De volta à realidade, uma preocupação e um voto por si expressos em artigo de opinião publicado há exactamente 9 anos. Tirado do seu livro de crónicas, "Palavras Escritas", lançado no Porto no arranque da campanha das legislativas de 2005(penso ser a informação correcta). Sempre com a devida permissão...
Ganhar o Futuro Diário de Notícias / 2003-01-02
A terminar esta passagem de ano 2002 para 2003, uma preocupação e um voto. A preocupação tem a ver com a velocidade de Portugal. São muitos os indicadores que vamos recebendo, segundo os quais é cada vez mais complicado para Portugal acompanhar o ritmo de crescimento da média europeia. Mesmo agora com os dez novos Estados, que se tornarão membros da União Europeia, há casos em que os níveis médios de rendimento rapidamente poderão distanciar-se do rendimento médio português. Faz impressão se olharmos para casos como os da Hungria, da República Checa, da própria Polónia ou até dos países do mar Báltico, vermos a situação em que estavam há dez anos e a situação em que já estão e, aquela em que estarão daqui a outros dez. A vários níveis, quer pelos indicadores e estatísticas oficiais, quer pelos testemunhos recolhidos de pessoas que têm actividades nesses países, ou que lá com eles se relacionam, são vários os exemplos de evolução, muito acelerada por um sentido do progresso e desenvolvimento, do que o que se verifica em Portugal. Até ao nível das cidades, áreas metropolitanas, transportes públicos, recuperação dos centros históricos e medidas de defesa do ambiente e saúde pública, países como os que acabei de referir da Europa Oriental, estão já à frente das realidades portuguesas. Faz cada vez mais impressão ver o tempo que se perde quando não há razão para perder tempo. O tempo passa muito depressa e as legislaturas e os mandatos voam também. Quem governa a vários níveis em Portugal, tem de ter bem presente a noção de que estamos a perder muito tempo, já se atrasou de mais, tem perdido oportunidades e não pode perder tempo, de se ser exigente connosco e com os outros, reclamando aquilo a que temos direito, para andarmos depressa! O meu voto é de que, em Portugal o sistema político funcione de uma maneira diferente e que acabe de uma vez por todas esta ideia de que ser oposição nos Governos, nas Câmaras, nos Parlamentos, é estar genericamente contra aquilo que faz um Governo. Disse sempre no meu partido, nos tempos em que tem estado na oposição e digo agora que está no Governo, que ser oposição não é mostrar ser contra aquilo que faz um Governo. Ser oposição é mostrar que se é melhor do que o Governo e que se merece ser governo em vez do que lá está. É deprimente, é sufocante o espectáculo de ver as oposições sempre a discutirem com os Governos em funções. Tenho da vida política uma perspectiva completamente diferente e penso que é muito mais bonito, muito mais estimulante, muito mais útil para a sociedade, se as oposições em vez de discordarem, mostrarem as alternativas que têm. Se em vez de dizer que é contra quase toda e qualquer medida, uma oposição que, na práctica, for sempre demonstrando um programa alternativo de Governo, seja a nível central, seja a nível local, tudo poderá ser diferente. Tem de andar depressa e tem de funcionar muito melhor. Temos de nos convencer que temos de ser melhores, mais capazes e mais rápidos do que os outros. Mas seremos capazes de saber o que isso significa? Em Portugal é de facto muito o tempo que se perde, às vezes é só puro vício de perder tempo!
