sábado, 5 de abril de 2008

RESPEITO

O que se passou com a história do telemóvel, da aluna e da professora mobilizou muitas atenções, intervenções, opiniões. Sem dúvida que é muito relevante a questão da autoridade , do respeito e da educação cívica nas escolas. Como são muito preocupantes as situações de violência nesses espaços que devem ser de ordem, aprendizagem, bom ambiente, paz, para uma formação equilibrada.
Com o passar dos dias, fui constatando, com tristeza, que não se dava o devido valor a um bem fundamental: o respeito à reserva e recato das pessoas da jovem aluna e da professora. para além das suas famílias. Agora, esse lado da "história" parece ter acalmado. Que se continue assim.
A jovem aluna que se integre na nova escola, a professora que continue as suas aulas. Que se debata, que se investigue, que se legisle, que se decida, mas que se tenha o bom senso de manter afastado quem, mesmo tendo errado, tem direito a não ser usado.
Para sermos um País melhor.

6 comentários:

CAV disse...

Sou um dos alunos do ensino secundário deste país que se sente triste por só agora políticos, comunicação social e outras entidades públicas, terem aberto os olhos para aquilo que se passa na educação em Portugal: falta de autoridade de professores e auxiliares, a negligência de conselhos executivos e direcções, a violência nas escolas, as armas e o bullying.

Neste momento todos querem encontrar um réu que sirva de bode expiatório para o que se está a passar no sistema de ensino. Sistema esse onde estão englobados o Estado, os professores, os pais e os alunos. Todos têm uma responsabilidade própria.

Apesar de ter sido momento infeliz, a última aula de Francês do 2º Período do 9ºC da Escola Carolina Michaelis, teve o condão de abrir os olhos a muita gente. Obrigado por terem colocado o vídeo no youtube! Pode ser que um dia sejam lembrados, pela forma como suscitaram um debate acesso sobre uma educação ineficaz, incapaz e irresponsável.

MIGUEL VAZ SERRA disse...

Dr.Santana Lopes,
Não gosto de ser sarcástico, mas vamos ser realistas. Todos sabemos que nos dias que correm tudo chega á Internet, olhe, até nós aqui estamos.Não podemos pedir tanto aos média..Que não comentem sobre as famílias?Depois de ver uma miúda completamente histérica aos gritos a tratar a Professora por tu e com todos os colegas em círculo como se estivessemos a ver um fime de luta Greco-Romana?Dr.Santana Lopes...só faltou ouvir gritos de "mata-a!!!" ou algo parecido....Não....aqui quem anda á chuva molha-se.Se a "menina" e a família quiserem estar no anonimato,tenho um remédio óptimo para eles.Uma boa educação dada em casa por parte da família e um Valium 10 á menina histérica antes de entrar para a sala de aula de Francés.Já ninguêm falava deles.Á professora?Olhe,fique de baixa até 2009 e vá a Fátima pedir que o Sousa não seja reeleito!!!Por falar em Sousa...até o Dr.Jardim já o chamou assim...parece que se começam a chamar as coisas pelo seu nome em Portugal.............

Anónimo disse...

O Carolina Michaelis não é, nem por sombra, o liceu mais problemático, nem sequer do Norte. Este incidente só revela o estado da educação dos "nossos" jovens. E digo educação e não ensino. Porque estudar, estuda quem quer. Mas o respeito, isso é cada vez mais um esforço. Seja lá pelo que for. Em tempos de "salve-se quem puder" que queiram ou não admitir é como está o nosso País, vale tudo menos arrancar olhos (a não ser que não esteja ninguém a ver). Ninguém é responsável por nada. Não foi na moderna. Não foi na Casa Pia. Não foi no BCP. Não foi nem será no Apito Dourado. Não foi no Metro do Porto. Não foi em tantos outros casos. As pessoas seguem os líderes. Imitam-nos. Copiam-nos. Éis o resultado. E mais provas virão com certeza. Meus senhores, enquanto não se travar este clima de impunidade, este e outros exemplos vão aumentar exponecialmente. Tenho dito. Mas também.... quem sou eu?

Anónimo disse...

Como aluno do ensino secundario, este video não me chocou, pois quem é aluno de uma escola publica percebe do que eu falo.... Faço minhas as palavras do Carlos Videira quando este afirma "só agora políticos, comunicação social e outras entidades públicas, terem aberto os olhos para aquilo que se passa na educação em Portugal".

Pelo menos na minha escola tem díminuido os actos de violencia, muito devido ao bom papel do Conselho Executivo em expulsar os alunos problemáticos!

Anónimo disse...

Faço minhas as palaras de Miguel Vaz Serra. Não sejemos ingénuos.

Cleopatra disse...

Concordo consigo Pedro.
Em quase absoluto.