Estou a ouvir e acho tão interessante: acordaram para a realidade de que a questão não é o déficit, é o crescimento económico. Havia um tempo, há cerca de seis anos, em que dizer isso era uma irresponsabilidade. Lembram - se?
18 comentários:
Hugo Correia
disse...
"Tal como o meu antecessor, orgulhava-me de não sentir que havia dois partidos no Conselho de Ministros... A coligação procurava um caminho comum, não exactamente igual ao caminho que cada partido seguiria se estivesse a governar sozinho: esse tinha sido um dos grandes trunfos do Governo de Durão Barroso. [...] Disse aos ministros que trabalharíamos na continuidade, afirmando, simultaneamente, a marca própria deste Governo, a marca de um tempo novo da segunda parte da legislatura. Mas disse igualmente, com firmeza, que não toleraria qualquer quebra de solidariedade com as decisões tomadas pelo Governo de Durão Barroso. [...] Nós éramos a continuação do Governo de Durão Barroso: tinha mudado o primeiro-ministro, tinham mudado alguns ministros, mas íamos buscar a legitimidade à mesma fonte. O programa e a orientação eram os mesmos. Em termos programáticos, defendi a posição de conseguir o crescimento da economia portuguesa, o aumento e a melhoria da produtividade. Considerava como objectivo prioritário retomar a convergência com os outros parceiros da União Europeia e, portanto, crescer mais que a média. Este era o elemento mobilizador naquele momento em Portugal."
"Ainda considerei a possibilidade de apresentar como Programa de Governo o mesmo que Durão Barroso divulgara no início do mandato. Referi essa ideia no Conselho Nacional, tendo sido aceite com naturalidade. Seria o sinal político mais forte de que se tratava da mesma maioria e do mesmo projecto político. Mas havia temas que não mantinham a actualidade e seria excessivo herdar a responsabilidade sem lhe dar o timbre da minha orientação. Não queria prescindir da marca própria da minha governação. Durão Barroso, com certeza, também o faria se estivesse no meu lugar. Que marca fez a diferença entre os dois programas? Na parte económica, sem dúvida, o primeiro lugar dado ao crescimento, que, como já referi, considero tão ou mais importante que a consolidação das contas públicas. Acredito que as contas públicas se equilibram mais pelo lado da riqueza do que pelo lado da despesa. Em termos de controlo das despesas estávamos na média comunitária; na receita, muito abaixo. Há quem diga que Portugal tem há mais de um século um défice estrutural mínimo, permanente, de 4% ou 5%. Há uma décalage permanente entre as receitas e os compromissos do Estado. E as nossas empresas também não podem ser competitivas sem a economia crescer e sem a produtividade aumentar e melhorar."
"Na sociedade portuguesa verifica-se um excesso no recurso ao crédito e o sobreendividamento das famílias. O problema é que esse endividamento não tem correspondência do lado do rendimento, da capacidade produtiva nacional. [...] Portugal vivia - e continua a viver - nesse clima ilusório de produzir pouco. E, para suprimir o deficit de produtividade, contamos com fundos europeus que são receitas temporárias, ou com capitais alheios. Tal como fizemos com os ciclos do Oriente, do Brasil e de África, continuamos a viver acima das nossas possibilidades. Nas intervenções que fiz na Assembleia da República, declarei, vincadamente, que teríamos de começar a preparar o período pós-2013, altura em que terminará o próximo quadro de apoio. Não há volta a dar a esta questão, e dentro de menos de dez anos - que são poucos - estaremos colocados perante esta situação. Também antes do tempo, disse que o Pacto de Estabilidade e Crescimento iria ser posto em causa nos moldes então vigentes. Também há muitos anos que refiro a necessidade imperiosa de rever as decisões que têm sido tomadas, em relação a Portugal, sobre a Política Agrícola Comum. Sempre temi as consequências deste radicalismo europeísta. Insisto: Portugal devia reabrir o dossier agrícola, posto que não se pode pedir ao nosso país o mesmo esforço para atingir, no mesmo tempo, os mesmos objectivos de outros países da Europa, com diferentes condições naturais e índices de desenvolvimento."
