domingo, 11 de novembro de 2012

TAP - TGV

Quem terá razão? 
Ha muito tempo que este articulista, António Cerveira Pinto, insiste nesta perspetiva. Quem o lê, é obrigado a ponderar de novo o assunto. Descontem - se os excessos de linguagem - que não transcrevo - e guardem - se as questões de fundo que são levantadas. Qual será a melhor opção para Portugal?
Já agora: curioso como os números de utilizadores da nova estação de Metro do Aeroporto excederam largamente as previsões do Metropolitano. Quanto tempo se perdeu!
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http://o-antonio-maria.blogspot.pt
"...Ao lado da nova estação do AVE em Badajoz vai ser construída uma grande plataforma logística e um porto seco, para onde os TIR portugueses passarão a despejar as mercadorias, pois os comboios da Tugolândia vão ficar isolados da nova rede espanhola em migração acelerada para a bitola europeia (UIC). Curiosamente, os vendedores de votos do PS, PCP e Bloco, sobre este gravíssimo assunto da economia portuguesa, nada dizem. Continuam a crer que o crescimento do país não nasce do trabalho, mas da esmola europeia —que exigem com a fanfarronice dos desgraçados e imbecis!

TAP, vítima da guerra contra o TGV
"Ao longo de sua carreira, Efromovich provou que tem uma habilidade incomum para caçar empresas em dificuldades. Um dos artifícios que usa é renegociar as dívidas sem tirar um tostão do bolso." Exame.
A privatização da insolvente TAP desembocou numa venda de dívidas.

... Ninguém está interessado na privatização de um buraco financeiro e de uma empresa sem estratégia credível — escancarada na opção de encomendar doze aviões de longo curso no preciso momento em que a Europa entrava num evidente processo de ajustamento, reestruturação e concentração das suas companhias de aviação comercial.

Que pode querer a Avianca dos irmãos Efromovich? Só de for parte das rotas e dos slots da TAP na Europa, para a Avianca! Depois devolve o que sobrar da TAP a Portugal!!! Ou então há coisa mais soturna nas vielas desta privatização."


3 comentários:

Anónimo disse...

Sem comentários!

António Maria disse...

Sem linguagem excessiva ;)

O efeito de rede começa a sentir-se na nova rede de bitola europeia espanhola!

A estratégia espanhola (e europeia) é clara: substituir o avião e o automóvel, nas viagens até 800Km, pelo comboio de alta velocidade (até 350Km/h) e velocidade elevada (até 250Km/h). Nas cidades e periferias urbanas a tendência é a mesma.

Nestas mesmas linhas andarão pessoas (mais depressa) e mercadorias (a horas diferentes e mais devagar). Os países terão que investir, com grandes apoios de Bruxelas e do Banco Europeu de Investimentos, nas linhas férreas, sistemas elétricos e de sinalização. Em Portugal, Sérgio Monteiro deitou à rua mais de 1.300 milhões de euros (da UE e do BEI) e atrasou a obra em mais de meia década!

Quanto aos comboios, será como desde sempre foi e é nas estradas: cada um corre com o seu, ou seja, não compete aos governos prestar o serviço (salvo em casos particulares, interesse estratégico ou utilidade pública irrecusável), mas às empresas privadas que já existem ou estão em fase de constituição. Haverá empresas especializadas em mercadorias, e dentro destas em sub-categorias relacionadas com o tipo de materiais transportados (perigosos, líquidos, gasosos, etc.), e haverá companhias especializas em transporte de passageiros, correlacionadas com a velocidade (um Foguete é muito mais rápido e caro que um Alfa) e com o uso (turismo ou negócios, etc.) O senhor Ferrari já está em pleno nesta corrida, o que diz tudo a qualquer investidor!

Espanha é o melhor caso de estudo mundial sobre a transição da estrada, e do ar, para a ferrovia. Trata-se de um regresso ao comboio, com mais valias ambientais, económicas, tecnológicas e culturais (retrofitting) de enorme importância estratégica para as sociedades pós-petrolíferas.

E nós, quando é que acordamos?

Anónimo disse...

No dia da privatização da TAP não falo com ninguém em sinal de luto. Depois toca esperar o dia em que se voltará a comprá-la. De certeza que a TAP vai regressar à base depois destes voos loucos dos dirigentes europeus que viram falir o modelo de "crescimento e investimento" das últimas décadas. Os mesmos doidos que já estão a ver que a descida dos valores da produção (da pouca que ainda há) na massa salarial e nas reformas também não vai ser solução. Mas ainda não desistiram de "empobrecer mais e mais" para depois voltarmos a ser "grandes". Isto está a ser feito por amadores, iguais aos que acertaram "as regiões do turismo"... É dar os parabéns a Cerveira Pinto, pela sua honestidade intelectual!