As notícias recentes sobre financimentos, para compra de acções, concedidos pela Caixa Geral de Depósitos, merecem profunda reflexão. Os factos narrados são do mais impressionante que já se ouviu em Portugal. E ilustram bem a explicação real para acontecimentos que, normalmente, parecem incompreensíveis.
Essa reflexão deve ser feita sem apontar dedos e sem avaliações abusivas. Não ponho em causa a seriedade de pessoas. Não sei, sequer, quando foram tomadas as várias decisões que são questionadas. Ouvi, na Televisão, no Prós e Contras, que são de diferentes épocas. Conheço Carlos Santos Ferreira há muitos anos e já disse , neste espaço, o que penso sobre ele e sobre Armando Vara, que só conheci há pouco tempo, e que me surpreendeu pela disponibilidade e pela eficiência, seja para responder que sim, seja para dizer que não. E a Administração anterior foi nomeada pelo meu Governo e a outra, antes, pelo Governo de Durão Barroso. E outras, antes, escolhidas por diferentes Governos por exemplo, de António Guterres e de Cavaco Silva, certamente, que, todas, também, com muitas pessoas capazes. Digo tudo isto para tornar bem claro que não pretendo, não devemos pretender, pessoalizar as coisas. Os ataques pessoais, as queixas, os processos contra a pessoa A ou B, servem, muitas vezes, para desviar as atenções do que verdadeiramente interessa. E, com as pessoa distraídas, lá continuam os mesmos, ou outros, a fazerem o que é inaceitável.
Li as declarações serenas, por exemplo, as de Fernando Ulrich, e as mais duras, feitas por António Borges. Li os trabalhos, bem feitos, da Imprensa, nomeadamente, este fim-de -semana. Ouvi, como referi, parte do debate feito, segunda- -feira passada, no Prós e Contras. Ouvi as notícias sobre a intervenção, na Comissão Parlamentar, do Presidente da Caixa, Faria de Oliveira, que parece ter falado com frontalidade e equilíbrio. Importa reflectir com serenidade, para extrair conclusões para o futuro.
Tomadas de posições em empresas? É, pelo menos, discutível o interesse estratégico, por exemplo, da Compal ou de Vale de Lobo. Mas, apesar de tudo, é bem diferente. Agora, milhões e milhões de euros para comprar acções? Com as próprias como garantia? Que nome tem? Causa indignação. Assim, todos podíamos ser accionistas de grandes empresas. Era bom. Mas não é justo nem correcto, como o tempo veio a demonstrar.
Há tempo que era sabido. Quanto tempo demorou a ser assumido o destaque que merecem tais factos? Quantos serventuários andam por aí, a falar ao lado do que realmente interessa? Conhecendo, mas omitindo. Quantas referências houve, muito pequenas, em espaços bem secundários? Negócio ruinoso em Porto Rico? Tudo indica que sim. Pois!...
Haverá mais, noutras entidades, com a mesma configuração, de centenas de milhões de euros, para outras aquisições de participações? Com o valor certo, com o valor muito inflacionado? Sabe-se lá.
Essas decisões inaceitáveis geraram mudanças em vários sectores. Caucionadas pelo poder que fascinou muitas pessoas ... Construiram, também, poder a muitos que cresceram "em altura". Andavam empertigados. E os piores são os vindos da Oposição, e que foram por eles escolhidos , por competência, claro, para serem dos poderosos. Alguns desses, que são tão bons que estão com todos, nem o telefone atendem aos que antes procuravam, elogiavam, serviam. Por isso, porque agora se julgavam sempre poderosos, andavam tão contentes e tão importantes. Como é que haviam de querer saber de alguém? E, nalguns casos, ainda mantêm a pose.
Não vale a pena pensarem que é possível continuarem com as mesmas protecções sobranceiras. Em vários casos, em diferentes sectores de activadade, um dia destes serão substituídos. E não terão mais ninguém a dar-lhes a mão. Terão de contar consigo próprios. Mas se não se desejam atitudes persecutórias, também não se admitem falhas das memórias. É que algumas práticas foram generalizadas, são de vários e tornaram- se quase toleradas. Novas espécies de feudalismo, que deram já em descalabros e falências, em vários cantos do Mundo.
Agora, o que mais importa é evitar rupturas indevidas, equilibrando os procedimentos e eliminando os abusos. A sociedade precisa de uma Nova Ordem, na qual devem caber todos os que percebam que terminou um tempo e um modo de agir e decidir.
