1- Pacto Nacional para a Educação;
2-Programa Nacional para a Ocupação do Território;
3- Proposta Nacional para o Aumento da Natalidade.
Estes são os pontos que no Porto, dia 4 de Dezembro, na evocação de Francisco Sá Carneiro. referi, como cimeiros, na lista de prioridades nacionais, para além dos respeitantes à Reforma do sistema politico e que foram objecto dos reportagens noticiosas.
Na reforma do sistema politico, insisti em propostas que há muitos anos defendo:
a- redução de 230 para 130 do número de Deputados;
b- criação do Senado para aproveitamento dos mais experientes com representatividade regional;
c-eleição de metade dos Deputados por círculos uninominais.
Tive ocasião de sublinhar que a contestação dos políticos e do sistema politico não pode ser inconsequente: se as críticas são tão veementes- muitas das vezes com razão- não se pode ter uma atitude de rejeição de reformas coerentes. O País precisa de mudança profunda.
7 comentários:
Doutor Santana Lopes,não acha que o povo já está farto de pactos,porque é sinal que não se vai chegar a lado algum?
um bom projecto para a educação,não precisa de pactos,mas sim de quem venha atrás prossiga a politica iniciada,o que acontece,é que os sucessivos governos tem fracassado.
Quanto aos deputados,acho que se calhar 50 chegam,para não se repetir a vergonha que aconteceu esta semana.Sempre votei no PSD e se há alguém a quem eu tenho que pedir contas,alguém que dê a cara,por essa gente que faltou,essa pessoa é o senhor,foi a si a quem eu dei o meu voto,que por sua vez ajudou a eleger esses deputados.Continuo a achar que você é das poucos politicos honestos,porque se o senhor tivesse rabos de palha,com os "amigos" que o senhor tem,já tinha sido cruxificado,ainda agora com as casas da camara era intenção chamusca-lo,mas os outros é que sairam queimados.Portanto acho que é o senhor quem tem que dar a cara,por individuos,que não devem figurar nas listas nas próximas eleições,porque senhor Pedro,nós não podemos exigir sacrificios e as pessoas que trabalham,o senhor não me conhece,mas modéstia a parte,sou um lutador,um vencedor,faço parte daqueles que tiveram que fugir de Angola e cheguei aqui com 12 anos,onde fui humilhado por ser filho de um retornado,com uma mão a frente e outra atrás onde comecei do zero,portanto sei o que custa a vida.Infelizmente não me revejo neste PSD,espero que a Manela,tenha o bom senso de sair antes de ser empurrada,porque neste momento,como diria a extrema esquerda nos idos de 75,o voto é a arma do povo,se o deres ficas desarmado e neste momento não me apetece ficar sem a bala que tenho.
Pois é!!! Também eu concordo consigo. Mas...
É por tudo isso que tanto o atacam. É por tudo isto que não conseguiu vencer as directas.
Como é possivel o que aconteceu na última 6ª-feira? Porque faltaram 30 deputados do PSD? Verdadeiramente alguém quer mudar? Acha que o "bloco central de interesses" permitiria isso que propõe?
É PRECISO RUPTURAS.
Na última 6.º feira, em que se votava a possibilidade de suspensão do regime de avaliação de professores, faltaram diversos deputados que se estivessem presentes poderiam ter feito mudar o sentido da votação.
Na reunião da Câmara Municipal de Lisboa em que se discutia o traçado da terceira travessia do Tejo, com todas as implicações que uma obra desse tipo tem para a capital, António Negrão não esteve presente, nem se fez representar, o que acabou sendo decisivo na votação final da posição a assumir pela CML.
Não é de todo aceitável que, na discussão de matérias tão sensíveis, representantes de uma parte dos portugueses e dos lisboetas, não contribuam para o debate e não assumam a sua posição no local devido.
Os anos passam e este tipo de situações sucede-se, em todos os partidos, sem que haja consequências de maior. Nas próximas eleições (quaisquer que elas sejam...) lá estarão novamente os mesmos deputados e vereadores faltosos.
Ou, aqueles escolhidos por determinados eleitores de um partido, que se candidatam com um programa desse partido, mas que acabam por "se passar" durante o mandato para outro partido alinhando com as suas posições, contrárias à dos eleitores do partido que o elegeu. Defraudando as expectativcas daqueles que nele votaram acreditando nas suas promessas.
É por estas, e por outras, razões que se verifica um afastamento dos cidadãos da politica, uma desconfiança em relação aos politicos e uma descredibilização das instituições.
Ao longo dos últimos 10 anos têm surgido diversas propostas que visam reformular o sistema politico e eleitoral português procurando mudar aquele paradigma. Que vão ficando pelo caminho por falta de vontade dos pequenos partidos e falta de convergência dos dois maiores, PS e PSD.
Uma das propostas sempre falada é a que propõe há anos da introdução dos circulos uninominais que visaria aproximar os cidadãos dos seus representantes. A par da criação do senado e da redução de deputados, que também defende há anos.