"Na questão da ligação da produtividade aos salários sentia que trabalhadores e empresários reagiam sem força anímica. Parece que não acreditam que isso seja possível. Pelo meu lado, sentia que ainda não estava devidamente sentado na cadeira de primeiro-ministro para poder puxar por Portugal neste caminho. Estou convencido de que seria capaz de fazer o País progredir neste rumo, funcionar como catalisador de energias, mobilizar, estabelecer metas quantitativamente claras e assumidas pela generalidade dos parceiros sociais, nessa ligação absoluta do aumento de salários ao aumento da produtividade. Que alegria teria se pudesse dizer, um ano mais tarde: «Podemos aumentar mais os salários porque temos os primeiros sinais do aumento e da melhoria da produtividade.» A criação de valor acrescentado, o aumento e melhoria de produtividade, esses são os grandes desafios, juntamente com o da qualificação dos recursos. Este foi um dos pontos principais do meu programa. Só assim o País se libertará, cada vez mais, da força excessiva que têm alguns que têm muito, em relação a muitos que têm pouco: criando riqueza própria para a distribuir equitativamente."
"As pessoas estavam habituadas a anos de discursos quase só sobre o défice, e não era fácil de reconverter o chip. Esta nova e crucial mensagem demorava tempo a passar e precisava do apoio dos empresários e das centrais sindicais. Como disse, estava disposto a fazer algumas cedências em matérias como a da higiene e segurança do trabalho, entre outras reivindicações que, até aí, não tinham sido atendidas. Queria que sentissem que havia capacidade de ouvir e de ir ao encontro das suas aspirações, mesmo que isso implicasse um esforço do investimento por parte do Estado. Seria um investimento reprodutivo. O ideal era ter o presidente da AIP, Jorge Rocha de Matos, o presidente da CAP, João Machado, os homens da indústria como Francisco Van Zeller, os dirigentes sindicais, Carvalho da Silva e João Proença, todos no apelo comum: «Vamos alcançar os nossos parceiros na produtividade. Não somos menos que eles. Vamos conseguir!» Também por isso, no debate parlamentar do Programa do Governo, procurei não hostilizar excessivamente o Partido Comunista. Sabia que podia ser um aliado importante para a Intersindical se sentar à mesa e tentar encontrar a fórmula de acordo. Não me importava de deixar o Partido Comunista fazer algum eco por ter conseguido algumas posições pelas quais sempre tinha lutado. O que me importava era alcançar os objectivos para Portugal. Fazer crescer a economia portuguesa. E, com todo o respeito pela UGT, não é suficientemente mobilizadora para o País a notícia de um acordo social só com essa central...Já houve outros, celebrados até com «brindes», na residência oficial do primeiro-ministro. E não foi por isso que o panorama mudou nesta matéria da produtividade.O Programa de Governo, naturalmente, consagrava essa orientação, mas também, ao mesmo tempo, a aposta na qualificação dos Portugueses, na inovação, na ciência no quadro do Plano Nacional de Investigação Científica...São objectivos simultâneos. [...]A produtividade portuguesa não mudou. Falta na sociedade portuguesa a certeza de que, quando não se consegue, perde-se e sofre-se as consequências. Se calhar é do clima, dos genes ou da localização geográfica. Temos o espírito da aventura e do sacrifício, mas não o da persistência quando situados no nosso território."
"Crise de 2004: Percepções e Realidade" - Pedro Santana Lopes
e mai nada!!! amigo Hugo. E depois veio o golpe de estado feito pelo golpista sampaio e cozinhado pelo PS e segundo alguns, pelo próprio cidadão que escondeu a permuta da casinha de 400m2 que não declarou. Agora, tudo está lá no poleiro. Roubam, mentem, fazem todas a trafulhices e compadrios que lhes apetece pois como todos têm telhados de palha ninguêm faz nada. E os lenços pretos, essa gente que não sabe nem o que é um boletim de voto, lá os mete, décadas e mais décadas.... E nós que aguentemos e paguemos essas reformas, que com a esperança de vida, isto vai até 2030....