Trata-se de uma Revolução de valores e do valor. Volta o tempo, quase, de economia de troca. Mas, acima de tudo, o tempo em que só tem valor o que é raro e mesmo necessário. Que meditem os que pensam que tudo, ou quase tudo, podem fazer com o poder.
Não vale a pena pensarem que é possível continuarem com as mesmas protecções sobranceiras. Em vários casos, em diferentes sectores de activadade, um dia destes serão substituídos. E não terão mais ninguém a dar-lhes a mão. Terão de contar consigo próprios. Mas se não se desejam atitudes persecutórias, também não se admitem falhas das memórias. É que algumas práticas foram generalizadas, são de vários e tornaram- se quase toleradas. Novas espécies de feudalismo, que deram já em descalabros e falências, em vários cantos do Mundo.
Agora, o que mais importa é evitar rupturas indevidas, equilibrando os procedimentos e eliminando os abusos. A sociedade precisa de uma Nova Ordem, na qual devem caber todos os que percebam que terminou um tempo e um modo de agir e decidir.
Trata-se de uma Revolução de valores e do valor. Volta o tempo, quase, de economia de troca. Mas, acima de tudo, o tempo em que só tem valor o que é raro e mesmo necessário. Que meditem os que pensam que tudo, ou quase tudo, podem fazer com o poder.
14 comentários:
Meu Caro Dr. Pedro:
O fenómeno que aborda é apenas uma das faces visíveis de um problema de muito maiores dimensões que se vai revelando, nos dias de hoje, como um dos maiores desafios da sociedade portuguesa: o problema dos valores que se devem assegurar nas relações entre o poder político e o poder económico/financeiro.
Problema grave este, porque tem sido um dos factores de afastamento da generalidade da população da política e dos seus agentes bem como da progressiva descredibilização destes.
Grave também, e sobretudo, porque, se continuado, pode constituir um impedimento ao salutar crescimento económico do país.
É um problema transversal à sociedade portuguesa e cuja resolução não é fácil porque implica uma profunda alteração de mentalidades e da forma de encarar o interesse público, o interesse nacional.
Nas autarquias o problema também se manifesta mas, naturalmente, a uma dimensão diferente. E, em regra, quanto mais pequena a autarquia, mais graves os problemas porque mais difíceis de sindicar e de detectar.
Finalmente, é um problema que surge de uma intrincada teia de interesses, complicada de desmontar.
É preciso coragem e fé na instituição de novos valores éticos na sociedade portuguesa. E são precisos agentes políticos com fibra para defender esta luta! Todos somos co-responsáveis por um Portugal melhor.
Receba um abraço da,
Sandra Neves
Caro Pedro,
Desculpe tratá-lo assim sem que alguma vez me tivesse dado confiança para tal, mas sei medir distancias e aqui somos uma coisa bem diferente do que se passa na vida real. Fazê-lo diferentemente, poderia ser entendido como um sinal de reverência, desclassificando o que digo e colocando-o a si injustamente não muito bem.
O seu post tem toda a razão de ser. Mas, e como sabe eu já quase me sinto "o insatisfeito compulsivo", eu espero mais, muito mais de si.
Porque o creio como um político de boa fé, por vezes um tanto a leste do que se passa no seu meio o que já justificou mordidelas venenosas de lobos raivosos que em tempos julgou serem só cachorros amorosos.
Hoje, com toda esta podridão que já ninguém pode ignorar, competirá a pessoas como o senhor, em quem, sob o ponto de vista de integridade se acredita (tem que se acreditar, porque tenho para mim que, com o "pó" que lhe têm, já o tinham queimado vivo se tivessem por onde pegar), mostrar COM URGÊNCIA o caminho tomar, à revelia de toda sorte de interesses que até hoje têm condicionado a Nação e viciado todas as áreas de Poder do Estado. É urgente desmascarar e punir. Não é preciso nenhuma caça "às bruxas", mas os corruptos que se têm valido das mais variadas formas de poder para satisfação das suas ganâncias, têm que ser exemplarmente e todos definitivamente banidos de tais esferas, em oposição total com a chocante complacência que temos presenciado.
Há que identificar a corrupção como inimigo nº1 do País e AGIR em conformidade.
