O discurso de Barack Obama, em Berlim, é, sem dúvida, um momento muito especial. Mas, e o significado de toda aquela organização? Com muito de espontâneo, seguramente, mas com quanto trabalho prévio para que se certificassem de que seria um sucesso? Quanto tempo antes terá começado a preparação? E o significado político de ela ter lugar na Alemanha, governada pela Grande Coligação mas com uma Chanceler da CDU como Angela Merkl? Ainda por cima, com as palavras e os sorrisos de Sarkozy, logo a seguir, na recepção no Eliseu.
Se fosse para o outro candidato, o que a esquerda não diria!...
Se fosse para o outro candidato, o que a esquerda não diria!...
10 comentários:
Caro Dr. Santana Lopes,
Podem dizer e achar o que quiserem do Senador (Júnior) de Illinois, mas a mim é que ele não me convence. Não gostei nada, mas mesmo nada, da maneira como ele andou a se pavonear pela Europa dando ares de Marthin Luther King II e dizendo que é a panaceia dos EUA.
Na verdade a sua viajem pela Europa só demonstra a arrogância que os EUA têm de fazer campanha fora das suas fronteiras, bem como a alienação que os alemães têm para com os seus líderes democraticamente eleitos (preferindo-os aos Americanos)
É que só falta eleger o Presidente dos EUA a nível mundial
Cordialmente,
Royal Alchemist
Boa tarde Dr. Pedro Santana Lopes não sei se foi organizado com muita antecedência, nem se teve o imenso trabalho que V. Exa. indica, mas uma coisa é certa, foi um sucesso e não lhe podemos tirar o mérito.
Outros se calhar já por lá passaram e não tiveram a mesma recepção, até para quem é do País se calhar nunca conseguiu juntar tanta gente para um, chamemos-lhe comício.
Não estou a ver no panorama politico mundial, alguém com capacidades para mobilizar tanta gente fora do seu País, esta mobilização só demonstra que o mundo espera por mudanças e pelos vistos elas vão acontecer, só é pena que em Portugal não apareça alguém capaz de mobilizar os eleitores como o está a fazer Barack Obama, principalmente mobilizando os jovens, onde eles esperam que com ele à frente dos destinos dos EUA a politica tome um rumo certo, deixando cair os lobbies que também por lá se instalaram ao longo de muitos anos.
Não falemos de direita ou esquerda, pois isso é tentar minorar e diminuir o real valor deste jovem candidato, é querer diminuir todo um povo jovem que se consegue rever em Barack Obama e nas suas políticas de mudança.
É pena que no nosso País os nossos políticos não consigam entender que o futuro esta nos jovens e não nas mesmas caras que vemos todos os dias nos órgãos de comunicação social.
É pena que os jovens também não consigam ver que é tempo de mudar as políticas do nosso País, mas que para isso é necessário começar por encontrar um candidato com perfil e com coragem para mudar Portugal.
Um grande abraço, cordialmente.
Ricardo Araújo
P.S. Depois de Alonso, depois da Selecção de Futebol, depois de Nadal, agora o ciclista Carlos Sastre e a Selecção de Hóquei, será que não conseguimos aprender com os nossos vizinhos? Ou será que é necessário eles virem governar o nosso País, para conseguirmos conquistar alguma coisa.
Se fosse cá o homem tambem teria milhares de pessoas a aplaudir.Estamos a falar do próximo presidente dos EUA,afinal a ultima esperança para o mundo,em que o capitalismo selvagem não olha para o lado.Até eu ia ao comicio e não ando 100 metros para ouvir o Sócrates nem a Ferreira Leite.Ó DR ajude a gente a mandar esta corja para casa.O senhor meteu-se com os bancos e tramou-se mas não desista.Já viu esta do BCP?E a do BPI?O senhor adivinhou ou já sabia desta porcaria toda?Volte lá para ajudar o povo,tal como Obama.
A dualidade de critérios não é novidade na esquerda, pelo menos nesta cá do burgo. Há sempre uma tolerância, e até admiração, por quem vai destruir propriedade provada (esses fulanos dos transgénicos), e uma condenação de quem faz manifestações de extrema direita. Não que estes estejam bem, muito pelo contrário, mas aqueles são tão extremistas e radicais - e logo tão criticáveis - como estes. Mas a encenação está montada assim, as redacções estão pejadas de quem gosta de passar, em entrelinhas supostamente subtis, as suas mensagens revolucionárias, ou simplesmente alinhadas, e quanto a isso pouco se pode fazer.