Quem faz política hoje em dia, e isso foi já dito aqui muitas vezes, é a Banca. Porque acha que ainda agora tiveram 1000 milhões de euros de lucro, à custa do fecho de tantas Empresas que não podem pagar os juros altíssimos que esses podres lhes pedem e nem um Jornal diz isso em 1ª página? Nem o Governo lhes diz que isso é pornográfico? Impensável? Inadmissível?!!Nem o duas vezes Cavaco abre a boca???? Porque eles pagam! E quem paga manda. Sempre assim foi. Pagam aos Jornais, aos Jornalistas e aos políticos. Quando jogam na "roleta" e perdem, o Estado injecta dinheiro e o contribuinte paga, como paga os 16 milhões de euros/ano do reinado de Cavaco, como paga as loucuras de Sócrates "y sus muchachos". Não importa que 2 milhões de portugueses passem fome, 5 milhões passem necessidades, se 5 pirosos novos-ricos vivem como "Xábanus" de Pérsia. Ricas, pirosas, cheias de ouro e jóias, casas na Castilho, na Coelha e empresas de ferro velho... Não importa ter memória, pois quem os vota nem sabe o que isso é. Nunca leu, nunca viu, nunca falou, nunca lhes explicaram ( nem interessaria ). Somos um País de analfabetos e incultos que vota em quem já lá está como habituados aos 48 anos de ver sempre o mesmo. Essa geração um dia e com a graça do Senhor, desaparecerá para sempre e aí....os políticos mudarão de forma e conteúdo ou não comem nem uma sopinha..... Esperemos que acabe o reino da "parolada" e piroseira. Aguardemos.
É verdade! E que bem que sabe ouvir Antonio Costa dar razão a Manuela Ferreira Leite, mas isso só e agora não chega! como é no futuro? Como é na CML, controlada pelos antigos esbirros de Sampaio e hoje em permanente bajulamento e açambarcamento de Salgado. E no governo, como vai ser, a incompetência e a permanente campanha eleitoral, numa tenaz tentativa de permanecer no poder Socrates com o apoio dos seus acólitos bem posicionados a consumirem os ultimos recursos. Entretanto a justiça virou um circo assustador,uma vergonha! Campanhas infames sobre casas no Algarve, mas tão brandas sobre apartamentos na Braancamp ou ainda em Freeports. Isto vai acabar mal! Tem que acabar mal para haver uma limpeza geral!
Que tal o companheiro apresentar uma petição -está na moda e irrita, os socialistas e laicos republicanos- para que pague a crise quem os lá pôs? * Eu assino em 2º lugar.
Qual é a sua opinião sobre a extinção do ministerio da agricultura? Quando é que os politicos,sem excepção,começam a governar o país em vez de se governarem a eles proprios? Quando é que a agricultura portuguesa consegue ter os mesmos apoios e os mesmos impostos como nos outros países europeus? Em quê é que o estado está a pensar apoiar para sair da crise?Na produção de galos de barcelos e de "porcelanas" das caldas? Canalhas,vamos até ao fundo,espero que em breve haja outra revolução assente não na politica mas no que está correcto.Para os politicos existe sempre os antigos pelourinhos....
É fantástico como este ditador de trazer por casa, cada vez mais solto pelo ferido e calado PR, vomita tudo o que lhe vem à cabeça. Já não mede sequer as palavras. Mete na boca dos outros o que lhe dá na real gana, e vomita a resposta que lhe vem à cabeça. Já não responde aos Jornalista ( que aqui para nós merecem isso e muito mais, mais de 90% são a cloaca da sociedade, gentalha menor sem eira nem beira ). Faz-me lembrar aquele caso de psiquiatria aguda na Venezuela. Hoje consegui finalmente vê-lo e ouvi-lo na TVI. Isto de ver TV no portátil, é uma chatice, mas é o que há. Gostei muito quando disse que este PM é e será o que mais fala de privatização e privatiza. Mas como sabe depois vem com aquele discurso do menino Jesus e convence a "velhada" do lenço preto que o vota…. Mas ainda gostei mais quando disse que os salários dos meninos jogadores têm que começar a ser mais controlados. Eu acrescento que tudo o que fazem é correr atrás duma bola e ganham mais num mês que um Bancário em 10 anos. Só em anúncios ganham milhões. Também e não desfazendo dos belíssimos jogadores estrangeiros que temos, gostava de ver mais portugueses nos nossos Clubes!!!! Para não ter que dar Passaportes a outros porque nem temos uma selecção como deve ser. Esses que depois dizem que o coração está com as selecções dos Países onde nasceram, normal…. Pelo menos são honestos ( e só nasceram uma vez e não insultaram o povo nem “permutaram” casas na Coelha ) Portugal está de tal forma que aqui já se fala em banca rota, enquanto o PM insulta o FMI dizendo que tem a política “desenfreada liberal do PSD”… Ele tem a politica do offshore e da venda de interesses e influências que lhe tem corrido lindamente. Imagino..China..Qatar…imagino…. É o que acontece quando se tem um PR fragilizado, descredibilizado e com rabos-de-palha conhecidos pelo “mal”…pois este não pode ser controlado..e cresce…cresce…cresce… Viva a “irmandade dos lenços pretos” que vamos longe…..bem longe da Europa…………..
