sábado, 30 de abril de 2011

Proximidades

«Agora, a São Caetano à Lapa é de Passos Coelho e dos seus acólitos. E, entre estes, Relvas é o que goza de mais proximidade e até intimidade com o líder.
O suficiente para que, num dia difícil em que acabou de chegar de um encontro viril com José Sócrates por causa do resgate financeiro do país, Passos atire despreocupadamente ao amigo: «Tens o cabelo diferente, Miguel. O que é que fizeste?» Interrompendo a combinação do habitual almoço com Miguel Macedo, o secretário-geral do PSD ensaia uma resposta de algibeira: «Mudei de shampô, deve ser isso. Mas já se nota?» O líder sorri, com a franqueza só possível em dois amigos de longa data.
«Não é isso, o cabelo está diferente», e os dedos avançam à frente das palavras na direcção da cabeça do secretário-geral. «Estás a dizer que estou melhor?» Passos concorda: «Se era para ficares melhor, ficaste.» Riem os dois.
É esta cumplicidade que permite mudar de imediato a conversa para um registo sério quando desatam a acusar José Sócrates de ter entrado por uma política de terra queimada e assumem que a entrada do FMI em Portugal será acompanhada por medidas de austeridade muito severas.»

Foto da Sede do PSD - SolSede Nacional do PSD

De uma reportagem de hoje com Miguel Relvas, Secretário - Geral do PSD, na NS´, Revista do DN.

10 comentários:

jose vieira mesquita disse...

Meu caro Pedro Santana Lopes,
Entendi muito pouco ou nada do "fait diver" intitulado "intimidades".
Assim, compreendo menos ainda que o PSL, militante do PSD/PPD de longa data, sirva este tipo de situação com meta não declarada o que agrava o propósito.
A luta política dentro do Partido, mesmo não se gostando de Relvas, não se faz desta maneira.
Apreciaria ver o amigo Pedro esclarecer ou postar-se doutra maneira. Admito estar a interpretar mal mas deixo ao Pedro os esclarecimentos que entenda.

jose vieira mesquita disse...

Meu caro Pedro Santana Lopes,
Entendi muito pouco ou nada do "fait diver" intitulado "intimidades".
Assim, compreendo menos ainda que o PSL, militante do PSD/PPD de longa data, sirva este tipo de situação com meta não declarada o que agrava o propósito.
A luta política dentro do Partido, mesmo não se gostando de Relvas, não se faz desta maneira.
Apreciaria ver o amigo Pedro esclarecer ou postar-se doutra maneira. Admito estar a interpretar mal mas deixo ao Pedro os esclarecimentos que entenda.

zpf disse...

Por coincidência, acabei de ler um dos textos mais ridículos, mais servil e bacoco sobre alguém que alguma vez (e já lá vão uns anos) me foi dado ler. Falo do "perfil" de Miguel Relvas da autoria do jornalista Adelino Cunha publicado na revista do DN. Não tenho grande simpatia pelo primeiro (e tenho razões de sobra para tal...) e do segundo guardo na memória um episódio menos feliz de alguém que em tempos e contrariamente a um acordo profissional estabelecido "roeu a corda" à última hora e de uma forma pouco elegante. Mas tudo bem. Adiante... Já fui jornalista e sei que algumas vezes - por conveniência, cumplicidade ou mesmo amizade - se façam alguns "fretes" a este ou aquele. Quem nunca o fez? Mas, como em tudo na vida, há limites... E o escriba em questão ultrapassou-os... Todos! Escreveu um dos panegíricos mais indecorosos que alguma vez me foi dado ler. Falemos claro: um texto inacreditável, que caso - autor e retratado - tivessem alguma vergonha na cara, diriam tratar-se de uma "gralha" de nove páginas...

Zé Paulo Fafe

Jorge Diniz disse...

Caro amigo PSL, também não entendi nada. Ou melhor, não ouso sequer interpretar, sob pena de parecer injusto nessa interpretação.
No entanto, desde já afirmo: é necessário congregar todos os esforços para afastar quem tem mal fez ao País. É necessário afastar de vez esse "grupo organizado" antes que o País pereça sob os despojos.

o cusco....... disse...

