sábado, 10 de novembro de 2007

SEGUIR PARA DIANTE

Aí chegou o previsível ataque da Imprensa de fim- de -semana. Quem? Não interessa. No geral, as opiniões dos mesmos de sempre, nomeadamente, J.P.P., M.S.T., J.M.F.. Não só, mas, principalmente, estes.
Antes do mais, é preciso saber ler. Os Portugueses devem saber que foram estes que tudo fizeram para que o P.S. e Sócrates chegassem ao Poder. E sabem como está hoje o País. Funcionam por ódios. Rigor, interessa pouco.
É preciso dizer-lhes que não conseguem abanar. Mesmo incomodar, já incomodam pouco. Já direi adiante, o que não admito. Mas tenham a certeza que não fazem vacilar. Vamos continuar firmes no caminho traçado, por muito que lhes custe.
Não tinham ninguém a pedir contas pela fraude política em que têm baseado os supostos feitos da sua governação? Pois vão ter. A "famosa" previsão do deficit de Victor Constâncio é tema definido pelo Presidente do PPD/PSD e por mim próprio como de relevância cimeira na nossa agenda política. Vão mesmo ter de enfrentar esse assunto o resto da Legislatura.
Inventem. Manipulem. Caluniem. Chegam mesmo ao ponto de escrever que as eleições para a Distrital de Lisboa significam uma vitória de Luís Filipe Menezes sobre mim. Mas como? Como?
Onde disse eu alguma palavra, onde tive algum gesto, que possa ser entendido desse modo? Que pessoas próximas de mim estavam nas listas de Helena Lopes da Costa? Quem? José Correia(assumido "barrosista"? Dias Ferreira(irmão de Manuela Ferreira Leite?)? "Santanistas"? E nem sei quem eram os outros membros da lista...
Rui Gomes da Silva estava lá? Pedro Pinto? Algum outro Vereador da Câmara que dirigi? E Luís Filipe Menezes apoiou a outra lista? A sério? Quem pode acreditar nisso?
Ainda há semanas, quando L. F. Menezes ganhou as directas, Helena Lopes da Costa era "barrosista"- "menezista"... Agora que perdeu estas eleições, voltou a ser "santanista"? É absolutamente extraordinário!
Inventem, manipulem, caluniem. Mas tudo isso não me desvia da minha maneira de ser. Apesar de ter reafirmado que não tomava partido na campanha, assumo a minha amizade e a minha solidariedade com Helena Lopes da Costa. Quero-a ao meu lado a combater nestes tempos que aí vêem. Tenho muito gosto se for considerada "santanista".Sei que está triste com muitos que tanto apoiou, há anos ou recentemente, e que, agora, a deixaram. Sei que ficou triste por eu não me poder envolver. Mas um ex- Presidente do Partido e, noutra dimensão, um Presidente do Grupo Parlamentar, não o deve fazer. Pode voltar a estar disponível, mas para combater os adversários ou inimigos externos.
O principal é prosseguir a rota traçada. Quem acompanhou, sabe como o PS ficou desorientado com o debate parlamentar. Inventam, manipulam, caluniam. Mas a verdade é que terminaram o debate muito agitados. Como alguma Imprensa destacou, passaram o discurso de encerramento a atacar o PPD/PSD, Luís Filipe Menezes e as suas supostas contradições e a mim próprio. Perdem tanto tempo com um derrotado? Não pensem que enganam alguém
O que gostam é de escolher quem os enfrenta. Gostam de escolher os adversários e até os temas que podem ser falados. Criam encenações e depois dizem que foram os outros. Quem falou este tempo todo no debate que aí vinha? Tive mais de 70 pedidos de entrevista ou de depoimento para falar do debate antes de ele ter lugar. Recusei todos. Falei com um jornalista uma semana antes, fazendo exactamente o contrário... Escreveu que eu procurava baixar as expectativas e escreveu também o que eu lhe dissera em OFF RIGOROSO.
Fui eu que criei essa expectativa? Nunca falei. Mesmo na crónica da TSF, na véspera, quando gravei essas palavras em que falei de um novo ciclo, não estava, obviamente, a falar de mim. Evoquei a vitória de Cavaco Silva porque a data era ,de facto, a mesma. Mas o novo ciclo era, e é, a liderança de Menezes, a nova linha política, a ruptura das propostas e da estratégia que estão definidas. Como o demonstram as sondagens que já saíram sobre vários aspectos deste novo quadro político. Como, quer gostem, quer não, o que se disse no debate do Orçamento também o é. De qualquer maneira, antes do debate começar, ninguém reproduziu essa crónica pelo menos, que eu tenha lido ou ouvido. e toda a expectativa já existia antes desses simples dois minutos.