Continuo à espera de saber o que se passou na Qta da Coelha!!!! Tenho o direito e quero saber o que se passou!!! Não quero um PR em quem tenhamos uma só suspeita de desonestidade e que não explica realmente o que se passou!!! Não me interessam as razões. Quem se mete em cargos públicos tem que se aguentar á bronca ou “ter a folha limpa”!!! Não querem que se fale deles??? Não se metam em politica!!!! EXIJO SABER!!!!!!!!!!!!!!!!!
Será preciso ir a uma Wikipédia ou um qualquer dicionário para transcrever o significado?
PSL (não gosto "das" sigla mas ajuda na escrita!
Pedro Santana Lopes (PSL), não encontro muitos, até posso dizer nenhum como "tu", vamos acabar com isto e recolocar a sigla no seu devido lugar, para bem do pouco que resta.
Mas se eu estivesse no seu lugar, fugia, porque a porcaria é tanta..., que não sei se vão existir condições, pelo menos psíquicas, para emendar ou disfarçar o que esta canalhagem tem feito!
Que desapareçam ou transfiram para outros países a banca portuguesa, que se fique só com a CGD que como banco estatal tem o dever de servir o cidadão, não de roubar!
Caro Pedro, já aqui o disse e volto a repetir, inócuos os portugueses, tirano o Sampaio, mas por favor, a meias só as meias que calço, o resto é puro aproveitamento (pp).
Mais duro, mais acutilante no comentário, mas a pólvora tem de explodir sobe a condição de quando for necessária estar xôxa!
Muito melhor PSL/MM do que /PP, na minha humilde opinião! Ainda bem que não caiu no erro de MM e ND, mas que deve estar a ser difícil esta refeição, lá isso deve!
Eu estou cansado.. exausto,,de comentar desde a primeira hora , tudo o que está acontecendo agora..ainda antes deste blog exestir,,escrevi directamenre para o endereço pessoal de Santana Lopes..tive guerras com o IOL que me boicotaram varios textos..bastava que eu disse-se mal do sr sampaio,,e outros jornais que nem val apena falar ...pois para mim estão todos metidos neste assunto até as orelhas.. onde andam agora esses cavalheiros..que não abrem o bico das declarações do SR.Larcão,,,então esta porcaria NÂO È UMA TRAPALHADA...uma jogada suja,, imaginem que esta porra é com um ministro do assuntos parlamentares de Santana Lopes...imaginem..eu estou sem capacidade, e sem paciencia de viver esta falta de respeito este compadrio miserevál..como é que Santana podia estar naquele lugar sendo UM HOMEM INTEIRO E SÈRIO, pois olho para tráz e vejo toda a gente bem na vida, e Santana Lopes???não vejo ser nomeado para nada,,,,o sr Guterres lá foi para a ONU !!! um homen que nem sabe fazer contas .,..um incompetente,de 1º grau..o outro incompetente que inventou o grande défice,,,lá foi para limpar o pó duma secretaria no banco central europeu ,,vejo sim os miseráveis dos politicos e comentadores da treta..a debitar odio sobre o Santana--como se o tempo não tivesse passado e se visse já sem apelo nem agravo ,,que estamos na banca rota ,,digam lá eles o que disserem,,,bem vou parar ,,,pois o que gostava de dizer tenha que escrever éra um livro. hsantos
Caro Pedro, impressão minha ou retirou alguns comentários?
Se os fez, inclusivamente um meu, em nada levo a mal, mas vai-me desculpar, existem coisas que extravasão o bom senso, já para não falar da boa educação, e talvez por isso me tenha excedido.
Ó Dr. Santana Lopes então e a Câmara? Gostei de o ter como presidente, e fiquei angustiado quando perdeu, mas esperançado por aceitar ser vereador na oposição mas estamos todos a ficar assustados com tudo isto. Quando acordar da "ressaca" não há quem ponha mão nisto e a conta será salgada! Ou pior os terrenos salgados não vai crescer uma erva! Para bom entendor...
