Quando será que a verdade da convicção voltará a vence a verdade da comunicação?
Quando acabará este desnorte, sem freio, que leva pessoas sensatas a entrarem pela via do disparate?
Quando será que termina este ciclo horrível na vida política Portuguesa?
Quando acabará a ficcão e o surreal? Será possível pôr de lado preconceitos? Será possível serenidade, elevação, responsabilidade?
Quando voltará Portugal a ser a razão principal das opções a tomar?
11 comentários:
10. O mais excelente antídoto para a cólera é o tempo; ele permite que languesça o primeiro fervor e se dissipe ou atenue a névoa que cega o espírito. Alguns dos transportes que te enfureçam hão-de moderar-se, não digo num dia, mas numa hora; alguns desvanecer-se-ão totalmente. [...] Para conhecer a fundo uma coisa, basta confiá-la ao tempo.»
11. Luta contra ti mesmo, se queres subjugar a cólera: ela não te poderá vencer. Começarás a vencê-la se a emudeceres [...] Escondamo-la no mais recôndito do coração, e seja ela levada, não que nos leve ela. Outrossim, torçamos em direcção contrária todos os índices que a manifestam: que as feições se descomprimam, que a voz se suavize, que a passada afrouxe; pouco a pouco, há-de o interior imitar o exterior.»
12. Quão mais judicioso é dourar uma ofensa que vingá-la! A vingança toma-nos muito tempo e a demasiadas ofensas se expõe por condoer-se de uma só. A nossa cólera é, nessas circunstâncias, mais duradoura que a ferida que nos infligiram. Melhor será inflectir o rumo e evitar responder a uma iniquidade com outra.»
13. «Contra este te encolerizas, depois contra aquele; [...] contra os pais, depois contra os filhos; contra os conhecidos, depois contra os estranhos; por toda a parte abundam os motivos se o espírito da conciliação não acode. De um lado para o outro te transportará a cólera, e, com o passar do tempo, novos motivos darão à tua raiva um alimento perpétuo. Ah, infeliz, quando chegarás tu a amar? Quanto tempo precioso perdido com coisas vis!»
14. Não façamos comparações e rejubilemos com a sorte que nos cabe; nunca será feliz aquele a quem atormente outro mais feliz. [...] Melhor é dares graças pelo que recebeste; o resto, espera-o e rejubila-te de ainda não estar cumulado: é um prazer ter algo por que esperar.»
15. «Pensa para contigo que ainda tens muito a sofrer. Quem, porventura, se surpreende de passar frio no Inverno? Quem, porventura, de enjoar no alto mar, ou de ser molestado na rua? Forte é a alma preparada para o que há-de vir.»
16. «Castigar um homem irado, e deixar-se tomar pela própria ira, é excitá-lo: abordá-lo-ás de forma subtil e vária, a menos que sejas um indivíduo tão eminente que possas refrear a sua ira.»
17. «Concedamos à nossa alma a paz outorgada pelo cumprimento dos preceitos sadios e das boas obras, por um espírito exclusivamente apontado ao desejo da virtude. Satisfaçamos a consciência e não nos importe a reputação; inclusivamente, torne-se ela calamitosa, conquanto o seja por boas acções.»
18. «Que mais, além da morte, desejas àquele que te irrita? Sem que faças o mínimo gesto, ele acabará por morrer. Malbaratas as tuas forças a intentar o que a seu tempo se produzirá. [...] Enquanto estejamos entre os homens, pratiquemos o humanitarismo.»
Séneca, Da cólera
Caro Hugo Correia, este seu comentário faz-me recordar (pelo estilo) o Azevedo, que também muito percorreu Gaia (não sei se ainda percorre).
Tudo isto par questionar: conhece o Azevedo?
Meu Carissimo amigo Dr. Pedro Santana Lopes, para as suas perguntas apenas tenho uma respsota de um GRANDE senhor que trabalhou para a nossa democracia, e que o Dr. teve o previlégio de privar com essa mesma pessoa. "A Democracia é difícil e exigente, mas dela não nos demitimos".´Francisco Sá Carneiro
Jorge Diniz,
Não sei a quem se refere. Provavelmente não o conheço, as minhas paragens são um pouco mais a Norte. Quanto ao estilo, não é da minha autoria. Limitei-me a transcrever uma passagem do "Livro da Tranquilidade", o meu 'pocket book', onde a sua autora, Olívia Benhamou entitulou, neste tema específico, como «as regras elementares para não sucumbir à cólera». Enviei também os primeiros nove pontos por duas vezes que, por erro no envio "too large" ou simplesmente por opção de Pedro Santana Lopes, que tem toda a liberdade para o fazer como é óbvio, não os expôs na caixa de comentários.
Só quando cá entrar o FMI.