4 comentários:

Jorge Rita disse...

Não preciso de ser eu a lembrar o papel do markting na política.não preciso de ser eu a dizer que José sócrates é mestre na oratória política. Na forma como se dirige ao povo. Tenho pena que Menezes siga a mesma linha.
A comunicação social deixou de ser o quarto poder para ser a força que surge logo a seguir ao poder económico e antes do poder político. Diz o povo que "um boato dito muitas vezes se torna num facto".Pode não ser facto, mas José Sócrates, pelo que se diz o tal poder, o segundo, deu "banho de bola" no debate que manteve consigo no Parlamento. E a história é isto que vai registar.

Carlos Santos disse...

Caro Jorge Rita, não será porque o "quarto poder" está dominado pelo Partido Socialista? Se não acredita faça uma pequena pesquisa e veja quem controla a dona da TVI. Só um "pequeno" exemplo...

Ricardo Araújo disse...

Boa tarde Dr. Pedro Santana Lopes, em relação a estes comentadores e a outros, é preciso dizer-lhes que de uma vez por todas assumam aquilo que são e aquilo que querem, ou seja de que lado estão, pois eles não fazem outra coisa senão dizer sempre mal de tudo e de todos. Por outro lado se pensam que fariam melhor, então é altura de arregaçarem as mangas e fazerem algo de útil e construtivo para o nosso País, caso contrário imigrem.

Na minha última crónica tinha dito que neste País a imparcialidade não existe e o caso mais berrante é o do Governador do Banco de Portugal, que com o ordenado que aufere, segundo relatos, é mais elevado que o do Presidente da Reserva Federal Norte Americana. Não deveria ele ser o garante da isenção? Se não o é, então é altura de deixar o cargo à disposição, ou então, quando muito se fala na contenção da despesa, deixava aqui um repto ao Governo, se não deveria começar por estes senhores.

Na vida temos de traçar um rumo sério e credível e por muito que nos apareçam alguns percalços, não nos devemos desviar dele, pois com seriedade lealdade e credibilidade, iremos ter frutos.

Não podemos fazer como este governo, que muito prometeu, mas que pouco cumpriu, é tempo de aprender com esses erros e não cair nos mesmos. Vimos nas últimas semanas o líder do PSD a fazer afirmações contrárias ao que tinha dito quando não era líder. Nós não deveríamos ter a mesma opinião seja no poder ou seja na oposição?

Não podemos deixar o governo hipotecar o futuro deste País, refiro-me ás obras da Ota e do Tgv, bem como o negócio das E.P., isso sim, seria uma pesada herança deixada as futuras gerações.

Mais uma vez volto a questionar-me, se os Portugueses algum dia abrirão os olhos, para reflectirem sobre o modo como se faz politica em Portugal, bem como a maneira como este País é gerido, esperando que nessa altura não seja tarde demais e já não se possa consertar todo o mal que se gerou neste pequeno Portugal.

Um Grande Abraço, cordialmente.
Ricardo Araújo

Filipe disse...

Com o devido respeito, pois considero que é a condição essencial no convívio entre pessoas educadas, parece-me que este blog segue um rumo do tipo - "Perdoa-me". O seu mentor está perfeitamente no seu direito de o direcionar como melhor entender. Quem o lê, sendo ele público, está também no seu direito de dar uma opinião.