18 comentários:
"Tal como o meu antecessor, orgulhava-me de não sentir que havia dois partidos no Conselho de Ministros... A coligação procurava um caminho comum, não exactamente igual ao caminho que cada partido seguiria se estivesse a governar sozinho: esse tinha sido um dos grandes trunfos do Governo de Durão Barroso.
[...] Disse aos ministros que trabalharíamos na continuidade, afirmando, simultaneamente, a marca própria deste Governo, a marca de um tempo novo da segunda parte da legislatura. Mas disse igualmente, com firmeza, que não toleraria qualquer quebra de solidariedade com as decisões tomadas pelo Governo de Durão Barroso. [...] Nós éramos a continuação do Governo de Durão Barroso: tinha mudado o primeiro-ministro, tinham mudado alguns ministros, mas íamos buscar a legitimidade à mesma fonte. O programa e a orientação eram os mesmos.
Em termos programáticos, defendi a posição de conseguir o crescimento da economia portuguesa, o aumento e a melhoria da produtividade. Considerava como objectivo prioritário retomar a convergência com os outros parceiros da União Europeia e, portanto, crescer mais que a média. Este era o elemento mobilizador naquele momento em Portugal."
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"Ainda considerei a possibilidade de apresentar como Programa de Governo o mesmo que Durão Barroso divulgara no início do mandato. Referi essa ideia no Conselho Nacional, tendo sido aceite com naturalidade. Seria o sinal político mais forte de que se tratava da mesma maioria e do mesmo projecto político. Mas havia temas que não mantinham a actualidade e seria excessivo herdar a responsabilidade sem lhe dar o timbre da minha orientação. Não queria prescindir da marca própria da minha governação. Durão Barroso, com certeza, também o faria se estivesse no meu lugar.
Que marca fez a diferença entre os dois programas?
Na parte económica, sem dúvida, o primeiro lugar dado ao crescimento, que, como já referi, considero tão ou mais importante que a consolidação das contas públicas. Acredito que as contas públicas se equilibram mais pelo lado da riqueza do que pelo lado da despesa. Em termos de controlo das despesas estávamos na média comunitária; na receita, muito abaixo. Há quem diga que Portugal tem há mais de um século um défice estrutural mínimo, permanente, de 4% ou 5%. Há uma décalage permanente entre as receitas e os compromissos do Estado. E as nossas empresas também não podem ser competitivas sem a economia crescer e sem a produtividade aumentar e melhorar."
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"Na sociedade portuguesa verifica-se um excesso no recurso ao crédito e o sobreendividamento das famílias. O problema é que esse endividamento não tem correspondência do lado do rendimento, da capacidade produtiva nacional.
[...] Portugal vivia - e continua a viver - nesse clima ilusório de produzir pouco. E, para suprimir o deficit de produtividade, contamos com fundos europeus que são receitas temporárias, ou com capitais alheios. Tal como fizemos com os ciclos do Oriente, do Brasil e de África, continuamos a viver acima das nossas possibilidades. Nas intervenções que fiz na Assembleia da República, declarei, vincadamente, que teríamos de começar a preparar o período pós-2013, altura em que terminará o próximo quadro de apoio. Não há volta a dar a esta questão, e dentro de menos de dez anos - que são poucos - estaremos colocados perante esta situação.
Também antes do tempo, disse que o Pacto de Estabilidade e Crescimento iria ser posto em causa nos moldes então vigentes. Também há muitos anos que refiro a necessidade imperiosa de rever as decisões que têm sido tomadas, em relação a Portugal, sobre a Política Agrícola Comum. Sempre temi as consequências deste radicalismo europeísta. Insisto: Portugal devia reabrir o dossier agrícola, posto que não se pode pedir ao nosso país o mesmo esforço para atingir, no mesmo tempo, os mesmos objectivos de outros países da Europa, com diferentes condições naturais e índices de desenvolvimento."
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"Na questão da ligação da produtividade aos salários sentia que trabalhadores e empresários reagiam sem força anímica. Parece que não acreditam que isso seja possível. Pelo meu lado, sentia que ainda não estava devidamente sentado na cadeira de primeiro-ministro para poder puxar por Portugal neste caminho. Estou convencido de que seria capaz de fazer o País progredir neste rumo, funcionar como catalisador de energias, mobilizar, estabelecer metas quantitativamente claras e assumidas pela generalidade dos parceiros sociais, nessa ligação absoluta do aumento de salários ao aumento da produtividade. Que alegria teria se pudesse dizer, um ano mais tarde: «Podemos aumentar mais os salários porque temos os primeiros sinais do aumento e da melhoria da produtividade.»