E cuidado com os Partidos, porque estão cheios desta gentalha, que encontrou neles a forma mais fácil e menos arriscada para chegar a lugares a que jamais chegariam por exclusivo mérito próprio.
Só um político que tenha a coragem de enfrentar esta realidade poderá merecer a confiança dos eleitores e construir a tal Nova Ordem.
Sábias palavras, é pena que só agora as diga e que nem sempre pensou assim. E já teve no lugar deles e a fazer as acções que os outros hoje fazem e critica....não será manipulação para atrair admiradores, compaixão, votos para a CML ou para tentar Lider do PSD novamente, e quem sabe obter os desejados 150.000€.
A vida dá muitas voltas.
Cumprimentos e não publique para que ninguém o saiba...como descriminou os deficientes fisicos na Figueira, inclusive o CAE não tem quarto de banho para eles. As pessoas não o conhecem e você só muda conforme as circunstancias lhe agradam ou precisa.
NP
Caro Dr.Pedro Santana Lopes:
Tenho 33 anos e o que vi e vejo(hoje melhor que há uns anos) é que infelizmente para todos nós,Portugal é um antro de corruptos a nível local e um polvo poderosíssimo a nivel central que não deixa nada nem ninguém meter-se no seu caminho.Descolonização desastrosa...onde está todo o dinheiro que se diz que tinha o país? e Sá Carneiro,quem matou? O jornalista da ponte 25 de abril estava prestes a descobrir o quê e quem esteve por trás? Casa Pia,quem lá andou a martirizar pobres coitados? Apito Dourado, o que esconde para além de resultados adulterados? Vergonha bancária e por aí fora(isto para referir só os mais mediáticos e recentes)...
A gestão deste nosso jardim à beira mar plantado(desde o 25 de abril,que é o periodo que vivi até hoje), poucas vezes foi satisfatória. Para lá da corrupção que mina o sistema judicial português e consequentemente o desenvolvimento de Portugal, a litoralização do nosso país é por demais evidente(e contra mim falo pois vivo junto ao mar), basta observar Portugal de cima no google earth para perceber o que estou a dizer.E não cola a desculpa que temos muito poucos recursos, pois o problema não está nos recursos(que até são "jeitosos" e há quem faça bem melhor com muito menos) mas sim no acesso aos mesmos,e há também pessoas com valor, capacidade e ideias em número mais que suficiente para dinamizar o país de dentro para fora mas...o problema está exactamente no que referiu no seu Post,são o valores que faltam na nossa classe política que não deixa desenvolver os diversos quadrantes da sociedade em todas a direcções.Adivinho pelo que vejo que temos muito poucos políticos sérios e os que aparecem(ou apareceram) com vontade de mudar o estado de coisas, são eficazmente colocados de lado...sabe bem o que quero dizer,não é?
Caro Dr. Santana Lopes
Não precisava de conhecer o seu blogue para ter a certeza que você é um homem bem formado, com ideias correctas sobre o presente e o futuro deste pobre país que é Portugal. Você tem de ser um homem bom para perdoar inclusivamente a quem o arrasou na praça pública como sejam um ou outro jornalista e alguns politiqueiros da nossa praça.
Quem o ataca inveja-o por motivos vários, mesquinhos e típicos de uma sociedade que sempre foi assim e não muda.
António Barreto, pessoas que igualmente muito prezo, refere que "na classificação dos valores, a moral, o belo, a verdade e a dignidade não estão à cabeça". A si não lhe faltam estes quatro atributos. Tenho a certeza, Dr. Santana Lopes, que você atingirá, na sociedade portuguesa, um lugar político de grande relevo. Só lhe peço que quando esse dia chegar (e mesmo antes) você mostre claramente aos portugueses a sua intenção política e social de transformar este país que vem navegando am águas cada vez mais turvas.
Você sabe falar, explicando as suas ideias sem qualquer dificuldade. O seu discurso chega facilmente ao coração das pessoas de boa fé. Exponha as suas convicções com a força e a autoridade moral que fazem parte de si. Não desista. Prevejo-lhe um futuro político brilhante, usando e abusando dos quatro valores acima referidos para bem de todos nós.
E, como diria Fernando Pessoa, pela voz dos seu heterónimo Álvaro de Campos, "proclamo isto bem alto e bem no auge, na barra do Tejo, de costas para a Europa, braços erguidos, fitando o Atlântico e saudando abstractamente o Infinito"
Um abraço
Fernando em pessoa
Boa tarde Dr. Pedro Santana Lopes magnífico este seu post, pena é que venha com alguns anos de atraso.
