domingo, 13 de janeiro de 2008

Memórias que não se apagam

Há pouco estive a ouvir um pouco do programa em que participa Clara Ferreira Alves.

Dirigiu a Casa Fernando Pessoa, instituição cultural da Câmara Municipal de Lisboa, durante o mandato para que fui eleito em 2001. Teve comigo sempre,durante esses anos, uma relação estimulante. . Muito me incentivou nas análises políticas que fazíamos sobre Portugal. Essas análises eram a dois, antes ou depois de outros temas em que participava Guta Moura Guedes.

Clara Ferreira Alves e eu fomos contemporâneos na Faculdade e, por isso, mais me sensibilizavam as suas palavras de desafio, apresentadas também como uma mensagem resultante de uma comunhão geracional.
Contactávamos mais, em termos de trabalho, quando das Feiras do Livro e da organização dos painéis de debate no Pavilhão da Câmara, situado no cimo do Parque Eduardo VII. Lembro-me das suas opiniões sobre as Presidenciais e a importância que teriam no futuro do nosso sistema político.
Foi quando mais contactámos um com o outro que mais senti o seu apoio, a vários títulos. Lembro-me também das suas opiniões sobre várias personalidades da nossa vida política. Chamava-lhe, brincando, "a nova Agustina". Era mais do que um elogio, pois é enorme a admiração que tenho por essa figura cimeira da nossa Cultura. Era um incentivo, talvez para retribuir os que sempre recebia de Clara Ferreira Alves enquanto exerceu aquelas funções.
São memórias que não se esquecem.

10 comentários:

Anónimo disse...

Chamava-lhe "nova Agustina"?! Eu prefiro chamar-lhe, de há muitos anos a esta parte, a "Alves ds Reis dos nossos dias"... É mais condizente com a realidade, com os factos, com as tropelias mitómanas desta sobrinha dilecta de Nuno Rocha. Ai, ai, ai...

Anónimo disse...

Então senhor DR, não responde á pergunta sobre a sessão da CM de ontem? Não coloca o meu post? Estou tão curioso de saber o que acha de tudo. Aguardo ou não responde?Ainda fico mais curioso.

José M. Barbosa disse...

Exmo. Sr. Dr. Santana Lopes,

É por estas e por outras que o senhor nos é caro, pessoa em quem podemos, de facto, confiar.

JMB.

... disse...

Caro Dr. Pedro Santana Lopes,

“A nova Agustina” é, sem dúvida, um atributo de elevado reconhecimento. Clara Ferreira Alves é, na impressão deste seu leitor assíduo, também uma intrigante Sibila. Alguns odeiam-na, em especial, VPV, o azedo, porque se vêem ao espelho e não gostam do valor inferior (deles). O seu (dela) verrino sarcasmo, quase anti-patriótico, dói e os visados, com a sua diatribe, até aqueles que a admiram, queixam-se de duras e delirantes ferroadas acompanhadas de um frenesim mediático, sempre, muito sonoro.
PSL deve estar atento! O reconhecimento não tem sido mútuo o que suscita surpresa. As circunstâncias desfavoráveis também moldam os espíritos. É pena!
Mas, neste país que é "redigido por homens" (sic da própria), a sua visão tem sido, sem dúvida, clarificadora e os seus textos são como uma lupa cristalina sobre a lusitana nação. Quem dera que, mais vezes, ela, com prazer, viajasse para fora cá dentro, ela e muitos outros jornalistas que, parece, andam distraídos ou, por serem inúmeras as trampolinices da governação, andam completamente perdidos. Já é uma série (deles).
Se alguns se encontrassem, já estaríamos a descobrir outros caminhos para Portugal!

Ricardo Araújo disse...

Boa tarde Dr. Pedro Santana Lopes, como eu o compreendo, não há pior coisa na vida do que a traição, ou a perda de faculdades com o esquecimento de quem nos fez bem.

Essa senhora deve ser uma frustrada e essa frustração está acima de tudo, ainda ontem no programa ela chamava aos colegas de machistas, só pelo comentário que eles fizeram sobre Hillary Clinton.

Há pessoas que não merecem as palavras que aqui se escrevem, pois é dar-lhes demasiada atenção, mas fez bem em lembrar que não esqueceu as pessoas a quem V. Exa. tanto fez bem e na altura tanto foi criticado.