A criação de valor acrescentado, o aumento e melhoria de produtividade, esses são os grandes desafios, juntamente com o da qualificação dos recursos. Este foi um dos pontos principais do meu programa. Só assim o País se libertará, cada vez mais, da força excessiva que têm alguns que têm muito, em relação a muitos que têm pouco: criando riqueza própria para a distribuir equitativamente."
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"As pessoas estavam habituadas a anos de discursos quase só sobre o défice, e não era fácil de reconverter o chip. Esta nova e crucial mensagem demorava tempo a passar e precisava do apoio dos empresários e das centrais sindicais. Como disse, estava disposto a fazer algumas cedências em matérias como a da higiene e segurança do trabalho, entre outras reivindicações que, até aí, não tinham sido atendidas. Queria que sentissem que havia capacidade de ouvir e de ir ao encontro das suas aspirações, mesmo que isso implicasse um esforço do investimento por parte do Estado. Seria um investimento reprodutivo. O ideal era ter o presidente da AIP, Jorge Rocha de Matos, o presidente da CAP, João Machado, os homens da indústria como Francisco Van Zeller, os dirigentes sindicais, Carvalho da Silva e João Proença, todos no apelo comum: «Vamos alcançar os nossos parceiros na produtividade. Não somos menos que eles. Vamos conseguir!»
Também por isso, no debate parlamentar do Programa do Governo, procurei não hostilizar excessivamente o Partido Comunista. Sabia que podia ser um aliado importante para a Intersindical se sentar à mesa e tentar encontrar a fórmula de acordo. Não me importava de deixar o Partido Comunista fazer algum eco por ter conseguido algumas posições pelas quais sempre tinha lutado. O que me importava era alcançar os objectivos para Portugal. Fazer crescer a economia portuguesa. E, com todo o respeito pela UGT, não é suficientemente mobilizadora para o País a notícia de um acordo social só com essa central...Já houve outros, celebrados até com «brindes», na residência oficial do primeiro-ministro. E não foi por isso que o panorama mudou nesta matéria da produtividade.O Programa de Governo, naturalmente, consagrava essa orientação, mas também, ao mesmo tempo, a aposta na qualificação dos Portugueses, na inovação, na ciência no quadro do Plano Nacional de Investigação Científica...São objectivos simultâneos.
[...]A produtividade portuguesa não mudou. Falta na sociedade portuguesa a certeza de que, quando não se consegue, perde-se e sofre-se as consequências. Se calhar é do clima, dos genes ou da localização geográfica. Temos o espírito da aventura e do sacrifício, mas não o da persistência quando situados no nosso território."
"Crise de 2004: Percepções e Realidade" - Pedro Santana Lopes
e mai nada!!! amigo Hugo.
E depois veio o golpe de estado feito pelo golpista sampaio e cozinhado pelo PS e segundo alguns, pelo próprio cidadão que escondeu a permuta da casinha de 400m2 que não declarou.
Agora, tudo está lá no poleiro.
Roubam, mentem, fazem todas a trafulhices e compadrios que lhes apetece pois como todos têm telhados de palha ninguêm faz nada.
E os lenços pretos, essa gente que não sabe nem o que é um boletim de voto, lá os mete, décadas e mais décadas....
E nós que aguentemos e paguemos essas reformas, que com a esperança de vida, isto vai até 2030....
Quem faz política hoje em dia, e isso foi já dito aqui muitas vezes, é a Banca.
Porque acha que ainda agora tiveram 1000 milhões de euros de lucro, à custa do fecho de tantas Empresas que não podem pagar os juros altíssimos que esses podres lhes pedem e nem um Jornal diz isso em 1ª página? Nem o Governo lhes diz que isso é pornográfico? Impensável? Inadmissível?!!Nem o duas vezes Cavaco abre a boca????
Porque eles pagam! E quem paga manda.
Sempre assim foi.
Pagam aos Jornais, aos Jornalistas e aos políticos.
Quando jogam na "roleta" e perdem, o Estado injecta dinheiro e o contribuinte paga, como paga os 16 milhões de euros/ano do reinado de Cavaco, como paga as loucuras de Sócrates "y sus muchachos".
Não importa que 2 milhões de portugueses passem fome, 5 milhões passem necessidades, se 5 pirosos novos-ricos vivem como "Xábanus" de Pérsia.