Não vejo nada de mais em que colegas de Partido seja íntimos amigos, aliás é até saudável.
Haverá certamente alguma víbora invejosa e mal formada ( sempre o há, geralmente mulherio ou parecido ) a tentarem minar essas amizades, mas está na mão dos intervenientes deixarem-se manipular, serem naifes, acreditarem nas mentiras ou não.
Nisso o Partido Socialista está de parabéns. Um por todos e todos por um, doa a quem doer.
Temos no entanto e neste caso um problema quase sociológico, tendencial, de classes sociais e educações vindas das mesmas.
No fundo somos fruto de como nos impuseram os ideais. Poucos pensamos por nós próprios e por isso o mundo não anda na direcção certa.
Estamos sempre preocupados com o que os outros pensam e não nos concentramos naquilo em que realmente acreditamos.
Se acharmos que existe um ataque a opções sexuais, então é mais complicado porque estamos a fazer, primeiro, um juízo de homofobia a quem fez o post, que garanto, não sofre desse mal, e nós próprios a pôr-nos a jeito de o sermos ao julgar o mesmo comentário como depreciativo, insinuando uma sexualidade, que penso não estar implícita, e mais, quando a mesma é será normal, seja ela qual for.
Estamos no século XXI, não?
A Era das trevas Medievas acabou há séculos.
Até o Beatificado hoje, dia da mãe, O Santo Papa João Paulo II, o Papa por excelência, durante o seu “único” e positivo Papado, pediu perdão a Galileu e ao mundo pelo seu assassinato ! Morto por dizer a verdade, que a Terra era redonda, e que um par de chanfrados e loucos, tão homens de carne e osso como ele, em nome dum Deus cruel que não existe como tal, o assassinaram.
O “homem” dita como é Deus! Imagine-se o grau de pretensão e anormalidade. Até o desenham e pintam à sua semelhança. Um Senhor velho, de barbas brancas. Coitados de nós pecadores, pretender que Deus fosse como nós…Assim temos evoluído até aos nossos dias…ensanguentados em revoluções, guerras, biliões de mortos, todos eles "homens", em nome de um Deus provavelmente horrorizado com a nossa loucura.
Mas voltámos à liberdade das mais velhas Democracias europeias, como a Grécia antiga, ou mesmo do nada democrata Império Romano, que antes do “homem” deturpar incrivelmente a palavra de Jesus Cristo, o sexo, tinha sido sempre a coisa mais normal do planeta.
José Vieira Mesquita ficou intrigado com o seu comentário. Confesso que tive que o ler 3 vezes para verificar que não foi m ataque pessoal. Geralmente leio PSL sempre 2 vezes. É um homem muito inteligente e tem-se que ter muito cuidado para não mal interpretá-lo.
Não vejo isto como ataque nem pouco mais ou menos, mas...como diz Mesquita, "deixo ao Pedro os esclarecimentos que entenda".
Transcrevo o que entendo como positivo:
"Riem os dois.
É esta cumplicidade que permite mudar de imediato a conversa para um registo sério quando desatam a acusar José Sócrates de ter entrado por uma política de terra queimada e assumem que a entrada do FMI em Portugal será acompanhada por medidas de austeridade muito severas".
Como diz a "outra": Trabalho é trabalho, Champagne é Champagne.

Hugo Correia disse...

Tentei, confesso que tentei...ler do princípio ao fim, mas não consegui.

Carlos Fonseca disse...

Acho que de cada vez que PPC aparece nestas "revistas" e com este tipo de "promoções" (ainda que neste caso indirectamente, já que o protagonista parece ser Relvas)o PSD perde votos.

Não seria possível aparecerem menos nestas "revistinhas" e fazerem mais política?

Toda a gente ganharia. Penso eu.


C. Fonseca

Anónimo disse...

Quando se fizer o balanço desta campanha pouco mais ficará do que a análise do paradoxo da campanha laranja se ter tornado cor-de-rosa.
Mascara-se a falta de capacidade política com uns episódios nas revistas do coração. E o Relvas, acham que ficou melhor?

antoniojose disse...

Normalmente o PSL faz comentários políticos, com os quais podemos discordar ou concordar, bem fundamentados e que fazem algum sentido. Este é imperceptível, inoportuno, e leva-me a pensar que no PSD há uma enorme tendência para nos autoflagelarmos e para avivarmos as diferenças e não potenciarmos o que nos une. Nestes dias sombrios para o país, precisamos muito dos portugueses, mas mais ainda dos verdadeiros patriotas, daqueles que têm como objectivo central evitar que Sócrates volte a ser o Primeiro-Ministro de Portugal e antes não contribuam para que Passos Coelho não seja o mais votado.
Também posso perceber que nesta azáfama, e nesta batalha eleitoral, o shampô que o amigo Miguel Relvas passou a usar não tenha sido a melhor escolha, independentemente dos resultados, deve ter escorrido em parte para os olhos, que ficaram a arder e perturbou-lhe a habitual clarividência. Mas isto são fait-divers, o essencial é impedir que o PS nos ponha a todos a pedir por portas.

António Transtagano disse...

Ó Cusco, não seja ignorante! Galieu não foi assassinado!!!