É impressionante comparar as sumúlas que chegam de notícias, por sms, com a realidade. Por exemplo, hoje, sobre aquela Comissão de Inquérito no Parlamento.
14 comentários:
Anónimo
disse...
Bem, voltamos à carga: Os senhores/senhoras visitantes, não se esqueçam que têm um teclado, porventura chinês, com toda a certeza chinês,à vossa frente. Ora o teclado, serve para teclar. Visitar o blogue do PSL e sair de fininho equivale a não debater ideias, a não estimular o bloguer. Depois lá vem a conversa que o PSL tem uma palavra a dizer e tem que se chegar à frente, qual D.Sebastião. Venham de lá as senhoras corajosas que assinam os nomes todos, os anónimos a mandar piadolas,os Dinizes do reino. Força Dinis! (Depois faz-se a festa do "cromo da blogosfera" e aplica-se-lhe a medalha de mérito da assíduidade a si e a da carolice e estupidez natural a mim) Isto é uma mania que o Tuga tem: alguém que faça. Quando alguém fizer, depois "a gente" vai lá bater palminhas e dar pancadinhas nas costas....até lá, olhem, a bolsa afundou, o déficit disparou, Portugal não vale um tostão furado mas isso não tem importancia nenhuma.Com alguma sorte ainda nos compram as berlengas. E escusam de estar todos aí com os olhinhos a espreitar( bem vos vejo) e a pensar...ele é com cada "cromo" na blogosfera...pois é: está um politico a puxar pelo cidadão, a dar conversa ao cidadão, a entreter o cidadão, a estimular o cidadão com bola e, paisagens entremeadas com coisas sérias, não vá o "cidadão enfadar-se"(esta palavra é bestial) e o cidadão, ali, de bracinhos cruzados.Depois toca a refilar se há congresso, se não há congresso...eu até queria falar e não me deixaram... Tuga é assim mesmo: chega à festa e não começa nada, não vá parecer mal.Não começa a dançar, não começa a comer croquetes, alguém há-de começar. Pois ide então para o face meter a pass para as festarolas do Vasco V e carregar no "gosto disto" que isto aqui é mais um fait divers. Só o título é que perdeu oportunidade. Não tarda,não há truques que nos valham.
Não me posso esquecer que tenho que assinar, é deveras importante:
Acção de mobilização das hostes em favor do blogue do PSL.(Desta vez não se podem queixar, o nome é acção e o resto são apelidos).
A propósito de truques, o que dizer hoje, há bocadinho mesmo, daquela declaração conjunta Sócrates- Coelho. Esta sim, a verdadeira notícia! Aparentemente, a grande culpada disto tudo era Ferreira Leite e, quem sabe, o próprio PR. Ei-los, salvadores da pátria? Que acha Dr.? Que dizer sobre isto? Vamos todos alinhar pelo politicamente correcto?Será que o exemplo da Grã bretanha que aqui citava, há pouco tempo, é apenas para citação?
Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me - ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada - dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país - Portugal - que respeitava os seus compromissos. Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar - é nada dever a quem quer que seja". Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem. Estoril, 18 de Abril de 2010 Luís Soares de Oliveira
Dr. Pedro Santana Lopes, Nunca comento, mas esse anónimo tem razão quando diz que nós portugueses estamos muito conformados e sempre à espera que alguém venha resolver as coisas. Acho que é importante pessoas que tenham a coragem de dizer isso. esse anónimo, tem essa coragem. Portugal precisa de pessoas como o Dr. Pedro Santana Lopes agora mais do que nunca.
«Somente os homens de espírito deveriam possuir fortuna: de outra forma, ela representa um perigo público, pois o homem da fortuna, quando não consegue decidir que uso fazer dos ócios que ela lhe proporciona, continua a cobiçar ainda mais bens: esta aspiração é que o distrai, é o melhor estratagema na luta contra o tédio.»
Daqui do meu teclado chinês gostava só de dizer que a sua voz é importante. Solidariedade total com o anónimo.Tenho pena que seja anónimo.ANÓNIMO: ACEITE OS MEUS SINCEROS PARABÉNS!PRECISAMOS DE SER ABANADOS!
Isto é um País de ficção. Uma república das bananas. Ainda temos pessoas como o Dr. que falam. Qualquer dia nem isso. Bom comentário o do anónimo que estimula ao diálogo no blog. É cada vez mais importante que não nos calemos!
Impressionante, impressionante mesmo é como se desertificou este blog. Outro truque, será? Claro,os assistentes gostam é de ver sair coelhos do chapéu mágico! Os artistas foram para outro lado...Força Dr! Agora é que ela vai ser precisa. Com toda a estima e com desejos de que não perca esse seu modo florentino de estar na política.
14 comentários:
Bem, voltamos à carga:
Os senhores/senhoras visitantes, não se esqueçam que têm um teclado, porventura chinês, com toda a certeza chinês,à vossa frente. Ora o teclado, serve para teclar. Visitar o blogue do PSL e sair de fininho equivale a não debater ideias, a não estimular o bloguer. Depois lá vem a conversa que o PSL tem uma palavra a dizer e tem que se chegar à frente, qual D.Sebastião.