Num estudo recente, André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira fizeram uma nova proposta de reforma do sistema eleitoral a convite do PS (apesar do PS depois não ter recebido muito bem a proposta final...) e propõem o abandono da ideia dos círculos uninominais e a introdução do voto preferencial nos círculos de base distrital/regional.
A proposta é que os eleitores votem ou num partido ou num dos candidatos da lista apresentada pelo partido. Ou seja, o voto preferencial passa a ser possivel.
Mas em qualquer dos casos, o voto conta como voto no partido e o número de deputados a atribuir por partido é determinado pelo método D'Hondt.
É uma opção diferente que devia ser analisa e debatida.
E que poderia ajudar a contribuir para finalmente ser encontrado um consenso em relação a um tema essencial.
Não parecem existir dúvidas de que o sistema pode ser melhor, de que a politica pode ser melhor, de que o sitema tem de mudar. Só falta mudá-lo.
Com círculos uninominais ou sem eles. Com um senado, com menos, mas sobretudo, com melhores deputados.
Um abraço amigo
Amigo PSL,
permita-me lançar-lhe um repto: como companheiro de Sá Carneiro, deve tentar fazer as pontes da politica que defende em conjunto com o CDS, o PPM e quiçá com o partido do Sr Manuel Monteiro.
O rio não passa duas vezes debaixo da mesma ponte, mas foi com este equilíbrio de forças que a Direita fez algo de digno e salutar para o País.
Todos reconhecem que o próprio «cavaquismo» esgoutou-se por não haver INERNAMENTE o equilibrio indespensável.
Ainda agora, o Sr Pinto de Sousa vai praticar a auto-eutanásia por pensar que na Oposição são todos uns «magalhães», ou seja, sem ideias próprias, sem uma noção do Estado, e sem noção do ridiculo ou do aceitável.
A repartição do poder não fragiliza ninguém, e poderá ser dos poucos caminhos que dêm alguma esperança ao cinzento mediatico reinante!!!
Este pequeno Portugal precisa de gente Grande, sem apegos de poder, com equilibrios e moderados.
caso contrário, é melhor apoiarmos o pacheco pereira para tudo ficar na mesma...e as setas do partido a boiar, boiar, boiar!?
Um Abraço,
JFerreira
Boa Noite Dr. Pedro Santana Lopes concordo plenamente consigo na redução dos deputados e acho que em duas legislaturas se poderiam diminuir os deputados em dois terços, ou seja, passariam a ser no final cerca de 75 deputados, sendo metade desses eleitos por círculos uninominais.
Em relação ao Senado também concordo desde que seja para lá pôr os melhores e os mais experientes e não os amigos.
O que se passou esta semana no parlamento foi uma autêntica vergonha, mas o que se passou não foi novidade, pois já tinha acontecido anteriormente, é lastimável.
Este País necessita de todos os seus planos, mas principalmente necessita com urgência de um Plano Nacional de Salvação, salvação contra todos aqueles que delapidaram o nosso património e continuam a delapidar, ou seja a maior parte dos políticos.
V. Exa. deve ser dos poucos que escapa no meio destes políticos, pois se assim não fosse de certeza que a comunicação social já o tinha deitado abaixo e o que temos ouvido falar sobre a sua pessoa são coisas que não lesaram o País de maneira nenhuma.
Não se resigne, lute sempre pelos seus sonhos, o mesmo tenho a certeza que faria o Dr. Sá Carneiro, se não o conseguir no PSD, pois penso que é extremamente difícil, pois neste momento é um partido descaracterizado, faça-o noutro partido, não tenha medo, confie nos Portugueses, não nos que votam, mas sim naqueles que gostariam de votar mas não se reconhecem em ninguém, e olhe que são bastantes, principalmente jovens.
Um grande abraço, cordialmente.
Ricardo Araújo.
Concordo consigo no ponto fulcral que foca:
Precisamos de uma reformas profundas e estruturais no nosso sistema político.
Não compreendo por que raio de motivo é que ninguém conhece os seus deputados, e não pode reunir com eles em horários de atendimento fixos nas suas localidades de origem para debaterem os assuntos que preocupem a população desse Distrito.
E depois há também a questão da Disciplina de voto, que não faz qualquer sentido... os deputados deveriam ter autonomia de opinião e de voto, para que mais tarde pudessem prestar contas perante os seus eleitores.
É minha convicção que a aparente poupança no investimento público focado nos grandes centros urbanos do litoral - apenas porque se está a abranger mais população - nos vai sair bem cara.
Surpreende-me que este seu Post não tenha sido mais comentado. Recordo-me que na altura a "espuma do tempo" escondeu facilmente a substancia das coisas. Falava-se na altura e só, da ausência dos deputados na Assemb da Rep. Mas este Post é fabuloso.
Quando o li, senti um contentamento que me fez exclamar, "Uau... isto é mesmo o que eu penso". E quantos mais portugueses, independentemente dos partidos, pensam o mesmo?
Espero que volte a tratar destes assuntos. Compreendo que agora as suas preocupações são outras. Mas mesmo com o olhar em Lx não esqueça o País e o resto... Ajude-nos a formar boa opinião publica sobre estes assuntos (deste Post). Parabens.
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