sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

E AGORA?


O Ministro das Finanças e o Governador do Banco de Portugal dizem - se surpreendidos com o valor do déficit orçamental de 2009. Como é possível?
Então , se foi uma aurpressa, Vitor Constâncio sente, ou não,o dever de apurar as razões dessa evolução negativa?

EM 2005, como disse Manuela Ferreira Leite, hoje, no Parlamento, foi feita a previsão de um déficit futuro pelo mesmo Vitor Constâncio. E, depois, veio afirmar, com ar muito gravoso, que a situação era muito delicada e isoo exigia medidas muitodifíceis... e depois foram surgindo os elogios ao Governo, à medida que o suposto déficit de 6,83% ia baixando...

E AGORA,DR. VITOR CONSTÂNCIO? E AGORA? E PREVER O DESTE ANO? NÃO SE JUSTIFICARÁ? NÃO SERÁ UMA EXIGÊNCIA?

7 comentários:

Hugo Correia disse...

Eles ficaram surpreendidos(duvido), eu e muitos como eu não. O resultado das contas do Estado de 2009 é completamente desastroso. Ganharam as últimas eleições à 4 meses, mas não mereciam continuar nem mais um minuto. Como é possível tudo isto? Como é possível, em 2004, a demissão de um governo ao fim de 4 meses, com maioria parlamentar, por alegados episódios(pura ficção), com um déficit final abaixo dos 3% e com um crescimento económico acima de 1%, curto mas dos melhores desempenhos dos últimos anos? E agora estes resultados, que dizer, que conclusões, que consequências?

maria disse...

Apesar de Vitor Constâncio não saber fazer o seu trabalho, como era suposto e pelo qual é demasiado bem pago, ele até prevê o que se vai passar, mas daí a contar as suas previsões, vai uma grande distância...a menos que minta ou omita a verdade.

Exigência é, mas quem o vai obrigar a isso???

Bjs :)

Ps(D): Óh Hugo Correia desculpe, mas se não têm demitido o governo de que fala, como é que estes agora lá estariam??? Isto foi tudo uma armadilha bem montada com a ajuda preciosa do PR da altura...

Manuel Carmo Meirelles disse...

Vitor Constâncio, no desempenho de um cargo em que se exige rigor, competência e isenção, teve um comportamento marcadamente tendencioso, sempre em defesa e em benefício dos interesses do seu Partido.
O que se passou em 2005 com a pretensa antevisão da previsão de um déficit futuro, que depois comentou de muito grave situação, não passou de uma manobra vergonhosa e de uma refinada farsa para ajudar o seu Partido a ganhar protagonismo e uma credibilidade que não tinha (é preciso não esquecer o descalabro do governo de Guterres), para depois ganhar as eleições legislativas antecipadas, em consequência da dissolução da Assembleia da República que funcionava em maioria.
Toda a gente se lembra desse triste episódio protagonizado pelo Socialista e Presidente da República, Jorge Sampaio.
Constâncio forjou um déficit futuro por conveniência e agora não foi capaz de prever o déficit normal do ano corrente.
Extraordinário!!!...
O homem diz que foi surpreendido com tal situação!
Bem, isto dito pelo Governador do Banco de Portugal só revela uma coisa: INCOMPETÊNCIA.
Mas como é que o Governador haveria agora de dar a mão à palmatória se passou toda a legislatura a camuflar os resultados da governação PS?
Como é possível que o Governador se empenhe em obter previsões do futuro, quando lhe convém e não consiga vislumbrar o déficit do ano corrente?
Alguém acredita na isenção e imparcialidade do ex-Secretário-Geral do PS?
O déficit de 6,83% foi intencionalmente forjado e já foi provado que não correspondia à realidade, mas os 9,3% que se verificam actualmente, não são ficção, são absolutamente verdadeiros e o Governador do Banco de Portugal ainda tem palavras de apreço e simpatia para o Governo, atribuindo tal situação à conjuntura económica internacional e à recessão.
Mas não deixa de ser admirável que o Governador tenha afirmado várias vezes que a crise internacional não teria grande impacto em Portugal, na linha do que diziam os governantes.
Vão conferir à internet essas afirmações e ficarão elucidados acerca da coerência do Governador.
Dr. Santana Lopes, tivemos oportunidade de ver na Comissão Parlamentar de Inquérito ao BPN a arrogância e a indelicadeza, para não dizer má educação, para com alguns membros da Comissão que o questionaram sobre factos verídicos.
Viu-se um homem que apenas se preocupou, obstinadamente, em negar todos os factos expostos e, ao mesmo tempo, atacar e dizer mal dos outros, nomeadamente dos membros da Comissão que o enfrentaram sem medo.
Pessoalmente, desde o 25 de Abril de 1974, não tenho memória de um Governador com tanta falta de isenção.
Para que não se eternize no cargo de Governador do Banco de Portugal, não seria mau que a sua candidatura a vice-presidente do BCE tivesse êxito.

JB disse...

Penso que o que foi escrito é muito meigo para quem procedeu da maneira como fez o Governador do BP.Surpreendidos? Só mostra que ou não percebe nada disso ou então está novamente a fazer favores ao Governo.Na minha terra dizem, burro mas não tanto.

Anónimo disse...

A razão do "nervosismo" das agências de rating é o facto de termos o pior ministro das finanças da zona euro e o primeiro-ministro que mais tangentes (eu até acho que são secantes) faz a casos de legalidade (muito) duvidosa.

O ministro revela nesta surpresa toda a sua incompetência e confirma o merecimento do troféu de pior MF da zona euro. O governador revela mais ainda a sua desonestidade passada e presente, provavelmente futura.

PC

carlos disse...

Dr Pedro Santana Lopes,muito bom dia.
Se há algo que surpreenda neste valor de défice é não ser apresentado como 9,397% para que mostre a dificuldade que o Governo tem pela frente para o transformar em 8,4 em 2010.
O Dr Constâncio não foi chamado porque o Governo anterior era do PS e mal ficava deixar o mesmo Ministro ser rotulado,em Portugal,de incompetente (fora de Portugal é tido como tal) mas começou a dizer que o "tal" esforço já tem que começar este ano.
Que Deus me perdoe por eu acreditar que a entrega do Orçamento na Assembleia foi às tantas da noite porque o documento estava a ser "martelado".
Cumprimentos
Carlos Monteiro de Sousa

Hugo Correia disse...

Ps(D): Oh maria, desculpas aceites. Mas como é possível? Simplesmente não deveria ser possível(ponto).