Ricas, pirosas, cheias de ouro e jóias, casas na Castilho, na Coelha e empresas de ferro velho...
Não importa ter memória, pois quem os vota nem sabe o que isso é.
Nunca leu, nunca viu, nunca falou, nunca lhes explicaram ( nem interessaria ).
Somos um País de analfabetos e incultos que vota em quem já lá está como habituados aos 48 anos de ver sempre o mesmo.
Essa geração um dia e com a graça do Senhor, desaparecerá para sempre e aí....os políticos mudarão de forma e conteúdo ou não comem nem uma sopinha.....
Esperemos que acabe o reino da "parolada" e piroseira.
Aguardemos.
É verdade! E que bem que sabe ouvir Antonio Costa dar razão a Manuela Ferreira Leite, mas isso só e agora não chega!
como é no futuro?
Como é na CML, controlada pelos antigos esbirros de Sampaio e hoje em permanente bajulamento e açambarcamento de Salgado.
E no governo, como vai ser, a incompetência e a permanente campanha eleitoral, numa tenaz tentativa de permanecer no poder Socrates com o apoio dos seus acólitos bem posicionados a consumirem os ultimos recursos.
Entretanto a justiça virou um circo assustador,uma vergonha!
Campanhas infames sobre casas no Algarve, mas tão brandas sobre apartamentos na Braancamp ou ainda em Freeports.
Isto vai acabar mal! Tem que acabar mal para haver uma limpeza geral!
Que tal o companheiro apresentar uma petição -está na moda e irrita, os socialistas e laicos republicanos- para que pague a crise quem os lá pôs? *
Eu assino em 2º lugar.
*incluo as toupeiras filiadas no PSD.
Lembro-me bem.Eu,por vezes,até costumo puxar o assunto para a conversa...
Foi uma cilada,está mais do que visto...
Qual é a sua opinião sobre a extinção do ministerio da agricultura?
Quando é que os politicos,sem excepção,começam a governar o país em vez de se governarem a eles proprios?
Quando é que a agricultura portuguesa consegue ter os mesmos apoios e os mesmos impostos como nos outros países europeus?
Em quê é que o estado está a pensar apoiar para sair da crise?Na produção de galos de barcelos e de "porcelanas" das caldas?
Canalhas,vamos até ao fundo,espero que em breve haja outra revolução assente não na politica mas no que está correcto.Para os politicos existe sempre os antigos pelourinhos....
Não é o defice? Francamente...
A malta disquerda não diria melhor!!!
É fantástico como este ditador de trazer por casa, cada vez mais solto pelo ferido e calado PR, vomita tudo o que lhe vem à cabeça.
Já não mede sequer as palavras.
Mete na boca dos outros o que lhe dá na real gana, e vomita a resposta que lhe vem à cabeça.
Já não responde aos Jornalista ( que aqui para nós merecem isso e muito mais, mais de 90% são a cloaca da sociedade, gentalha menor sem eira nem beira ).
Faz-me lembrar aquele caso de psiquiatria aguda na Venezuela.
Hoje consegui finalmente vê-lo e ouvi-lo na TVI. Isto de ver TV no portátil, é uma chatice, mas é o que há.
Gostei muito quando disse que este PM é e será o que mais fala de privatização e privatiza. Mas como sabe depois vem com aquele discurso do menino Jesus e convence a "velhada" do lenço preto que o vota….
Mas ainda gostei mais quando disse que os salários dos meninos jogadores têm que começar a ser mais controlados.
Eu acrescento que tudo o que fazem é correr atrás duma bola e ganham mais num mês que um Bancário em 10 anos.
Só em anúncios ganham milhões.
Também e não desfazendo dos belíssimos jogadores estrangeiros que temos, gostava de ver mais portugueses nos nossos Clubes!!!!
Para não ter que dar Passaportes a outros porque nem temos uma selecção como deve ser.
Esses que depois dizem que o coração está com as selecções dos Países onde nasceram, normal….
Pelo menos são honestos ( e só nasceram uma vez e não insultaram o povo nem “permutaram” casas na Coelha )
Portugal está de tal forma que aqui já se fala em banca rota, enquanto o PM insulta o FMI dizendo que tem a política “desenfreada liberal do PSD”…
Ele tem a politica do offshore e da venda de interesses e influências que lhe tem corrido lindamente. Imagino..China..Qatar…imagino….