Um grande abraço, cordialmente.
Ricardo Araújo.

Anónimo disse...

DR:PSL
Esta indirecta a Clara Ferreira Alves, está no maior estilo.

Cumprimentos
Manuel Silva

Anónimo disse...

Infelizmente não estou de acordo. Essa senhora já lhe mandou também algumas ferroadas, uma no cravo outra na ferradura, exactamente depois de ter estado na Casa Fernando Pessoa.

José M. Barbosa disse...

Exmº Senhor Dr. Pedro Santana Lopes,

Percorri o seu “blog” desta vez lendo os comentários, uma vez que já tinha lido o que aqui escreveu. Alguns deles, por si publicados, como é apanágio do seu carácter e personalidade fazê-lo, fazem jus ao que de pior se tem feito neste país desde essa data admirável, assinalável, que é o 25 de Abril. Os comentários a que me refiro, são a antítese da pedagogia que se pode e deve fazer, com a qual o senhor se preocupou enquanto secretário de estado e como nosso Primeiro Ministro. É pena que a memória seja curta para tantos. É pena mesmo. Aderi à Juventude Socialista ainda em 74, e mais tarde, como dirigente local na secção do Estoril (S. João), tive o privilégio de privar com personalidades tão diversas como a de António Guterres, José Luís Nunes (saudoso), Lopes Cardoso, Manuel Poppe e muitos outros com os quais criei uma grande afinidade de pensamento em matéria de políticas sociais. Enquanto responsável, mantive boas relações com todos os partidos (a excepção foi com o PCP em 1975). Assisti mais tarde ao esvaziar do PS do qual me desliguei em 81, para assistir hoje ao que de mais apócrifo se “vende” como “resultados” dos anos de governação deste partido. Voltando ao essencial, nem os políticos do partido no poder, nem os meios – imprensa, televisão, rádio, etc – são capazes duma atitude crítica, pedagógica, perante aquilo a que impavidamente assistimos. E sabemos porquê. À semelhança do aconteceu hoje com o BCP. Sem nenhuma pretensão paternalista, o nosso bom povo precisa de dirigentes e governantes que saibam exercer uma pedagogia saudável, para que algum dia saiba de facto viver em democracia. Não sou um lambe-botas, exactamente por estas razões. O meu avô paterno, viveu 38 anos no exílio. Exilado por Salazar, obviamente. Porque obviamente se opôs a este (E)estado de coisas.

Cordialmente,

JMB.

Anónimo disse...

´A sua amiga da onça' anda a mandar bocas à sua reforma, e, a chamar idiotas aos do seu partido, no programinha da má lingua na tv.

Unknown disse...

PSL:
Felicito-o.
A luva branca não é para todos.
Nos dias que correm, aliás, a luva tem muitas vezes de ser de pelica grossa, para que os demais (e às vezes os visados) a entendam como tal.

Os tempos não estão para subtilezas, hèlas...
...
Vai desculpar-me, mas não sou dos que o consideram uma "possibilidade" nacional.
Acho que fez o pior possível pelo país e pelo PSD.

Aprecio contudo que, pelo meio do seu destino de não-vulto político de 1ª água, persista em se revelar uma pessoa agradável e com savoir faire.
Tenho até pena que o poder de distanciamento emocional que essa atitude supõe da sua parte não emergisse nunca na sua praxis política, quanto a assuntos mais sérios. Sabe bem que o que demonstrou foi precisamente o contrário... e que aí residiu a chave de tudo.

Penso ainda, honestamente, que o seu problema é de "medida".

Comparar CFA a Agustina é um exemplo disso, fetichismos à parte.
Sem mais trazer à colação, como é possível querer igualar a consistência entre as duas, comprovada em cada caso pelo simples teste do desempenho na vida?

São estas coisas que retiram credibilidade aos seus juízos, pelo gritante simplismo e superficialidade.

Porém, quanto à luva branca, gostei.
Considerando as desonestidades morais da pessoa em causa, aliás exercidas em público.

Sinceramente: -Tenha uma vida feliz!
(em muitos aspectos merece-o, mas acho que aí não precisa dos conselhos de ninguém)!