura, "D. Sebastiões" tende a acabar. A equipa centralizada na voz do seu lider (como polo aglutinador dessas cinergias) é o futuro (quase presente). O valor dos elementos da equipa tem de ser valorizado e reconhecido por esse lider. É uma derivante do conceito de "gestão participativa" que tão bons resultados deu.
Não estão na moda. Sempre existiram. Estavam era na "sombra".
Caro amigo e companheiro, o Senhor percebe o seguinte (aliás fomenta-o):
O mito dos "super-homens, "deuses" ou, na nossa cultura, "D. Sebastiões" tende a acabar. A equipa centralizada na voz do seu lider (como polo aglutinador dessas cinergias) é o futuro (quase presente). O valor dos elementos da equipa tem de ser valorizado e reconhecido por esse lider. É uma derivante do conceito de "gestão participativa" que tão bons resultados deu.
MI,
Com o devido e habitual respeito, atrevo-me a dizer que o que deveras importa é que as ideias (substancia)sejam do próprio. As palavras são apenas a forma como se arrumam os conteúdos.
Saudações inquietantes
Dr. Pedro Santana Lopes
“Ninguém é mais dogmaticamente insistente na conformidade do que aqueles que advogam a "diversidade".
(Thomas Sowell)
Aquilo que a esquerda no mundo todo sonhava virou realidade: Barack Hussein Obama é o presidente dos Estados Unidos! Sua campanha bilionária foi mesmo de tirar o chapéu. Conseguiu mobilizar muita gente, conquistar através de seu carisma a emoção de milhões de eleitores cansados de um governo medíocre. O repetitivo uso das palavras “mudança” e “esperança” foi uma grande arma. Não obstante o facto de que a mudança pode ser para pior, e que a esperança pode ser a “grande falsária da verdade”, como nos ensinou Baltazar Gracian, resta questionar quais as verdadeiras qualidades de Obama que fizeram com que tanta gente ficasse tão empolgada com sua eleição.
Como Obama não é burro, já foi avisando, que muitas das promessas feitas, concerteza que não serão cumpridas e a desculpa é a tal crise "fabricada", para socializar o mundo e acabar com a iniciativa privada.
Aguardemos, novos episódios desta novela que se estreia a 20 de Janeiro de 2009.
Caríssimo Companheiro:
Se é certo que uma equipa deve trabalhar concentrada na projecção (e protecção)da imagem de quem a lidera, é também verdade que o líder deve depositar confiança e fomentar a proximidade com a equipa que escolheu. (e não há equipa em que não se cometam erros)E, para isso, deve escolher com base em dois critérios primaciais, senão únicos: competência técnica e lealdade. Tudo o resto é despiciendo. Receba um abraço da
SN
Dr Santana Lopes,boa noite
Eu que não sou Presidente de coisa nenhuma,quando ia para reuniões pedia à secretária que me resumisse tudo o que eu dissera sobre o assunto,tema dessa reunião.
Até agora,não tive conhecimento que ela tivesse ficado com o meu lugar.Dentro dos políticos portugueses,o senhor é dos que tem o domínio da língua portuguesa de que resultou,como sabe,ser apodado de populista.Tenho a certeza que há alguém a recordar-lhe alguns factos!Para o Presidente dos EUA tem de haver alguém que evite que ele perca tempo.É que ele fala do mundo inteiro e para o mundo inteiro.
Um abraço do
carlos monteiro de sousa
Estes Speechwrites são um bem necessário. Evitam perdas de tempo e tenho a certeza que Obama não proferiria um discurso (ainda que escrito por outrem) com o qual não concordasse.
Aliás os pontos de abordagem são certamente muito disutidos entre o Presidente e os seus imensos assessores.
E os discursos dos políticos portugueses?? são na integra dos próprios???
Não li a sabado. Mas fiquei com curiosidade para saber se foi só coincidência o washington post ter feito um artigo sobre ele há 1 mês.
Artigo aqui
A pequenez do político português. A técnica do eucalipto. A dificuldade de reconhecer o mérito e o talento. Muito típico.
O homem é bom e deve ser reconhecido por isso. Mérito para quem nele apostou, que o conserve e o motive.
A dificuldade dos políticos em Portugal se rodearem dos melhores passa muito por esse pensamento auto centrado. Pensei que fosse um político diferente, moderno e com sentido estratégico, neste momento fico com a ideia de que é mais um político que passa metade do dia a esconder as debilidades e fraquezas.
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