É o que acontece quando se tem um PR fragilizado, descredibilizado e com rabos-de-palha conhecidos pelo “mal”…pois este não pode ser controlado..e cresce…cresce…cresce…
Viva a “irmandade dos lenços pretos” que vamos longe…..bem longe da Europa…………..
Continuo à espera de saber o que se passou na Qta da Coelha!!!!
Tenho o direito e quero saber o que se passou!!!
Não quero um PR em quem tenhamos uma só suspeita de desonestidade e que não explica realmente o que se passou!!!
Não me interessam as razões.
Quem se mete em cargos públicos tem que se aguentar á bronca ou “ter a folha limpa”!!!
Não querem que se fale deles??? Não se metam em politica!!!!
EXIJO SABER!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só vejo blá, blá, blá, blá...
Atitude gente, atitude!
Será preciso ir a uma Wikipédia ou um qualquer dicionário para transcrever o significado?
PSL (não gosto "das" sigla mas ajuda na escrita!
Pedro Santana Lopes (PSL), não encontro muitos, até posso dizer nenhum como "tu", vamos acabar com isto e recolocar a sigla no seu devido lugar, para bem do pouco que resta.
Mas se eu estivesse no seu lugar, fugia, porque a porcaria é tanta..., que não sei se vão existir condições, pelo menos psíquicas, para emendar ou disfarçar o que esta canalhagem tem feito!
Que desapareçam ou transfiram para outros países a banca portuguesa, que se fique só com a CGD que como banco estatal tem o dever de servir o cidadão, não de roubar!
Caro Pedro, já aqui o disse e volto a repetir, inócuos os portugueses, tirano o Sampaio, mas por favor, a meias só as meias que calço, o resto é puro aproveitamento (pp).
Mais duro, mais acutilante no comentário, mas a pólvora tem de explodir sobe a condição de quando for necessária estar xôxa!
Muito melhor PSL/MM do que /PP, na minha humilde opinião! Ainda bem que não caiu no erro de MM e ND, mas que deve estar a ser difícil esta refeição, lá isso deve!
Os meus parabéns pela ATITUDE e coragem!
Eu estou cansado.. exausto,,de comentar desde a primeira hora , tudo o que está acontecendo agora..ainda antes deste blog exestir,,escrevi directamenre para o endereço pessoal de Santana Lopes..tive guerras com o IOL que me boicotaram varios textos..bastava que eu disse-se mal do sr sampaio,,e outros jornais que nem val apena falar ...pois para mim estão todos metidos neste assunto até as orelhas..
onde andam agora esses cavalheiros..que não abrem o bico das declarações do SR.Larcão,,,então esta porcaria NÂO È UMA TRAPALHADA...uma jogada suja,, imaginem que esta porra é com um ministro do assuntos parlamentares de Santana Lopes...imaginem..eu estou sem capacidade, e sem paciencia de viver esta falta de respeito este compadrio miserevál..como é que Santana podia estar naquele lugar sendo UM HOMEM INTEIRO E SÈRIO, pois olho para tráz e vejo toda a gente bem na vida, e Santana Lopes???não vejo ser nomeado para nada,,,,o sr Guterres lá foi para a ONU !!! um homen que nem sabe fazer contas .,..um incompetente,de 1º grau..o outro incompetente que inventou o grande défice,,,lá foi para limpar o pó duma secretaria no banco central europeu ,,vejo sim os miseráveis dos politicos e comentadores da treta..a debitar odio sobre o Santana--como se o tempo não tivesse passado e se visse já sem apelo nem agravo ,,que estamos na banca rota ,,digam lá eles o que disserem,,,bem vou parar ,,,pois o que gostava de dizer tenha que escrever éra um livro.
hsantos
Caro Pedro, impressão minha ou retirou alguns comentários?
Se os fez, inclusivamente um meu, em nada levo a mal, mas vai-me desculpar, existem coisas que extravasão o bom senso, já para não falar da boa educação, e talvez por isso me tenha excedido.
Ó Dr. Santana Lopes então e a Câmara?
Gostei de o ter como presidente, e fiquei angustiado quando perdeu, mas esperançado por aceitar ser vereador na oposição mas estamos todos a ficar assustados com tudo isto.
Quando acordar da "ressaca" não há quem ponha mão nisto e a conta será salgada! Ou pior os terrenos salgados não vai crescer uma erva!
Para bom entendor...
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