Séneca e o seu genial "De Clementia" enderaçado a Nero. Naquilo que pode ser considerado uma "teoria geral do estado". Ponho entre aspas, porque esta noção não é, nem pode ser consensual. Muitos autores referem-se igualmente a "teoria do governo" ou "teoria do poder".
Mas chamado a terreiro, politicamente falando, é bom não esquecer uma outra faceta igualmente interessante para o caso,( o Quando? do PSL) abordada no "Apocolicyntosis divi claudii". (O Cláudio já estava morto claro está. Senão, a coisa tinha corrido muito mal)
"de vita Caesarum" (Suetõnio) é que seria hoje actualississimo. Porque afinal,"Reina felicidade neste tempo, onde é permitido pensar o que se quer e dizer o que se pensa" Tácito! Dele próprio.
Não conheço o pocket book da tranquilidade mas corro a conhecer :) Sucumbir à cólera é que nunca. Antes ao riso.
"não se pode ser sério a rir?"
Gotthold E. Lessing
George Sand
Tenho a solução! Feche-se a toca do Coelho, por onde se escapuliu Sócrates para o país das mil maravilhas. De lá governa sempre com um sorriso de felicidade na boca.
Anónimo/a
E será que nós somos a Alice a escorregar pela toca do coelho abaixo? É que eu francamente não acredito em coelhos nem com cratola nem com relógio de bolso nem de forma nenhuma
Boa abordagem essa, através de Lewis Carrol.
George Sand
Mon/ Ma cher/Chère Georges Sand,
O Lewis Carrol era um homem de visão...e veja só, não é que ele adivinhou? Eu também não acredito em coelhos, sobretudo os coelhos bébés,sendo certo que o saber político pode não escolher idade.
No caso da nossa «toupe» política, há demasiados cordelinhos, muito controle à distância e muitos podres interrelacionados...Daí que «the wonderland» seja um espaço aberto apenas a uns, mas suportados por outros - os asnos, reais asnos -, cansados e tão bem visionados e descritos pelo Junqueira, pelo Pessoa e essa «gente» toda das letras, que observavam e jorravam os seus escritos tão críticos e sabedores. Escreviam com a língua no coração e, por isso, o resultado só podia ser o «está certo».
Portugal não vai ser limpo de jeito nenhum. O vício enraizou-se, as caras são sempre as mesmas e eu afasto-me da merda, para não a pisar nem nela escorregar. Cria minha não é dada a Portugal, não ao Portugal de um ORDINARIO que faz os cornos a eleitos, não a um ORDINÁRIO que chama Manso a não sei quem, não a um outro conjunto de deputados de esquerda que tão aguerridamente se alimentam do caos para, também eles, poderem manter a sua fonte de rendimentos.
Muito menos a um Portugal onde a prescrição penal acontece, a corrupção não se prova, o executivo aplica leis retroactivamente, assim retirando direitos adquiridos a um conjunto de doentes crónicos contaminados pelo executivo de Cavaco Silva, entre outras e outras grosserias que poderia elencar por aqui. O respeito pelos direitos humanos não se ignora só na Venzuela, China e outros países do género, mas também em países como Portugal - país governado por burros, pior, ignorantes, que nem sequer se apercebem da potencialidade que tem, mais que não fosse pela posição geográfica que detém. Estou em crer que um merceeiro à antiga conseguiria governar melhor Portugal, de resto, não creio que gostasse de ver o seu nome numa montra em Beverly Hills. Ele ia sentir-se envergonhado, ainda por cima, numa montra de maricas.
shiuuu, não faça tanto barulho. Olhe que o "brachylagus" se passa por aqui e vê a referência da montra, aponta-a logo no carnet. Ele aponta tudo no carnet. Só ainda não se meteu naquele "género" do fatinho côr-de-burro-quando-foge do nosso primeiro. Mas lá chegará.
(peço desculpa, o fatinho pode ser Armani, mas aquele-castanho-beije-pardo,não lembra ao diabo). Agora se a montra é como diz...
Eu não conheço, sou uma moça da província, não conheço essas coisas. Mas diga lá,aquilo lá em Beverly Hills é assim em estilo YMCA mas para executivos não?
George Sand
Ma chère Georges Sand,
Não se diga da província, querida, que a podem confundir com os provincianos deslumbrados. Então, desde quando «ser-se maricon» escolhe profissão? Faites pas de souci! Não precisa de ir até às berças finas da Califórnia para constatar maricas executivos e em fatos «by armani».Aquele sítio está cheio de jack asses, dear.(O tipo que veste armani, deve pairar pelos lados de West Hollywood, que a «criadage» por lá é bué da gira, mas «muita paneleira»).
Quanto ao barulho, moi? Tenho uma voz tão melodiosa, que consigo mandar o Sócrates à MERDA, sem o tipo se aperceber, continuar a ouvir-me e ainda me agradecer o contributo para «acreditarmos em Portugal»...
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