Dr. Santana Lopes Comecei bem o ano. Atestei o velho Volvo a 1.21,9eu/litro, tomei um belíssimo pequeno almoço a 8% de IVA, depois fui comprar umas calças a 18% de IVA, passei pelo Supermercado onde paguei pelo Leite, pão, ovos, vários tipos de frutas 6% de IVA e ainda me ofereceram comprar um andar e pagar ao estado somente 4% de IVA. Uma forma de fomentar a compra de casas no meio duma crise imensa. Pena não ter dinheiro para investir mais. Não, não passei o ano em terras lusas. Nem em Portugal me lembro de um IVA a 18%. Foi ali mesmo ao lado, Espanha. Onde recentemente caiu o último Governo Socialista Europeu. Dos 15 carros a meter gasolina, 14 eram portugueses. As malas a rebentar de sacos de Supermercado. Se Passos Coelho em vez de subir impostos, descesse meio ponto em relação a todos em Espanha, os 14 carros estariam em Portugal mais 40 espanhois a comprar-nos o País inteiro. Têm muito mais poder de compra e são 45 milhões contra os 9 lusos. As grandes Barcelona e Madrid têm o dobro de toda a população portuguesa. Podemos imaginar quantos milhões faríamos em impostos se todos os Espanhóis num raio interior de 30km de fronteira viessem cá fazer compras e meter gasolina. É que por cá, feitas contas, vale a pena ir mesmo vivendo a 40km de Espanha...... Enquanto pensarmos pequenino, pequeninos estaremos para sempre.... Depois sou eu que necessito "remédios" ehehehehe ( permitam-me a ironia )
Mais uma bofetada bem sonora nas caras dos Ministros das Finanças e Justiça que nada fizeram para mudar realmente as coisas neste farrapo europeu de nome Portugal. Jerónimo Martins mudou para a Holanda, fora as Empresas que como não estão cotizadas em bolsa não se fala nelas. A Sonae já é “Sierra” há anos. Ninguêm paga impostos neste País, pagam aos Espanhóis e aos Holandeses e o novo PM que tenho como uma pessoa inteligente, está a deixar incompetentes em lugares chave. A prova está à vista. Isto é um escândalo e ninguém fala no assunto. Não há empresa alguma que queira investir nesta república das bananas que não tem leis claras. Tudo pode ser “interpretado” assim ou assado, nada é claro na lei portuguesa. Impostos um nojo, lei laboral um grito e NADA foi feito em meio ano de Governo à parte das peixeirada com o Bastonário da Ordem dos Advogados e do roubo de salários e subsídios aos parvos que os votaram. NÃO É ASSIM QUE VAMOS LÁ e não vejo ninguém a levantar voz. Cavaco? Esse é melhor estar calado!!! Começa bem 2012, senhores Ministros e Senhor PM. PARABÉNS!!!
6 comentários:
Um fantástico 2012 com muita saúde!!!!
Igualmente.
Tudo de bom para o novo ano!!!!
Muita saúde para todos, que o resto vai andando.
Um forte abraço
De volta à realidade, uma preocupação e um voto por si expressos em artigo de opinião publicado há exactamente 9 anos. Tirado do seu livro de crónicas, "Palavras Escritas", lançado no Porto no arranque da campanha das legislativas de 2005(penso ser a informação correcta).
Sempre com a devida permissão...
Ganhar o Futuro
Diário de Notícias / 2003-01-02
A terminar esta passagem de ano 2002 para 2003, uma preocupação e um voto. A preocupação tem a ver com a velocidade de Portugal. São muitos os indicadores que vamos recebendo, segundo os quais é cada vez mais complicado para Portugal acompanhar o ritmo de crescimento da média europeia. Mesmo agora com os dez novos Estados, que se tornarão membros da União Europeia, há casos em que os níveis médios de rendimento rapidamente poderão distanciar-se do rendimento médio português. Faz impressão se olharmos para casos como os da Hungria, da República Checa, da própria Polónia ou até dos países do mar Báltico, vermos a situação em que estavam há dez anos e a situação em que já estão e, aquela em que estarão daqui a outros dez. A vários níveis, quer pelos indicadores e estatísticas oficiais, quer pelos testemunhos recolhidos de pessoas que têm actividades nesses países, ou que lá com eles se relacionam, são vários os exemplos de evolução, muito acelerada por um sentido do progresso e desenvolvimento, do que o que se verifica em Portugal. Até ao nível das cidades, áreas metropolitanas, transportes públicos, recuperação dos centros históricos e medidas de defesa do ambiente e saúde pública, países como os que acabei de referir da Europa Oriental, estão já à frente das realidades portuguesas.
Faz cada vez mais impressão ver o tempo que se perde quando não há razão para perder tempo. O tempo passa muito depressa e as legislaturas e os mandatos voam também. Quem governa a vários níveis em Portugal, tem de ter bem presente a noção de que estamos a perder muito tempo, já se atrasou de mais, tem perdido oportunidades e não pode perder tempo, de se ser exigente connosco e com os outros, reclamando aquilo a que temos direito, para andarmos depressa!
