sábado, 10 de dezembro de 2011

Pois!

Alta Velocidade inaugurada hoje na Galiza. Corunha, Santiago de Compostela e Ourense ligadas por TGV. Com estes novos 150kms, espanha fica com 2900kms desse tipo de via férrea. Portugal cada vez mais longe!

5 comentários:

Juan Estebán disse...

En relacion a Europa, Portugal está en el quinto coño y la culpa la tiene vosotros mismos con la mania de la grandeza y de qué todos son señoritos!
Cuando estais aún pensando en como y quien va hacerlo, los amigos que van aprovecharse y mamar a cuestas del Estado, en España ya se está inaugurando.Pasa en todo.
Asi estais.........y asi seguireis...

Hugo Correia disse...

Não posso deixar de repetir a transcrição, pelo menos parte...

[...] «Eu aqui, neste dia de reflexão, se me permitem, queria enunciar três áreas, fora dos sectores tradicionais, que considero de interesse cimeiro, de interesse prioritário para Portugal, das tais que merecem essa atitude de total empenho. Neste dia de reflexão devemos, procurar para além de transmitir essa experiência pessoal, devemos julgo eu, trazer o contributo daquelas ideias que consideramos vitais ou importantes e que entendemos não estarem ainda devidamente atendidas porque aquelas que já o estão, ou dos combates que já estão travados, não vale muito a pena estarmos a falar sobre eles, a não ser para nos congratularmos com esse sucesso, neste percurso até agora de saldo muitíssimo positivo que é o da nossa integração nas Comunidades.
[...] «A primeira dessas áreas é a das comunicações. É quase uma condição necessária para que nos possamos "mexer" nas Comunidades. Porque senão a nossa vida, esse tal futuro digno, será impossível. De facto, e quero dizê-lo hoje, todos nós, autoridades nacionais, órgãos de soberania, cidadãos, representantes de Portugal no estrangeiro, todos devemos considerar tarefa nacional conseguirmos comunicações ao mais alto nível daquelas que existem nos restantes espaços da Europa Comunitária.
Não podemos prescindir, no meu entendimento, de ter uma auto-estrada que ligue Lisboa a Madrid. Não podemos consentir que deixemos de ter uma auto-estrada que ligue o Porto às outras grandes e modernas vias de acesso à Europa Comunitária. Ainda para mais nós, que somos dos poucos espaços comunitários que temos outro país entre nós e o resto da Comunidade e que, a não ser pelo mar ou pelo ar, temos que passar por ele. E para além do transporte de pessoas, temos que considerar a enorme percentagem do transporte de mercadorias que é feito por via terrestre, rodoviária ou ferroviária. Já hoje é difícil, quer a circulação de pessoas, quer de bens, ser feita em estradas ou comboios de deficiente categoria, estradas ou caminhos de ferro de deficiente nível, de deficiente qualidade. Já hoje os cidadãos, na generalidade dos países comunitários não prescindem das suas auto-estradas e dos seus comboios. Têm auto-estradas ligando todos os principais pontos da Europa. Não há capital europeia hoje em dia - com excepções óbvias por razões da natureza - que não esteja prevista ficar ligada por auto-estradas às outras capitais europeias. E Lisboa? É impensável que Lisboa não o fique. É impensável que Lisboa e Porto não tenham essa auto-estrada, é impensável que não haja comboios de alta velocidade até aqui a este canto da Europa. Não podemos consentir que uma mera estrada principal, uma via rápida ligue Lisboa e Madrid, como não podemos abdicar de termos comboios de alta velocidade ligando estas duas capitais europeias, porque senão o que sucederá, e já é como vos disse agora, quanto maior for o conforto, a modernização, a inovação tecnológica, ainda mais será assim se renunciarmos a isto, a Europa Comunitária deste lado Ocidental acabará em Madrid e Portugal não será mais do que uma quinta ao lado da verdadeira Europa Comunitária. Uma quinta de descanso, uma quinta de turismo, uma quinta de recreio, mas nada mais do que isso, no essencial. Hoje em dia, já se fala nas "auto-estradas das telecomunicações, do satélite e da fibra óptica". Nós, das outras mais clássicas, nem que seja com execução deferida, em termos de projecto claramente assumido, não podemos prescindir. Aliás problema que temos de encarar decididamente é o do despovoamento que prevalece entre Madrid e Lisboa. Fazer hoje em dia essa estrada permite constatar, olhando à volta, o vácuo em longas extensões. A quem interessa ele? A quem interessa esse Hiato? Não teremos interesse, mais a obrigação, de levar vida a todo esse percurso para que a Europa continue até à nossa capital?»

Hotel Altis, dia 7 de Maio de 1989, por ocasião do Dia da Europa, com a presença do então Primeiro-Ministro Cavaco Silva, tirado do seu livro "Portugal e a Europa: Que Futuro?"

Anónimo disse...

Até há quem ganhe ou tente ganhar eleições dizendo mal da TGV. É por isso que uns têm, outros não....

Nuno Santos disse...

O PSD tem sido o grande inimigo da alta velocidade em Portugal, nas eleições de 2009 a Drª Ferreira Leite e depois o Drº Passos Coelho e agora no governo, tem sido uma vergonha!
Já estamos e vamos continuar "orgulhosamente sós" em matéria de Caminho de Ferro! o eixo Atlântico de TGV é mais do que necessário, ligar em alta velocidade Madrid - Lisboa - Porto - Vigo!!!

miguel vaz serra....... disse...

Dr. Santana Lopes
Aqui já correram rios de tinta sobre o tema. Creio mesmo ter dito que concordava com Sócrates, o que é extraordinário eu fazê-lo ( dói tanto concordar com aquele senhor numa só coisa que seja ) em que é primordial ligar Lisboa com Madrid, pelo menos.
Apresentamos até um pequeno estudo sobre como a 1ª linha em Espanha ( AVE entre Sevilha e Madrid ) em que todos diziam que quando acabasse a EXPO-92 a linha iria encerrar por falta de passageiros, foi nos anos seguintes, 94,95,96 e por aí fora, a ÚNICA linha da RENFE que deu lucro, O Lobby IBERIA caiu por terra e foram dizimados.
No Reino Unido a mesma coisa. Também falámos aqui nisso. Que o Eurostar arrasou a BA e Air France e tirou-lhes 30% de passageiros a uma e a outra de vergonha nunca deu os números mas ficou reduzida a 2 voos diários Londres-Paris.
É claro que aqui seria um sucesso.
500km em 2h, centro a centro das Capitais, subindo ao Comboio 20 minutos antes da partida, sem Aeroportos. O sonho de qualquer executivo ou turista.
Bem sei que o interesse de Sócrates não eram os passageiros, mas pelo menos iria fazer uma coisa que não pode esperar mais.
O Senhor Estebán foi duro nas palavras e doeu-me lê-las mas eu não posso concordar mais.
Assim estamos e assim seguiremos......Que miséria de políticos e de povo que os vota....