Penso e já o disse muitas vezes que Portugal precisa de uma nova era de políticos, gente que se interesse pelo bem público, gente que eleja como principal inimigo a corrupção, gente que por fim olhe para futuro de todos nós.
Podia escrever toda a tarde sobre casos de corrupção existentes em todos os Órgãos do Estado, mas isso não é solução, pois isso é o que se tem feito nestes últimos anos, e os resultados estão a vista.
Os partidos políticos estão reféns de uma panóplia de gente que se governa e desgoverna o País, distribuindo lugares para todos aqueles que detêm um cartão de militante.
Os Portugueses ainda não conseguiram abrir os olhos para toda esta situação, mas quando o fizerem já será tarde de mais, porque nessa altura o País já estará completamente ingovernável.
Um grande abraço, cordialmente.
Ricardo Araújo.
Dr.Pedro Miguel
Estivemos a ler com bastante atenção o seu comentário.Não só estamos de acordo como nunca duvidámos que o Dr. tenha noção do que se passa á sua volta.
Os valores mudaram bastante nos últimos meses mas há anos que várias pessoas sentiram que a Banca devia estar mais regularizada e "sob escuta",e o Dr. foi um deles.
Lembro ao Senhor Anónimo que diz que o Dr.Pedro Miguel não pensava antes assim,que uma das grandes razões de Sampaio ter tido um ataque de nervos foi a pressão do lobbi quando o Dr. tentou "mexer" na Banca...pois....As pessoas têm pouca memória,mas nós por cá NÃO!!!
E depois dizem as más línguas que o Dr. mudou.Mudou?E Pacheco Pereira?Que lhe passa?Mais,e a Dra.Manuela?Não sabe pôr ordem em casa?Foi para isto que quis ser Presidente do PPD?O PS perde votos a diário e o PPD não sobe?Sobem todos,Bloco,PP, APU ou CDU ou lá o raio que se chame a máscara do PCP..até esses sobem.Será que a palavra vergonha desapareceu do vocabulário do bloco central?Sim,o PS e o PPD.O primeiro tem um primeiro que nunca a teve e o segundo tem uma primeira que a parece ter perdido...
Depois o Dr. escreve estes comentários e saltam-lhe todos em cima.Parecem piranhas da Amazónia e nós por cá sabemos porquê...É que a fome é negra e os corações dos políticos também.......
e isto?Também há no PPD????
BASTA ACEDER AO SITE DAS NOVAS FRONTEIRAS -
http://www.novasfronteiras.pt/index.php
É SÓ SELECCIONAR SE FOI "BOM", "RAZOAVEL" OU "MAU" O DESEMPENHO DO GOVERNO NESTES TRÊS ANOS.....
Doutor Santana Lopes
Os principais e únicos culpados destas situações são os politicos,porque são eles que no fundo fazem as leis deste país e que permitem que os gestores das empresas públicas deste pobre país,brinquem com o nosso dinheiro.
Como você,eu também sou um indefectivel do PPD,era um puto que ia ver o pequeno Grande homem Francisco Manuel Lumbrales,discursar na Avenida dos Alidos ,aqui no Porto,no tempo em que os comicios ainda eram feitos ao sabado a tarde e ele falava de megafone,belos tempos doutor Santana,por isso já estou farto de ouvir dizer,eu conheço o presidente tal e ele é boa pessoa,porque isso não é verdade,estou farto de ser enganado,para não dizer roubado.
A mim interessa-me,principalmente
saber,o que fazem os gestores públicos afectos ao PPD/PSD,porque no fundo me sinto responsavel pela sua nomeação para esses cargos,porque desde que voto,1981,nunca falhei uma eleição e sempre votei no PPD/PSD.
O que choca é que por mais erros que existam, os tipos(gestores partidarios públicos)são penalizados a irem trabalhar para lugares ainda mais bem remunerados e então a CGD,a EDP, a Galp,a PT,tem sido um ver se te avias a arranjar tachos,para os filhos dos politicos,é uma vergonha.
Na próxima eleição,não vou votar,a não ser que a Manuela Ferreira Leite tenha o bom senso de se ir embora,este não é o meu PPD/PSD.
