José Manuel Fernandes, sexta - feira passada, em mais um dos interessantes artigos que vem publicando no jornal de que foi Director, elencava vários casos de Prémios Nobel da Literatura em cujas cerimónias fúnebres não esteve presente o respectivo Chefe de Estado. Entre eles, o caso do País vizinho com Camilo Cela.
Essa sim, é uma boa argumentação. Não temos de copiar, mas, obviamente, há padrões de comportamento, nomeadamente, em matéria de protocolo para Chefes de Estado. Quando se fazem estes exercícios, damo - nos conta de como somos provincianos.
15 comentários:
E que dizer do elogio "póstumo, do morto, ao mais ilustre vivo português"?
Caro Dr.Lopes, se o seu único "post" relativo ao Sr Saramago é a "sua" justificação para a não comparência do Sr Presidente da República nas cerimónias fúnebres do Sr Saramago, desculpe-me que lhe diga, mas mais valia não escrever nada! Enfim, as acçóes ficam na consciência de cada um...
Dr, P.S.L.
Esse seu "elencava" é que borou um nadinha a pintura. Afastou-o irremediavelmente do nóbel Saramago e de qualquer pretensão na sucessão.Sobretudo isso. E, aproximou-o, perigosamente do "alavancava" do Zeinal. É que nem sei o que lhe diga.
Se lhe juntarmos o "Caro Dr, Lopes" do comentador Garia...e as acções,devidamente "estacionadas", nas consciências, então é que é mau demais para ser verdade.
Ora então, temos que, com sua licença.
«Saber valer-se dos amigos. Necessita-se sensatez e engenho. Uns são bons para estarem perto, outros para estarem longe; o que não for bom para a conversação sê-lo-á para a correspondência. A distância poderá tornar aceitáveis alguns defeitos que a presença fazia intoleráveis. Dos amigos, não há que procurar apenas o prazer: também a utilidade. Esta deve ter as três qualidades do bem ou, segundo outros, do ser: unidade, bondade e verdade, pois o amigo é todas as coisas. Poucos servem para bons amigos e não saber escolhê-los reduz o número ainda mais. Saber conservá-los é mais importante que saber fazê-los. Devem procurar-se de tal ordem que durem e, se bem que no princípio sejam novos, contenta saber que poderão fazer-se velhos. São decerto os melhores aqueles com quem se comeu muito sal, ainda que para tal se gaste um barril*. Não há deserto como viver sem amigos. A amizade multiplica os bens e reparte os males. É o único remédio contra a sorte adversa e é também um desafogo da alma.»
Grácian, Arte da prudência
* Alude ao refrão espanhol: «Hás-de fiar-te apenas no que comeu contigo uma arroba de sal.» (N. do T.)
«Nada lisonjeia tanto a alma como uma amizade terna e fiel. Quanta satisfação em encontrar corações a que possamos confiar sem perigo todos os segredos, consciências que receamos menos que a nossa e cuja palavra nos apazigua as tormentas, cujos conselhos apuram as nossas decisões, cuja jovialidade nos dissipa a tristeza, cuja visão é para nós uma alegria!»
Séneca, A vida bem-aventurada
PARABÉNS AMIGO!
Agora se me permite, e porque me é impossível dissociar esta data festiva de outra igualmente importante e marcante(faz hoje 9 anos que o meu Pai faleceu), deixo-vos um clássico que penso adequar-se aos dois...
http://www.youtube.com/watch?v=-vNFbSVlS2I
Bem hajam.
De facto, não se entende este provincianismo em volta de Saramago.
Realmente o artigo do jornal está como sempre, bem construído. Tantas vezes do outro lado do atlântico ficava com sabor amargo dos editoriais de MF.
Esta idolatra de Saramago pela esquerda é um pouco salazarenga, esta imposição fascizoide de o tentar fazer passar por heroi nacional, não admira tal o défice de gente capaz. Após a queda do Muro de Berlim a esquerda partido comunista e alguns sectores deficientes do PS procuram ansiosamente por um heroi, este com uma espécie de salvo conduto por receber um nobel.