Por isso "Sarkozy é populista" mas "Obama é um cidadão do mundo". Mas poucos repararam que, enquanto Obama andava a vender o seu peixe pela Europa, McCain recebia o Dalai Lama, o mesmo que Sócrates e o governo, tementes à poderosa China, se recusaram a receber. Deve ser isso o tal populismo, isso e receber agradecimentos do governo do Zimbabwe por ter recebido um ditador e com isso ter incomodado a Inglaterra...
Ainda bem que temos alguem atento , os meus parabens Dr. Sanana Lopes , é no minimo tranquilizador saber que nem toda gente anda distraida. Em resposta a sua pergunta,"Se fosse para o outro candidato, o que a esquerda não diria!..." .Provalvelmente diria o mesmo que disse do Ditador Chavez ...!!!Como é da cor esta tudo bem.
Dr.Santana Lopes gostaria que lê-se o artigo do Sr.Camilo Lorenço no Jornal de Noticias intitulado (Cavaco mostra as garras) a minha resposta foi :garras de ?
So se for de piriquito pois pelos resultados do slb a aguia tem as garras como Presidente , fraquinhas fraquinhas...1-Impostos(subida do iva ) -ministro da finanças dimitido 2- Justiça - afastamento dos juizes incovinientes ,descredibilização da PJ , control sobre o quê e como se investiga.Muda-se a lei para soltar pedofilos e minimizar penas. 3- Cedencias ao Lobbys ( aborto , casmentos gays ,etc). Saude - " vao nascer a Espanha " acordo com clinica espanhola .enceramento das unidades de saude .4- Educação-200.000 na rua , nao se passa nada , a nao ser a intimidação policial antes da manif.5-Economia - Desce o defice a custa dos contribuintes ,fantasico e sera necessario um curso de economia para isso ?? 6- Nao se pode dizer mal do Salazar , perdao estou 2008 de repente pensei...enfim se fosse com outro PR que faria mandava emular o PM ou apenas dissolvia-se a assembleia ???
Dr. Pedro Santana Lopes,
os meus mais sinceros cumprimentos
A política cada vez mais vive de operações de charme, ou seja, há que cativar alvos específicos.
É claro que todas estas visitas foram ponderadamente pensadas e ensaiadas ao mais pequeno pormenor, porque havia a necessidade de obter ecos positivos da mesma.
Para mais, quando um dos trunfos da outra barricada era exactamente a inexperiência e o pouco peso internacional do candidato.
Todavia, foi a prova provada de que a realidade é sempre mais rica que o pragmatismo, e que a realidade nunca se deixará aprisionar totalmente em termos de previsibilide.
Na averdade, a polémica com a ausência de visita às tropas americanas, promete manchar o tecido imaculado até então tecido.
De facto, quer no estrangeiro quer em Portugal, há sempre o factor imprevisibilidade. Um exemplo: por certo que um certo candidato a presidente da República nunca havia colocado a possibilidade de, nem havia, por certo, pretendido, levar um tabefe popular, e o certo é que isso sucedeu... duas vezes!
Os políticos portugueses podiam e deviam aprender com o Obama a falar com as pessoas, a criar empatia, a discutir ideias e filosofias de vida e de Estado.
Ouvir o Senador Obama é um prazer, pelo seu elevado gabarito intectual, pela simpatia e capacidade de comunicação.
O seu carisma faz com que não necessite, como é moda em Portugal, de enxovalhar os adversários para se evidenciar.
O Debate politico em Portugal é pobre, vazio e triste.
O Homem do Leme, que dá pelo nome de José Socrates, é o político que tenho ouvido nos ultimos anos que mais choca pelo vazio intelectual.
Confesso que não gosto da América com o sua mania de superioridade, pela falta de cultura do seu povo, pela hipocrisia e puritanismo.
Mas tenho que dar a mão à palmatória, em matéria de cidadania e participação política e cívica batem-nos aos pontos, e muito por causa do alto gabarito dos seus politicos, que sabem comunicar com o povo e fazê-lo debater ideias e projectos.
Portugal em matéria de política continua a manter-se igual ao retrato que dele fez o Eça no século 19. Alguma coisa está mal.....
Imaginam possivel, em Portugal um politico negro, com nome árabe, chegar ao lugar de relevo a que chegou o Obama?
Pois, na América racista e segregacionista está a ser possível.
Dá para reflectir.....
Ana Isabel
A Esquerda vai, se Obama for eleito, rapidamente perder todo o seu fascínio pelo professor de Harvard.
A democracia é o respeito e a cooperação mesmo sendo de sensibilidades diferentes.
Sou apenas militante da democracia, penso que Barack Obama está a «pescar à linha» nos lagos da direita e fá-lo muito bem.
Oxalá os USA venham a entrar nos eixos da democracia, do respeito pela natureza, construindo os alicerces de um futuro onde a PAZ seja a trave-mestra das relações internacionais.
Que Deus o ajude!
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