Aqui no Porto continuo fiel ao meu RIO,em Lisboa espero que você dê novamente uma cabazada a esses tipos.
Quantos serventuários andam por aí, a falar ao lado do que realmente interessa?
Resposta: tantos, que até doí!!!
Sucede que, são exactamente esses "serventuários" que, através do poder político, continuam a mandar neste País. E porquê?
Porque o "bloco central de interesses" assim o determina.
Caro amigo e companheiro,leia (mas, com olhos de ler) todos (mas todos)os comentários que já fiz no seu (brilhante) blog e encontrará a RESPOSTA de quem a percebeu junto de pessoas reais.
Caro Doutor Pedro Santana Lopes
O que lhe fariam se nesta conjuntura de notícias e acontecimentos escandalosos e vergonhosos fosse o Primeiro-Ministro de Portugal?
Eu imagino, tendo em conta o que lhe fizeram por muito menos.
Deus castiga sem pau nem pedra. Aqueles que diziam que era necessário distinguir a boa da má moeda, agora estão rodeados de gente que não vale um vintém furado e estão bem caladinhos.
O assalto ao poder que protagonizaram com a ajuda do capitão Gancho Sampaio, vai-lhes sair caro. O que se passou foi um golpe sujo e traiçoeiro que não podia ter sido possível em democracia. Passou-se o mesmo na Câmara Municipal de Lisboa e o resultado está aí à vista de toda a gente. Portugal está de tanga porque os poderosos da Banca puderam, durante anos, gerir de forma fraudulenta e ruinosa as poupanças dos portugueses, sem que o Banco de Portugal detectasse qualquer infracção ou irregularidade, o que é no mínimo, estranho e chocante.
Nunca vou esquecer como essa Entidade actuou quando foi necessário avaliar o défice do País quando foi Primeiro-Ministro e a forma como, descaradamente, inflacionou os números para dar uma ajuda aos que chegaram ao Poder com o golpe de mestre do capitão Gancho Sampaio.
O que importa, neste momento, é que o meu amigo não foi afectado por essas traições e continua em grande forma e com um pouco mais de paciência, ainda vai assistir à queda estrondosa de todas essas personagens que o quiseram aniquilar. Será caso para dizer que se virou o feitiço contra o feiticeiro ou então que cá se fazem cá se pagam.
Um forte abraço do amigo de sempre
MANUEL MEIRELLES
Mudar e adaptar-se às circunstâncias é uma característica dos seres humanos inteligentes.
Mudam porque se aperceberam que erraram.
Mudam porque encontraram um caminho melhor para atingir os seus objectivos.
Mudam porque sim.
Mudam porque só os burros não mudam de ideias.
Na verdade não existem crises económicas ou de recursos; as crises que existem são apenas crises de valores.
É apenas pelos VALORES que se julgam os HOMENS.
BB
Pedro Santana Lopes nunca me enganou. Para mim é o político mais sério dentro do PSD. Por isso é que foi «bombardeado« pelos seus próprios correligionários, que, antes dele se sentar na cadeira do poder, já o estavam a crucificar, circunstância aproveitada por Jorge Sampaio para cometer um golpe inédito em qualquer democracia: dissolver a Assembleia da República com uma maioria absoluta! Nessa altura eu estava no estrangeiro e muitos políticos de vários paises perguntavam-me perplexos: »Vocês não tinham maioria absoluta na Assembleia da República? Como é possível uma coisa destas? Portugal fica na Europa ou é um pais subdesenvolvido no meio da selva africana?»
Neste momento, O Dr. Pedro Santana Lopes ultrapassou tudo isso. Agora, Lisboa é a sua meta. Está ao seu alcance. Depois se verá.
Caro Dr .Pedro!
Gostei do que li ! Mas não gostei de tudo .
Não gostei especialmente do cuidado (quase com pinça) imprimido a algo que tem que ser muito transparente , sob pena de se poderem tirar conclusões que podem custar caro na politica .
«A sociedade precisa de uma Nova Ordem na qual devem caber todos os que percebam que terminou um tempo e um modo de agir e decidir. »
Excelente frase conclusiva , mas insisto, demasiado cuidadosa . Isto é : Nesta altura dos acontecimentos não é suficiente que possam «caber todos os que percebam que terminou ....» , mas antes « ....aqueles que nunca tomaram parte ou condescenderam na anterior forma de agir e decidir »
Mlhs Cptos
Enviar um comentário