quinta-feira, 10 de junho de 2010

Escolhas inexplicáveis

Dizia o tal comentador, no programa da semana passada:" tenho informações de que a banca Portuguesa está com problemas de liquidez"!!!...

Imaginem a informação reservada que tinha: até estava, há vários dias, na primeira página de todos os jornais.

É uma pena dar - se tanto tempo a quem nada sabe e nada tem para dizer. Nos tempos de hoje, não são só as escolhas dos políticos que devem ser escrutinadas. É que nalguns casos, só o "amiguismo", o clientelismo, o nepotismo, mesmo, pode explicar certa opções.E dar espaço para alguém ser ouvido pela Comunidade é um acto de grande responsabilidade social.

5 comentários:

Anónimo disse...

Segredos de alcova...De que género será?

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Apreciei muito o seu artigo no SOL de hoje. Mas continuo a achar contraditória, e até incompreensível, a sua opinião sobre a adopção.

Jorge Diniz disse...

Como ainda não obtive resposta, reitero:

Sendo COMPROVADAMENTE a cumulação de reformas pelos "gestores profissionais" vindos dos diferentes quadrantes políticos a razão do "pântano" e da "crise";

QUAL A SOLUÇÃO?

José Amigo disse...

"É uma pena dar - se tanto tempo a quem nada sabe e nada tem para dizer. Nos tempos de hoje, não são só as escolhas dos políticos que devem ser escrutinadas. É que nalguns casos, só o "amiguismo", o clientelismo, o nepotismo, mesmo, pode explicar certa opções."

Qualquer semelhança com o que se passou a 17 de Julho de 2004 é pura coincidência...

Jorge Diniz disse...

«De repente, em algumas semanas, caiu o tecto. Mota Pinto, humilhado num Conselho Nacional, abandonou o governo e, para o lugar dele, foi interinamente Rui Machete. Depois, Mota Pinto morreu. E o Congresso do PSD, marcado para a Figueira da Foz, ficou, por assim dizer, sem dono. Que chefe iria produzir aquela desvairada congregação? O enérgico Salgueiro? O coleante Marcelo? Pior ainda? Em S. Bento, o candidato berrava como um possesso. Numa tarde qualquer de Maio, recebi um recado para comparecer urgentemente no futuro «espaço Valbom», um prédio em carcaça com meia dúzia de quartos alcatifados. Lá dentro, rodeado por uma corte fúnebre, Soares tentava não aliviar a raiva, partindo cadeiras na cabeça dos dignitários. Logo que entrei mandou calar a canzoada. Precisava de me fazer uma pergunta, uma pergunta fatídica: «Quem é esse Cavaco?». Pulidamente, inquiri a razão do interesse. A minha vida, oscilando entre a baixa literatura e um alto sentimento, não me permitia seguir com minúcia as peripécias da política partidária. Soares respondeu, atirando-me um jornal por cima da mesa. O jornal informava o público que o Prof. Cavaco Silva fora eleito presidente do PSD. Coube-me, pois, a honra de ser o primeiro a instruir o dr. Mário Soares sobre a natureza da criatura. Registo o profético sumo das minhas palavras: «Não se aproxime dele, não lhe fale, não lhe toque. Não se convença que negoceia com ele. Ele não gosta de negócios, só gosta de contas, e desconfia de si (para pôr as coisas com brandura). Demita-se imediatamente. Informe o país que se fartou das loucuras do PSD e que o PSD quer subverter a ordem e matar os portugueses à fome. Exija eleições. Mas não se meta com o homem.»

(Vasco Pulido Valente, Retratos e Auto-Retratos, 1992)