É perfeitamente ridiculo colocar as cinzas numa praça em Lisboa, quando afinal a cedência do espaço da Casa dos Bicos foi sómente por 10 anos, além do mais aquele não era segundo Saramago o filet mignon.
O panteão nacional seria o espaço mais indicado apesar de hoje banalizado e desvalorizado com Aquilino Ribeiro que conspirou e colaborou no assassinato do chefe de uma nação, Portugal.
Bem visto...
Querem ver que daqui a dez anos temos a cerimónia de trasladação das cinzas...o que vale é que no caso de trasladação das cinzas, a coisa, imagino que se processa num táxi.
Também concordo com o comentador Silva: é pôr as cinzas no sitio definitivo já.
Fica aqui uma sugestão. Muito melhor que o Panteão, que a casa dos Bicos. Depois bulhem-se para saber quem usa.E não me venham dizer que aqui existe provincianismo...só se for helvético. Mas esse, é sempre bem vindo!
http://www.youtube.com/watch?v=WMwvvSypCLM
Sim?
Dr. Santana Lopes
Com a ajuda do Jorge Diniz fiquei a saber que um tal George Sand é um "terrorista infiltrado" que "roubou" o nome a outro Ser Humano (http://www.velhosamigos.com.br/Coletanea/coletanea22.html).
Caro amigo, o "funeral" do Senhor Saramago tem, “ab inicio”, uma virtude excepcional, cuja "esquerda" compreende, "usando e abusando", e a "direita" nunca "compreenderá". Por isso toda esta paranóica "chinfrineira" ao redor da ausência/presença do Exmo Senhor Presidente da Republica.
Desde logo, que fique registado, que o respeito que um prémio Nobel merece (independentemente do gosto) está presente neste meu comentário.
Voltemos, então, à excepção (da “virtude”). A dita esquerda diz-se, por natureza, “solidária”. Por seu turno, a direita assume a sua “qualidade” egoísta.
Ora, somente para aferição de conceitos, o Homem é (por natureza) um ser livre e social. A dita solidariedade advém sua inteligência e não da sua natureza (cuja característica é o EGOISMO).
Sucede que, a sociedade é constituída MAIORITARIAMENTE por seres “NECESSITADOS DE SOLIDARIEDADE”, que a História sempre relembra: sejam os “fracos”, as crianças, os doentes ou os idosos (fase da vida a que todos os Homens almejam chegar).
TODOS estes nomeados exerceram a sua natureza EGOÍSTA (nem que tenha sido em episódios esporádicos).
Assim sendo, os Homens, mesmo sendo egoístas por natureza, foram “educados” a negarem o egoísmo e a valorarem (excessivamente, diga-se) a SOLIDARIEDADE.
EST MODUS IN REBUS (em todas as coisas há uma medida), por isso, este “BRUÁAA” em torno da ausência do Sr. Professor Cavaco Silva (liberal de direita, segundo “rezam as crónicas”) e não do Excelentíssimo Senhor Presidente da Republica Portuguesa (que esteve presente, embora representado)tem um OBJECTIVO, intencionalmente dirigido pela “inteligentsia esquerdista”, que é a obtenção de “ganhos políticos”.
Essa é a "medida" que os "instrumentos de mensuração" devem "certificar".
P.S. (post scriptum, por via das dúvidas): as expressões, frases ou palavras escritas entre aspas têm um propósito facilmente perceptível, que só os detentores dos graus mais baixos da Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS) terão dificuldade em compreender.
Comentador Mário Rui Gomes,
É verdade. Ainda tentei acrescentar um "e" a Sand, para ver se não me chamavam "meu caro" e passava assim despercebida, mas azar meu: descobriram-me!