O meu voto é de que, em Portugal o sistema político funcione de uma maneira diferente e que acabe de uma vez por todas esta ideia de que ser oposição nos Governos, nas Câmaras, nos Parlamentos, é estar genericamente contra aquilo que faz um Governo. Disse sempre no meu partido, nos tempos em que tem estado na oposição e digo agora que está no Governo, que ser oposição não é mostrar ser contra aquilo que faz um Governo. Ser oposição é mostrar que se é melhor do que o Governo e que se merece ser governo em vez do que lá está. É deprimente, é sufocante o espectáculo de ver as oposições sempre a discutirem com os Governos em funções.
Tenho da vida política uma perspectiva completamente diferente e penso que é muito mais bonito, muito mais estimulante, muito mais útil para a sociedade, se as oposições em vez de discordarem, mostrarem as alternativas que têm. Se em vez de dizer que é contra quase toda e qualquer medida, uma oposição que, na práctica, for sempre demonstrando um programa alternativo de Governo, seja a nível central, seja a nível local, tudo poderá ser diferente. Tem de andar depressa e tem de funcionar muito melhor. Temos de nos convencer que temos de ser melhores, mais capazes e mais rápidos do que os outros. Mas seremos capazes de saber o que isso significa? Em Portugal é de facto muito o tempo que se perde, às vezes é só puro vício de perder tempo!
Dr. Santana Lopes
Comecei bem o ano.
Atestei o velho Volvo a 1.21,9eu/litro, tomei um belíssimo pequeno almoço a 8% de IVA, depois fui comprar umas calças a 18% de IVA, passei pelo Supermercado onde paguei pelo Leite, pão, ovos, vários tipos de frutas 6% de IVA e ainda me ofereceram comprar um andar e pagar ao estado somente 4% de IVA. Uma forma de fomentar a compra de casas no meio duma crise imensa.
Pena não ter dinheiro para investir mais.
Não, não passei o ano em terras lusas.
Nem em Portugal me lembro de um IVA a 18%.
Foi ali mesmo ao lado, Espanha.
Onde recentemente caiu o último Governo Socialista Europeu.
Dos 15 carros a meter gasolina, 14 eram portugueses. As malas a rebentar de sacos de Supermercado.
Se Passos Coelho em vez de subir impostos, descesse meio ponto em relação a todos em Espanha, os 14 carros estariam em Portugal mais 40 espanhois a comprar-nos o País inteiro.
Têm muito mais poder de compra e são 45 milhões contra os 9 lusos.
As grandes Barcelona e Madrid têm o dobro de toda a população portuguesa.
Podemos imaginar quantos milhões faríamos em impostos se todos os Espanhóis num raio interior de 30km de fronteira viessem cá fazer compras e meter gasolina.
É que por cá, feitas contas, vale a pena ir mesmo vivendo a 40km de Espanha......
Enquanto pensarmos pequenino, pequeninos estaremos para sempre....
Depois sou eu que necessito "remédios" ehehehehe
( permitam-me a ironia )
Mais uma bofetada bem sonora nas caras dos Ministros das Finanças e Justiça que nada fizeram para mudar realmente as coisas neste farrapo europeu de nome Portugal.
Jerónimo Martins mudou para a Holanda, fora as Empresas que como não estão cotizadas em bolsa não se fala nelas.
A Sonae já é “Sierra” há anos. Ninguêm paga impostos neste País, pagam aos Espanhóis e aos Holandeses e o novo PM que tenho como uma pessoa inteligente, está a deixar incompetentes em lugares chave.
A prova está à vista.
Isto é um escândalo e ninguém fala no assunto.
Não há empresa alguma que queira investir nesta república das bananas que não tem leis claras. Tudo pode ser “interpretado” assim ou assado, nada é claro na lei portuguesa.
Impostos um nojo, lei laboral um grito e NADA foi feito em meio ano de Governo à parte das peixeirada com o Bastonário da Ordem dos Advogados e do roubo de salários e subsídios aos parvos que os votaram.
NÃO É ASSIM QUE VAMOS LÁ e não vejo ninguém a levantar voz. Cavaco? Esse é melhor estar calado!!!
Começa bem 2012, senhores Ministros e Senhor PM. PARABÉNS!!!
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