sábado, 12 de junho de 2010

25 anos


25 anos de adesão ao projecto Europeu.
Tantas esperanças!... E que balanço, um quarto de século depois?
De modo sumaríssimo: bom nas estradas,bom nos equipamentos, bom em infraestruturas básicas que estavam ainda em falta. Muito complicado nas consequências para o nosso tecido produtivo, para alguns sectore industriais. Péssimo para a Agricultura e para as Pescas.

Sem dúvida, há vantagens num mercado de centenas de milhões e numa moeda comum com Estados poderosos. Mas tem os seus contras: não podemos proteger o que é nosso e,por outro lado, o desmantelamento aduaneiro levou a que muitas empresas não aguentassem ostermos de competitividade.

A mesma moeda, o mesmo Passaporte, uma política externa cada vez mais comum. Somos Europeus, embora cada vez mais longe da média dessa Europa. Mesmo nos níveis de qualificação, em que tanto investimos.
Já alguns anos de estar juntos, como cantava Patxi Andion.

7 comentários:

francisco disse...

Muito mal na classe política que não soube aproveitar os dinheiros públicos para investimentos rentáveis no futuro... Preferiu investi-los em assessores e outros cargos políticos, fundações, gestores desnecessários, ordenados irreais, carros, cartões de crédito ajudas de custo, manutenção de governos civis, mau aproveitamento dos dinheiros comunitários, etc....
O país continua a saque...

Anónimo disse...

Outra vantagem:

Uma vantagem da integração europeia foi o outsourcing da política monetária e as restrições impostas à política orçamental.

Desde Salazar que Portugal não tinha taxas de juro tão baixas, a inflação controlada e, até ao consulado guterrista, déficites orçamentais tão baixos.

O preço foi a perda da soberania, não apenas no que respeita às questões de natureza económica já citadas no post, mas também nas áreas da defesa nacional e da "afirmação de Portugal no Mundo", da justiça e da segurança públicas e na área dos "costumes" e "cultura".

Uma boa consequência d'"A crise" seria uma discussão séria sobre as vantagens actuais de pertencer à "Europa". Mas isso não vai acontecer porque não interessa a políticos e aos plutocratas.

Adeus Portugal.

Pedro Hipólito disse...

As empresas que sobreviviam e desapareceram com o desmantelamento aduaneiro já não eram competitivas. Aguentavam-se subsidiadas pelos portugueses que compravam produtos e serviços nacionais mais caros, ou de pior qualidade, por só terem acesso a alternativas estrangeiras encarecidas por taxas aduaneiras.

Luis Alves da Costa disse...

Algumas correções na adjetivação: médio nas estradas, sofrível nos equipamentos, e provinciano nas infraestruturas, mas o erro não está no texto, está na diversidade das opiniões, felizmente :-)

Anónimo disse...

Sim, Dr. Pedro Santana Lopes!
União Europeia trouxe muita coisa boa e trouxe também muitos milhões aplicados nos interesses individuais dos que, como as hienas, aguardavam pacientemente, ou não, pela oportunidade de os desviar para fins que não os legítimos.
A minha indignação continua numa escalada ascendente ao ver a passividade de pessoas que podem fazer a diferença e não fazem, tornando-se coniventes com este bando de corruptos e sabujos que infestam o poder político.

Dia de Portugal, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas e o PR (já nem falo do "Pinóquio" e sus muchachos) num discurso hipócrita, dos que também pactuam com a podridão, pede um esforço colectivo, de abnegação, de sacrífício, ainda mais, do Povo Português.
O meu País cheira a podre, amarga pela injustiça e pela desigualdade, fede pela mentira escabrosa, ou melhor, mais eufemisticamente, como se prefere dizer agora, pela "inverdade" (alguém que me explique exactamente o que é isto. Deve ser tipo "nim").

Dia de Portugal - eu patriota me confesso e Não Quero Pagar!,

ou melhor, só com uma condição: se limparem o meu País dos proxenetas que deambulam no poder poder político, nas Instituições do Estado e nas privadas parasitas do Estado.

Afinal onde está o dinheiro?
Tantos milhões de lucros da Banca,e outros mais e todos os Países estão à beira da falência?!

E reúnem e celebram a União a Europeia, com início em Portugal e continuação em Espanha à custa de quem?; e tiram fotos e sorriem e aparecem os "carrões" e os serviços e as jantaradas e as "acompanhantes de luxo" e é ver o "bas-fond", a matilha, toda reunida. E a Selecção com o segundo lugar dos países com maior despesas de estadia e outras - só ultrapassado pela França! E querem sacrifícios do Povo Português? Hoje que se celebra os 100 anos da imagem do Zé Povinho de Rafael Bordalo Pinheiro, nada mais apropriado do que o conhecido "manguito" a oferecer aos sanguessugas políticos deste País.

Eu que preciso e quero fazer um Mestrado, cuja candidatura foi aceite e estou neste momento a ponderar a hipótese de desistir pois não sei se vou ter possibilidades de o financiar. Tenho um contrato que acaba agora em Junho, estou a recibos verdes em horário pós-laboral e não sei se vou conseguir trabalho para compensar o fim deste contrato. Claro, com dois filhos menores a estudar e tudo o que isso implica. Mas também tenho a certeza de haver pessoas em condições de vida, melhor de sobrevivência, infinitamente piores.

Não sei por que razão, mas de momento ocorreu-me que o holocausto ocorreu porque quem podia fazer alguma coisa, ignorou o assunto demasiado tempo. Só quando lhes tocou directamente agiu. E com o meu País parece estar exactamente a passar-se a mesma coisa. Anda muita gente a assobiar para o lado (a encher os bolsos, enquanto dá), enquanto o povo geme ensurdecedoramente.

Mentirosos, bimbos, vendilhões do Templo, cínicos e impostores, fora do Meu País - Já!

Dr. Pedro santana Lopes,
Não tenho a pretensão de ver esta mensagem publicada, pois o que espero é ser mais uma pessoa a alertá-lo para a necessidade de fazer alguma coisa por este povo, formar um movimento com gente boa, honesta, responsável, rigorosa e dedicada, como acredito que ainda há, mas que não quer misturar-se com os escroques da sociedade de momento...

Eu Patriota me confesso
mas não quero alimentar bimbos :(


MG

Anónimo disse...

Mas o pior de tudo,caro Pedro,é a miserável e ruinosa governação do país que nos deixa atrás dos países recém aderentes.
O Estado em Portugal tornou-se numa agência de empregos para políticos e relativos.
As remessas gigantescas que nos foram chegando não foram aplicadas nas finalidades devidas e criaram muitos milionários espontâneos.
Os dirigentes partidários brigam para chegar ao poder e usufruir da propriedade do Estado.
A Justiça é um pântano de absolvições e não indiciações para os novos oligarcas.
Os portugueses assistem estupefactos a esta calamidade de regime corrupto.

Algumas pessoas como o Pedro geraram alguma esperança de regeneração.mas foram rápidamente afastadas de cena pela máquina sinistra.

Hoje somos um povo sem orgulho,envergonhados,somos apelidados de PIGS fora de fronteiras.
Ao que isto chegou.E garanto-lhe que não foi por culpa de quem trabalha todos os dias honestamente para seu sustento e da sua família,também ela afectada pelo conspurcar de valores característico desta gesta de defeituosos mentais.

Gabo-lhe o optimismo.

Anónimo disse...

Rectificação, com maior rigor, ao meu comentário:

Celebram-se 125 anos (e não 100) da criação da imagem do Zé Povinho de Rafael Bordalo Pinheiro.


MG