Sou de facto, Amandine Dupin de Dudevant. Pelo menos às vezes. outras há que me refugio algures, amarfanhada num brioche, ou parto à conquista de novos mundos, qual pirata da perna de pau. Fraquezas...
Agradeço que não me mande recolher já aos calabouços, antes do final da novela "patilhas e ventoinha na golden share". A única coisa que eu tenho, "dentro do género" são umas sandálias possidonissimas e impraticáveis. Não sei onde estava com a cabeça? Aquilo usou-se? Relativamente às quais, para minha infelicidade, nunca consegui atingir o patamar de paciência/equilíbrio,necessário. O que me levanta um enorme problema face à possibilidade de uma estadia no xilindró com este calor e os pés feitos num oito.
O Jorge Diniz,"admiro-o" profundamente. Já tem uma escada para colar cartazes. Não sei bem que cartazes são,(acho que ele também não) mas eu era incapaz de tal proeza. Sou alérgica a toda a espécie de cola. Dá-me urticária.
Gosto do estilo da(?) George Sand. Utiliza a ironia de forma sublime, dizendo umas "verdades", sem a "elas" se ligar.
Entendeu "colar cartazes" como uma metáfora...? Quem sabe...
O que eu não sei é se... tem identidade... sexual. Dito de outra forma (mais moderna, embora absolutamente errada): será que encontrou (!?) o seu equilíbrio(??!)...sexual?
No entanto (confesso), o motivo deste comentário prende-se, exclusivamente, sobre a duvida com que fiquei: O QUE QUIS DIZER COM "...tem uma escada...". Assim, se tiver a amabilidade (sem ironia) de o explicar, ficarei grato (também sem ironia).
Comentador jorge Diniz,
Espero que não me tenha entendido mal. A ironia e o humor são uma forma de expressão, num espaço que se quer participado e animado.
Por detrás da George Sand, está uma mulher, evidentemente. Absolutamente normal.
George Sand foi um pseudónimo adoptado neste espaço, como crio outros. Adequado ao espaço, ao blogue de quem é e nessa atitude de humor saudável,que favoreça o blogue.
Entrei neste blogue, depois da candidatura do Dr. PSL à Camara de Lisboa. Uma candidatura no timing errado, na minha modesta opinião.
Em relação à escada, aos cartazes, têm a ver com as ideia que lhe estão subjacentes: no seu entender e no de muita gente, o Dr. PSL é uma voz incómoda e necessária. também acho.
Mas em que termos e com que timing?
Era a isso que me referia? Acho cedo para colar cartazes, ou pensar sequer nisso.Talvez daqui a cinco anos se conjugem uma série de factores que possibilitem isso. Agora,seria suicídio politico, apesar de o Dr. PSL já ter surpreendido.
Um blog, vive de diálogo. É por natureza um espaço aberto, de opinião. Também não tem que ser "aborrecido" e "chato". Ainda bem que compreende isso.
P.S. Não entro como conta blogger (agora já tenho uma) porque não estou no País(não tenho aqui as pass words), por estes dias, mas não quis deixar de lhe responder.
O Dr. PSL está a começar a falar de coisas importantes.É bom que fale e que tenha espaço politico para isso. A internet pode ajudar.
Há aqui um grupo de comentadores que podem dar uma ajudinha.
Cumprimentos,
George Sand.
Cara George Sand,para além de ficar grato..., ganhou (o que não é fácil)um "admirador".
Cumprimentos
Jorge Diniz
Desculpe entrar assim na conversa Diniz mas a George Sand tem muitos admiradores e não é estranho isso. Eu também sou admiradora dela. É a pessoa mais divertida e simpática que eu conheço. Aqui é este George Sand mas tem outros nomes. Este não é nem sequer o mais divertido.
No verão passado eu até vinha da praia a correr só para ver os comentários dela.
Um beijinho da Juliana para ela e parabéns ao Dr. Pedro Santana Lopes que fez anos.
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