Venham de lá as senhoras corajosas que assinam os nomes todos, os anónimos a mandar piadolas,os Dinizes do reino. Força Dinis! (Depois faz-se a festa do "cromo da blogosfera" e aplica-se-lhe a medalha de mérito da assíduidade a si e a da carolice e estupidez natural a mim)
Isto é uma mania que o Tuga tem: alguém que faça. Quando alguém fizer, depois "a gente" vai lá bater palminhas e dar pancadinhas nas costas....até lá, olhem, a bolsa afundou, o déficit disparou, Portugal não vale um tostão furado mas isso não tem importancia nenhuma.Com alguma sorte ainda nos compram as berlengas.
E escusam de estar todos aí com os olhinhos a espreitar( bem vos vejo) e a pensar...ele é com cada "cromo" na blogosfera...pois é: está um politico a puxar pelo cidadão, a dar conversa ao cidadão, a entreter o cidadão, a estimular o cidadão com bola e, paisagens entremeadas com coisas sérias, não vá o "cidadão enfadar-se"(esta palavra é bestial) e o cidadão, ali, de bracinhos cruzados.Depois toca a refilar se há congresso, se não há congresso...eu até queria falar e não me deixaram...
Tuga é assim mesmo: chega à festa e não começa nada, não vá parecer mal.Não começa a dançar, não começa a comer croquetes, alguém há-de começar.
Pois ide então para o face meter a pass para as festarolas do Vasco V e carregar no "gosto disto" que isto aqui é mais um fait divers.
Só o título é que perdeu oportunidade. Não tarda,não há truques que nos valham.
Não me posso esquecer que tenho que assinar, é deveras importante:
Acção de mobilização das hostes em favor do blogue do PSL.(Desta vez não se podem queixar, o nome é acção e o resto são apelidos).
A propósito de truques, o que dizer hoje, há bocadinho mesmo, daquela declaração conjunta Sócrates- Coelho.
Esta sim, a verdadeira notícia! Aparentemente, a grande culpada disto tudo era Ferreira Leite e, quem sabe, o próprio PR.
Ei-los, salvadores da pátria? Que acha Dr.? Que dizer sobre isto? Vamos todos alinhar pelo politicamente correcto?Será que o exemplo da Grã bretanha que aqui citava, há pouco tempo, é apenas para citação?
DO PORTUGAL RESPEITADO
Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.
O embaixador incumbiu-me - ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada - dessa missão.
Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.
Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.
Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.
Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país - Portugal - que respeitava os seus compromissos.
Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar - é nada dever a quem quer que seja".
Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.
Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.
Estoril, 18 de Abril de 2010
Luís Soares de Oliveira
Que dizer da "declaração conjunta Sócrates- Coelho"?
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Dr. Pedro Santana Lopes,
Nunca comento, mas esse anónimo tem razão quando diz que nós portugueses estamos muito conformados e sempre à espera que alguém venha resolver as coisas.
Acho que é importante pessoas que tenham a coragem de dizer isso. esse anónimo, tem essa coragem. Portugal precisa de pessoas como o Dr. Pedro Santana Lopes agora mais do que nunca.
E repito a citação:
«Somente os homens de espírito deveriam possuir fortuna: de outra forma, ela representa um perigo público, pois o homem da fortuna, quando não consegue decidir que uso fazer dos ócios que ela lhe proporciona, continua a cobiçar ainda mais bens: esta aspiração é que o distrai, é o melhor estratagema na luta contra o tédio.»
Nietzsche, Humano, demasiado humano
Dr. Pedro Santana Lopes, estamos consigo!
Infelizmente revi-me no texto do anónimo que comentou. Nós os portugueses estamos apáticos.
Dr. PSL
Daqui do meu teclado chinês gostava só de dizer que a sua voz é importante.
Solidariedade total com o anónimo.Tenho pena que seja anónimo.ANÓNIMO: ACEITE OS MEUS SINCEROS PARABÉNS!PRECISAMOS DE SER ABANADOS!
Presente!
Carlos G.
O Anónimo que comentou disse aquilo que ninguém tem coragem para dizer. Portugal é o País dos truques de alguns e dos palermas que somos todos nós.
Isto é um País de ficção. Uma república das bananas. Ainda temos pessoas como o Dr. que falam. Qualquer dia nem isso.
Bom comentário o do anónimo que estimula ao diálogo no blog. É cada vez mais importante que não nos calemos!
Maria Santos
Impressionante, impressionante mesmo é como se desertificou este blog. Outro truque, será?
Claro,os assistentes gostam é de ver sair coelhos do chapéu mágico!
Os artistas foram para outro lado...Força Dr! Agora é que ela vai ser precisa.
Com toda a estima e com desejos de que não perca esse seu modo florentino de estar na política.
Alberto,
Francamente...então?! Está tudo no face a dizer "gosto disto" na página do Passos Coelho.
Onde é que haviam de estar?!
Mas enquanto isso apanhei aqui um artigo interessante, a propósito dos truques
http://theinternationalforecaster.com/International_Forecaster_Weekly/A_Financial_Conflagration_Of_Immense_Proportions
Agora, se não se importa, vou dizer "gosto disto" para um lado qualquer antes que dê uma dépré daquelas, que só se curam a extensões louras.
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