segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Congruência

O facto de referir a inauguração da linha de Alta Velocidade na Galiza não significa que não compreenda as dificuldades de Portugal e as limitações existentes.
Sempre fui favorável ao TGV e não mudei de posição. Impressiona - me, isso sim, o contraste, também nesse aspecto, entre o território nacional e o território de Espanha. Basta conferir no site da http://www.renfer.com/. Mas pode ser dito que essa opção não foi afastada, ou reduzida, por triunfo de um movimento pró - Aeroporto. Houve congruência na posição face aos grandes investimentos. Foi definida uma posição de princípio e todos foram afectados. Tem de ser respeitado. Ainda para mais, quando já foi anunciado o caminho de adaptação à bitola europeia, pensando - se, sobretudo, nas mercadorias.

4 comentários:

o cusco....... disse...

O problema de tudo foi bem explicado no post sobre o tema, Dr. Santana Lopes.
Os "interesses" de uns e outros atrasam a vida dum povo. Sempre. Os lobby's. Os de sempre como sempre e sempre….
Mas que interessa isso se nós podemos ir de Jacto particular, não é ?(nós não..."Eles"!).....

Nuno Silva disse...

Dr. Santana Lopes

Penso que o endereço do site não está bem!
Deve ser www.renfe.com

Mentat disse...

"Sempre fui favorável ao TGV e não mudei de posição."

Caro Dr. Santana Lopes

Está sempre a tempo de mudar de posição.
E em vez de lhe dar argumentos para o fazer, vou-lhe sugerir que recorde alguns conhecimentos que adquiriu na sua formação pessoal e que junte alguma informação técnica.
Depois de o fazer, diga-nos se tem alguma lógica Portugal ter TGVs?
Aliás, se tem alguma lógica que Portugal tenha, em caminho de ferro, mais do que linhas de bitola europeia, para transportar mercadorias, a ligar Portos marítimos, como Sines, à Europa?
Assim cá vão os conhecimentos que deve concatenar:
1. Orografia de Portugal
2. Orografia dos Países europeus com TGV
3. Número de países europeus com TGV
4. Inclinação máxima dos troços de linha férrea (mesmo que não sejam para TGVs)
5. Aceleração máxima de arranque e travagem
6. Tamanho mínimo dos cantões de segurança
Depois se quiser juntar mais uns dados de carácter económico, como por exemplo, montantes de incorporação nacional no funcionamento dum sistema destes, diga-nos sinceramente se ainda acha lógico construirmos TGVs, em vez de barcos de mercadorias por exemplo?
.

silva disse...

É insustentável manter empresas e empregos com empreitadas de obras públicas.
Estes investimentos devem ser extraordinariamente bem planeados, pois no ordenamento do território devem ser considerados como catalisadores de um desenvolvimento sustentável, quer do ponto de vista urbano quer do ponto de vista do desenvolvimento do interior do território de forma a combater a desertificação do interior.
Infelizmente estas grandes empreitadas ficaram sujeitas a grupos de pressão e lobies exteriores que em nada têm contribuído para o desenvolvimento do país.
A título de exemplo veja-se o enorme prejuízo e encargo para a REFER da Estação do Oriente, ou ainda e na ordem do dia a Barragem do Tua, com a destruição irreversível de uma da zona excepcional do país em termos de recursos naturais, por isso Paisagem da Humanidade (defendida por instituições internacionais).
Não podemos consecutivamente criar encargos futuros com este tipo de projectos, onerando as gerações futuras, e consumindo os recursos de um desenvolvimento económico sustentável do nosso país.